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Auditoria

Tribunal de Contas alerta Saúde para a queda no número de profissionais do SAMU

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O Tribunal de Contas do Distrito Federal decidiu alertar o secretário de Saúde do DF, Humberto Lucena, sobre a necessidade de implementação de medidas para adequar o número de servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma auditoria realizada pelo TCDF revelou a insuficiência no quantitativo de profissionais.

Para o funcionamento adequado do SAMU seriam necessárias mais de 12 mil horas por mês de carga horária médica. Em 2014, o corpo técnico da Corte havia verificado um déficit de 2.400 horas por mês. A fiscalização também havia apontado dificuldades na contratação e permanência de servidores no serviço móvel de urgência, que pedem para sair por causa da intensidade e do ritmo das atividades desempenhadas. De acordo com os gestores, em 2013, só de médicos foram 37 exonerações. Por isso, o TCDF havia questionado a SES/DF sobre medidas de incentivo para evitar esse tipo de saída, mas não houve manifestação da pasta.

Redução no número de profissionais
Posteriormente, uma nova inspeção do Tribunal constatou que ainda havia carência de profissionais no SAMU e a tentativa de amenizá-la com o pagamento de horas extras, o que gera um gasto mensal de quase R$ 2 milhões por mês. A Secretaria de Saúde informou que publicou editais para contratação de médicos temporários e efetivos. Os auditores do TCDF, então, compararam os quadros de pessoal em dezembro de 2014 e em outubro de 2015. Apesar de a SES/DF dizer que adotou procedimentos para aumentar o número de profissionais, a fiscalização da Corte mostrou o contrário: houve uma redução de cerca de 4% no quantitativo de servidores e diminuição no volume de horas extras pago durante os primeiros sete meses de 2015 em relação ao mesmo período de 2014.

Falta de controle
A auditoria também apontou um desconhecimento dos custos das atividades do SAMU, o que impossibilita mensurar a eficiência e a eficácia das despesas no serviço. Segundo o relatório, os meios de controle do uso de ambulâncias e outros veículos do serviço são falhos. Também foram encontrados indícios de utilização indevida do programa de trabalho destinado aos gastos com o SAMU. Algumas irregularidades já foram sanadas, a exemplo da anulação de notas de empenho e da correção de erros na descrição dos valores.

Diante dessas falhas, o plenário do TCDF decidiu, em 12 de maio de 2016, determinar à Secretaria de Saúde que aperfeiçoe os controles de uso de Veículos de Intervenção Médica (VIM) e dos Veículos Operacionais (VOP), em especial quanto ao preenchimento das Fichas Diárias de Tráfego. Os profissionais deverão fazer, por exemplo, a marcação inicial e final do odômetro, anotar o órgão requisitante, as ocorrências e o itinerário percorrido.

A Corte também determinou à Controladoria-Geral do DF que informe as providências adotadas para corrigir as irregularidades apontadas em nota técnica do Controle Interno. O Tribunal também recomendou ao secretário de Saúde que verifique a possibilidade de inclusão do SAMU/DF no Programa Nacional de Gestão de Custos do Ministério da Saúde.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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