Câmara Legislativa
MPDFT diz que afastamento da Mesa Diretora permitirá apuração sem interferência

Promotores públicos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) afirmaram na tarde desta terça-feira (23) que o afastamento dos integrantes da Mesa Diretora, deflagrado pela operação Drácon pela manhã, permitirá que a Câmara Legislativa investigue denúncias de suposto desvio de recursos de emenda parlamentar sem interferência. Segundo eles, a presença dos deputados investigados na Mesa poderia comprometer o andamento dos trabalhos do Legislativo.
Os promotores Clayton da Silva Germano, Luis Henrique Ishihara e Geraldo Mariano Machado Alves de Macedo, responsáveis pelas investigações, fizeram um relato da operação que teve 14 mandatos de busca e apreensão, oito de condução coercitiva e quatro pedidos de afastamento cautelar em cumprimento à decisão do desembargador Humberto Adjuto Ulhoa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. De acordo com os promotores, há indícios de crimes de corrupção ativa e passiva. No entanto, o Ministério Público ressalta que os investigados são presumidamente inocentes até prova em contrário.
A operação teve como alvo membros da Mesa Diretora: Celina Leão (PPS), presidente; Raimundo Ribeiro (PPS), 1º secretário; Julio Cesar (PRB), 2º secretário; e Bispo Renato Andrade (PR), 3º secretário; além do deputado Cristiano Araújo (PSD), do servidor Alexandre Braga Cerqueira; do ex-secretário-geral da Casa Valério Neves Campos, e do ex-presidente do Fundo de Saúde Ricardo Cardoso dos Santos.
Os promotores explicaram ainda que todos os envolvidos prestaram depoimento voluntariamente, sem a necessidade de condução coercitiva. Documentos, computadores, celulares e outros objetos foram apreendidos em cinco gabinetes, na presidência da CLDF e nas residências dos oito parlamentares e servidores citados e serão analisados agora pela equipe de investigação.
Os promotores afirmaram ainda que a divulgação dos áudios pela imprensa não veio em momento oportuno e exigiu algumas medidas do MP. Segundo eles, as investigações ainda estão em curso e são sigilosas. Eles se negaram a informar se existem outras gravações. “O fato é grave e não fazer nada seria uma omissão do Estado”, afirmou o promotor Clayton Germano.
A Operação Drácon investiga suposta conduta criminosa de exigência, por parte de distritais, de valores financeiros indevidos a empresas, como contrapartida para a destinação de sobras orçamentárias para o pagamento de passivos em atraso pelo GDF, relativos ao gerenciamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
O nome da operação é uma referência ao legislador ateniense Drácon, de 621 A.C e origem aristocrática, que teve poderes extraordinários na época e acabou dando origem à expressão “draconiana”. A expressão remete a alguma coisa desumana ou excessiva.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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