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Maio registra o menor número de casos de dengue desde 2012

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O auge dos casos da dengue ocorre normalmente em abril e em maio, fim do período de chuvas no Distrito Federal. Em ambos os meses, 2015 apresentou redução das ocorrências da doença em relação aos anos antecedentes. Neste ano, o resultado é ainda melhor. O mês passado foi o com menor número de contaminações desde 2012. De acordo com a Secretaria de Saúde, fatores climáticos e ações para combater a doença justificam a diminuição de pessoas infectadas.

Apesar do bom resultado em maio, o total de casos confirmados em 2016 ainda é superior ao de anos anteriores. De acordo com o último informativo epidemiológico, divulgado em 15 de junho pela secretaria, o pico da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti foi em fevereiro, que em 29 dias somou 4.481 casos. Nos meses seguintes, as ocorrências passaram a apresentar quedas, com 3.953 pessoas em março, 3.349 em abril e chegando a 1.266 em maio. Em 2015, o comportamento da doença foi o contrário: em fevereiro tinha 642 casos; março, 1.057; abril, 2.934; e maio, 2.425.

O índice de contaminação registrado em 2012 foi menor dos últimos anos. Em doze meses, foram 784 ocorrências do vírus da dengue em moradores de Brasília. Nesse período, maio foi responsável por cerca de 24% dos casos, com 188 pessoas confirmadas com a doença.

Para o chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias, Ailton Domicio da Silva, da Secretaria de Saúde, intensivas ações do governo para combater os focos do mosquito e conscientizar a população e a diminuição do nível de chuvas em relação ao começo do ano justificam a redução dos casos isolados em maio. “Se, como começou o ano, não tivéssemos feito tantas ações, há a hipótese de que os números nesse período fossem muito maiores”, afirma.

Evolução dos casos de dengue no DF

Combate ao mosquito
Em dezembro do ano passado, o governo de Brasília criou uma força-tarefa para combater a proliferação do Aedes aegypti – também transmissor do zika vírus e da febre chikungunya. Ações educativas, vistorias em residências em busca de criadouros do mosquito, aplicação de inseticida por carros de fumacês são exemplos de ações implementadas desde então.

Uma sala de situação foi criada em 29 de dezembro para coordenar os trabalhos da força-tarefa. No ambiente, são controlados o número de imóveis revistados, feitos balanços das ações e reuniões sobre os casos da doença.

A sala de situação fica no Quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros, e até sexta-feira (17) 1.376.855 imóveis tinham sido visitados no Distrito Federal. Desses, as equipes da força-tarefa encontraram a larva em 22.820 casas. De acordo com a corporação, há locais em que as visitas foram feitas mais de uma vez.

Neste ano, o governo de Brasília também adquiriu equipamentos para intensificar as ações contra o mosquito. Foram comprados 25 fumacês e mais de 3 mil litros de inseticida para que fossem aplicados em ruas das regiões.

Índice de chuvas
Outro fator que contribuiu para a diminuição da doença foi o clima. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), houve redução da incidência de chuvas no Distrito Federal entre o começo do ano e maio – o Aedes aegypti deposita os ovos na água e, com as chuvas, aumenta o número de locais para a reprodução.

Janeiro registrou 398.8 milímetros de chuva, enquanto maio teve apenas 3.9 milímetros. Segundo o instituto, a chuva no primeiro mês do ano foi atípica, e isso pode ter sido uma das razões para o grande número de casos de dengue registrados no DF no início de 2016. No mesmo período em 2015, choveu cerca de 300 milímetros a menos (com 91.7 milímetros) e, em 2014, foram 153 milímetros registrados nos 31 dias do mês.

Segundo o Inmet, houve uma redução drástica de milímetros em abril e em maio em relação aos outros anos. Respectivamente, foram registrados 10.8 e 3.9 milímetros em 2016, 202.8 e 44.2 milímetros em 2015, e 249.3 e 2.8 milímetros em 2014.

Ocorrência no país
O aumento de ocorrências de dengue em 2016 foi observado em todo o País. Na região Centro-Oeste, três unidades da Federação apresentaram aumento do número de casos. No Mato Grosso, a quantidade passou de 8.013 para 17,1 mil; no Mato Grosso do Sul, de 16.379 para 26.970; e, no Distrito Federal, de 5.751 para 12.996. Em Goiás, os casos diminuíram: de 108.552 para 69.171 ocorrências. Os dados são do último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, em 9 de maio.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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