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Hospital Regional

Samambaia torna-se referência em cirurgias de hérnia e vesícula

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O aposentado Orlando Sampaio, de 70 anos, esperava desde 2015 para retirar uma hérnia. Em maio, ele conseguiu ser submetido ao procedimento graças à criação do Centro de Referência em Cirurgias Eletivas de Baixa e Média Complexidades, do Hospital Regional de Samambaia.

De 1° de junho — dia em que a nova unidade de saúde passou a funcionar oficialmente — até segunda-feira (5), 16 pacientes passaram por operações de hérnia ou de vesícula. O serviço começou por essa região administrativa e por Taguatinga, mas será estendido a todo o Distrito Federal.

A intervenção de Orlando foi uma das 140 desses tipos feitas na fase experimental do centro, que começou a operar em novembro de 2016. Agora, a expectativa é que a média mensal chegue a 150.

Para dar conta desse movimento, as cirurgias gerais, que costumavam ser encaminhadas ao hospital de Samambaia pelo Corpo de Bombeiros Militar e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), serão transferidas para o Hospital Regional de Taguatinga. Com a mudança, o aumento da demanda em Taguatinga ficará em cerca de 45 pacientes por mês.

Segundo a diretora do Hospital Regional de Samambaia, Luciana de Melo Russo, inicialmente, o centro de referência atenderá apenas essas duas modalidades — hérnia e vesícula — e moradores de Samambaia e de Taguatinga.

“Isso foi possível no hospital de Samambaia exatamente por ele ser pequeno e por não ter outras subespecialidades que concorrem com o centro cirúrgico”, explica. Ela adianta que outras intervenções de baixa e média complexidades serão incluídas.

O atendimento será feito por uma equipe multiprofissional, com cirurgião-geral, cardiologista e anestesista, que deverá ter um nutricionista posteriormente. Coube a esse grupo, por exemplo, definir os exames necessários para cada procedimento e a validade de cada um deles.

Durante a organização do local foi definido todo o fluxo do paciente, da atenção básica ao pós-operatório. Assim, o usuário da rede pública terá acesso a exames laboratoriais, de risco cirúrgico, consultas.

Para que a unidade de referência se tornasse possível, o hospital passou por adequações no laboratório, na radiologia, no centro cirúrgico, no ambulatório e nas salas de clínica médica. Além disso, o número de leitos de internação foi ampliado de 16 para 20.

Como surgiu a ideia de criar o centro de referência

A diretora Luciana conta que o centro de referência surgiu graças às conclusões de uma dissertação de mestrado, com a participação da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs), da Universidade de Brasília (UnB) e de uma universidade da Califórnia.

O trabalho acadêmico mostrou que as cirurgias de hérnia e de vesícula não eram feitas na rede pública de saúde por sempre concorrerem com outras mais graves. “Só se operavam essas pessoas quando elas se tornavam emergência e ingressavam nos hospitais pelo pronto-socorro”, detalha a gestora.

Em Samambaia, a fila reprimida reunia cerca de 450 pessoas antes das primeiras cirurgias em novembro. Segundo Luciana, 7 mil aguardam por esse tipo de intervenção, mas essa relação precisa ser atualizada e unificada. “Não sabemos quantos pacientes estão inseridos em mais de uma fila ou quantos já foram operados como urgência, por exemplo.”

As novas marcações serão por meio das unidades básicas de saúde (UBS) de cada cidade. Tudo isso possibilitará ainda que os pacientes sejam atendidos conforme a classificação de risco, e não pela data em que solicitaram a cirurgia.

Nova unidade aliviará as emergências

De acordo com a diretora do Hospital Regional de Samambaia, tratar casos de hérnia e de vesícula no início evita que eles cheguem aos hospitais de forma mais grave. “São cirurgias de baixa e média complexidades, mas que têm um potencial muito grande de se tornarem uma emergência”, explica Luciana.

Além do conforto e do bem do paciente, o tratamento precoce, aponta ela, representa menos gasto para o Estado. “O tempo de internação é menor.”

Em uma cirurgia eletiva, o tempo que a pessoa fica no hospital varia de 18 a 72 horas. Já na emergência, dependendo do caso, existe a probabilidade de se estender por semanas. “Sem contar que podem ser necessárias outras operações para a reconstrução do trânsito intestinal”, exemplifica a diretora.

Todo o trâmite é repassado em planilha para acompanhamento no Ministério da Saúde, que destina verba específica para essa modalidade.

A pasta federal define como procedimento cirúrgico eletivo aquele feito com base em diagnóstico estabelecido e com possibilidade de agendamento, sem caráter de urgência ou emergência.

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Segunda, 28 de abril

Semana começa com 796 oportunidades de emprego no Distrito Federal

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Ao Vivo de Brasília
Vagas de emprego agências do trabalhador DF
Foto/Imagem: Freepik

As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta segunda-feira, 28 de abril de 2025, 796 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 10,8 mil + benefícios, é para Engenheiro Mecâncio, para trabalhar em Águas Claras. Os candidatos precisam ter ensino médio completo, nem experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de atendente de lachonete, também para trabalhar em Águas Claras. São 90 vagas, com salário de R$ 1.647,00, mais benefícios. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Já o segundo cargo com mais vagas disponíveis é para Consultor de Vendas (70), em Vicente Pires. O salário oferecido é de R$ 1.518,00, mais benefícios. Não é exigida experiência, mas é preciso ter ensino médio completo.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Até 80% do valor

BRB terá linha de crédito para taxistas adquirirem veículos elétricos

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Ao Vivo de Brasília
Linha de crédito BRB
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta sexta-feira (25), a criação de uma linha de crédito específica para taxistas adquirirem veículos elétricos. A medida foi tratada no gabinete do governador Ibaneis Rocha, com a presença do secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves; do presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa; e do presidente do Sindicato dos Permissionários de Táxis e Motoristas Auxiliares do Distrito Federal (Sinpetaxi), Suéd Silvio.

Além da questão da mobilidade, a medida tem o objetivo modernizar a frota de táxis da capital federal, beneficiando cerca de 3,4 mil permissionários. “Nós estamos fechando o pacote de incentivo para que tenhamos a maior frota de táxis elétricos do Brasil e talvez da América Latina. Para os taxistas, serão três meses de carência a partir do momento em que for assinado o contrato de financiamento, taxa de 1,75 %, pagamento alongado em 8 anos, que é o prazo que se dá garantia das baterias dos carros elétricos”, destacou Ibaneis Rocha. “Vamos trazer para perto de todos nós as concessionárias para que elas façam um trabalho junto a esses taxistas para que a gente tenha realmente uma frota sustentável”, acrescentou.

Presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa adiantou mais detalhes do financiamento, que ainda terá uma data marcada para a linha de crédito passar a valer. “O governador Ibaneis Rocha vem falando sobre a importância da sustentabilidade. Além da taxa de 1,75% ao mês, teremos financiamento de 80% [do valor do veículo] em até oito anos e com toda uma esteira de aprovação de crédito, de análise das propostas, bastante rápida e eficiente. Vai ser uma grande mobilização também dos revendedores do Distrito Federal para que a gente possa oferecer esses carros, melhorar a qualidade de vida para os taxistas, renovar a frota e também melhorar o meio ambiente do DF”, afirmou.

Já o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, reforça que o serviço de táxi é uma concessão pública e onerosa, importante e tradicional, cravada na história da mobilidade do DF. “Brasília é uma cidade que foi construída tendo como base a mobilidade por meio do táxi também. O governador dá um passo importante, como ele tem feito nas outras ações, voltado para tornar a capital federal referência em sustentabilidade, em eletrificação. É de uma sensibilidade social, econômica, ambiental muito grande e muito importante”, pontuou. “E isso não vem só com os 90 ônibus elétricos que começam essa primeira fase da eletrificação da frota, mas também com os mais de 3,4 mil táxis que hoje rodam por aqui, são 3,4 mil permissões, que terão acesso a essa linha de crédito especial”, concluiu.

Do outro lado, a categoria agradeceu a iniciativa do governo para fomentar a sustentabilidade e fortalecer a classe. “A gente está projetando economia. Fazemos com um litro de gasolina, que custa em média R$ 6, 14 quilômetros em média. Com o carro elétrico, com 1 kWh, você consegue andar de 9 a 10 quilômetros. Então, a economia é significativa. Além da economia no combustível, a gente vai ter economia com troca de óleo. E tem a questão principal, que é o meio ambiente. Estamos muito felizes que temos um governador que se preocupa também com a questão ambiental”, agradeceu o presidente do Sinpetaxi, Suéd Silvio.

Apoio à categoria

O GDF tem adotado uma série de medidas em apoio aos taxistas, demonstrando diálogo constante e atenção às demandas da categoria. Entre as principais ações estão a criação de um ponto de apoio no Aeroporto Internacional de Brasília, com estrutura para descanso e alimentação, e o reajuste das tarifas de táxi após quase dez anos de congelamento, atendendo a um pleito antigo da categoria diante da alta nos custos operacionais.

Durante a pandemia de covid-19, o GDF criou o programa Mobilidade Cidadã, que garantiu auxílio financeiro de R$ 600, pagos durante três meses, aos profissionais impactados pela queda na demanda. Além disso, a categoria foi incluída como prioridade nas campanhas de vacinação e recebeu ações específicas, como um mutirão realizado na sede do sindicato, em 2023. Essas iniciativas reforçam o compromisso do governo com uma mobilidade urbana mais digna e sustentável.

“Foi muito importante para a gente garantir a nossa subsistência. Também ele [o governador Ibaneis Rocha] construiu um ponto de apoio ao taxista que talvez seja o único da América Latina e fez alterações significativas na lei do táxi, que engessava a categoria”, disse Suéd Silvio.

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