Renata Guirau
Nutricionista fala sobre alimentos e a prevenção do câncer de próstata

A chegada do mês de novembro traz consigo a cor azul como uma forma de alerta. Desde 2003, o mundo inteiro se mobiliza para trazer à tona a importância de realizar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata. No Brasil, esse tumor maligno, em específico, é considerado o segundo mais comum entre os homens. Até agosto de 2020, por exemplo, já haviam sido registrados quase 66 mil novos casos da doença, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Por conta da grande incidência dessa patologia, é preciso redobrar a atenção quanto aos cuidados com a saúde. As idas aos médicos e a prática regular de exercícios físicos se tornam, portanto, fundamentais para diminuir os riscos de desenvolver o câncer. Além disso, manter hábitos alimentares saudáveis é determinante para evitar a doença.
Renata Guirau, nutricionista do Oba Hortifruti, explica que diversos sistemas no nosso corpo se beneficiam com os nutrientes certos, favorecendo a imunidade e a divisão celular. “A alimentação saudável nos fornece componentes protetores, por isso, há menos risco de mutações indesejadas e menor morte celular precoce”, complementa.
A profissional aproveita para pontuar que alimentos com ações anti-inflamatórias e antioxidantes são extremamente benéficos para o organismo e possuem grande potencial para a saúde do homem.
“Salmão e sardinha, ricos em ômega 3, uma gordura anti-inflamatória, são recomendados para prevenir o câncer de próstata. O açafrão pode ser colocado nessa lista também. Além disso, esse tempero possui um plus de ser antioxidante. Para enriquecer ainda mais a dieta, aconselhamos o consumo de vegetais verde-escuros, como brócolis, espinafre e couve, por serem fontes de ácido fólico e atuarem, igualmente, de forma positiva, assim como o alho e a cebola, por possuírem ácidos sulfurados”, explica.
Em 2019, o National Center for Biotechnology Information também corroborou a importância de alimentos saudáveis para evitar o desenvolvimento do câncer. Por meio de uma pesquisa, foi comprovado que o consumo frequente de tomates e peixes está associado à redução no risco de desenvolvimento de tumores na próstata.
Vale ressaltar que, da mesma forma que é preciso investir em uma alimentação adequada, também é importante reduzir o consumo de determinadas comidas. Guirau informa que todo alimento ultraprocessado, por exemplo, deve ser evitado ou consumido de forma muito esporádica, pois possuem componentes que aumentam o risco de diversas doenças, inclusive o câncer.
“Carnes processadas, como salsicha, frios e embutidos em geral; biscoitos recheados, gelatina e pães industrializados; e bebidas alcoólicas e açucaradas, como refrigerantes e sucos artificiais são os principais vilões nesse aspecto”, especifica.
Além da consciência acerca desses tipos de alimentos, é aconselhável aprender a identificar o que se é consumido, por isso, a leitura dos rótulos é fundamental. “Quanto menos ingredientes utilizados na elaboração dos produtos, melhor”, aconselha.
Para ajudar a incluir esses alimentos ricos em nutrientes, a nutricionista separou três receitinhas para serem feitas no dia a dia. Confira:
Carré de cordeiro com açafrão
- 2 carrés de cordeiro
- 50ml de creme de leite
- 1 colher de café de açafrão ralado
- sal e pimenta a gosto
- 1 colher de sopa de manteiga
Doure o carré em uma frigideira pré-aquecida, dos dois lados.
Enquanto isso, misture o creme de leite, o açafrão, a manteiga, a pimenta e acerte o sal.
Acrescente o molho na finalização da cocção do carré, regando a peça por alguns minutos antes de desligar o fogo e sirva em seguida.
Suco de maçã com melancia e gengibre
- 1 maçã com casca
- 2 xícaras de melancia picada
- Suco de 1 limão
- 1 colher de chá de gengibre ralado
- 200ml de água
Bata tudo no liquidificador e consuma gelado.
Molho napolitano
- 1kg de tomate maduro
- 6 colheres de sopa de azeite de oliva
- 3 dentes de alho amassados
- 1 colher de sopa de orégano desidratado
- sal a gosto
Aqueça o azeite e doure o alho.
Acrescente os tomates previamente picados em cubinhos pequenos.
Acerte o sal e deixe cozinhando em fogo baixo, com a panela tampada, para soltar o suco do tomate.
Quando estiver fervendo, acrescente o orégano e deixe cozinhando até que os pedaços de tomate fiquem bem macios.
Você pode consumir o molho com o tomate em pedaços ou bater no liquidificador para obter o molho líquido.

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
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