Corrupção
Polícia Civil investiga desvios de recursos públicos em 19 administrações regionais

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública apreendeu nesta terça-feira (21) computadores e documentos em 19 administrações regionais. O objetivo é colher provas materiais de desvios de recursos públicos durante a gestão passada, de 2012 a 2014. As ações, sustentadas com a participação de cem agentes e 20 delegados da Polícia Civil do DF, visam apurar concorrências fraudulentas e procedimentos burocráticos irregulares de cobrança de propinas praticadas por empresas de construção civil e funcionários públicos.
Foram apreendidos hoje 253 contratos no valor total de R$ 250 milhões. A operação Apate foi assim denominada porque existe na cultura grega um espírito com esse nome que personifica a fraude, o engodo e o dolo.
Evidências da prática criminosa em concorrências para pequenas obras
O delegado-chefe responsável pela operação, Alexandre Nicolau Linhares, ressaltou durante coletiva de imprensa na tarde de hoje que nenhum administrador do atual governo de Brasília está envolvido. A ação policial começou ainda em 2014 e teve como ponto de partida denúncias feitas por empresas que estavam sendo prejudicadas nas concorrências.
A fundamentação que justificou a ação policial de hoje foi baseada nas evidências documentais e nas provas de cópias de correspondências por internet entre os envolvidos, autorizadas pela justiça.
O modo operacional era sempre o mesmo: carta convite formulada pela administração regional, geralmente de valores que variavam de R$ 40 mil podendo atingir R$ 500 mil, com correções resultantes de aditivos no contrato original. Foram identificadas dez empresas construtoras, que embora apresentassem registros diferentes nos órgãos governamentais de regulação, seus controladores e ou administradores eram os mesmos ou de pessoas que tinham grau de parentesco próximo.
A proposta de preços era formulada de tal maneira que os participantes frequentes das concorrências decidiam o vencedor. As coincidências estavam também na folha de pagamentos de funcionários, no escritório de contabilidade, no telefone, na padronização de propostas e até no endereço comercial.
Indícios de formação de quadrilha nas concorrências fraudulentas do DF
Na avaliação do delegado Alexandre Nicolau Linhares, há fortes indícios da formação de uma organização criminosa estruturada para o desvio do dinheiro público do governo de Brasília e de uma quadrilha para fraudar os processos de licitação. As investigações, que devem durar seis meses, vão esclarecer se ocorreu ou não a participação de administradores e de assessores da época.
A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública constatou ainda o desaparecimento de processos, que será esclarecido com a instauração de sindicâncias internas promovidas pelas divisões jurídicas de algumas administrações regionais. Ficou evidente ainda que a prática criminosa do grupo foi interrompida no final de 2014.
Administrações Regionais objeto da Operação Apate: Águas Claras, Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riachos Fundos I e II, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Estrutural, Sobradinho, Taguatinga, Varjão e Vicente Pires.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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