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Até 24 de julho

Feira do Livro de Brasília começa neste sábado, no Centro de Convenções

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Dar um novo significado à prática pedagógica e resgatar o interesse dos alunos pelas aulas. Com essa perspectiva, a professora da rede pública de ensino do Distrito Federal Gina Vieira Ponte buscou adentrar o universo dos estudantes, marcado pelas novas tecnologias.

Aderir a uma rede social foi um dos passos, e um vídeo, em especial, chamou a atenção. “Uma aluna se apresentava dançando de maneira erotizada uma música com apelo sexual e que fazia referência à mulher com termos chulos. Aquilo me incomodou”, conta. “Depois de ver o comportamento dessa aluna, percebi que um caminho possível seria trazer novos referenciais para ela.”

Nasceu, então, o projeto Mulheres Inspiradoras, que leva aos alunos reflexões sobre igualdade de gênero, representação da mulher na mídia e violência contra a mulher, entre outros temas. O objetivo é estimular a leitura e a escrita autoral e valorizar o protagonismo do estudante.

Com prêmios nacionais e internacionais, o projeto da professora Gina envolve ações como leitura de obras de autoria feminina, a exemplo de O diário de Anne Frank e Eu sou Malala —, estudo de biografias de mulheres; entrevistas com mulheres atuantes nas diversas comunidade do DF; campanha, em redes sociais, de combate à violência de gênero; e narrativas de histórias, por parte dos estudantes, de mulheres consideradas inspiradoras por eles.

Muitos escolheram parentes, como a mãe e a avó, conta a professora de 44 anos — 25 deles na rede pública do DF. Dos relatos, surgiu o livro que leva o nome do projeto, colocado em prática pela primeira vez no Centro de Ensino Fundamental 12 de Ceilândia. O projeto Mulheres Inspiradoras contou com duas edições nessa escola, em 2014 e em 2015, já foi aplicado para alunos do Centro de Ensino Fundamental 2, da mesma região, e, até o fim de 2016, ocorrerá no Centro de Ensino Fundamental 20, também em Ceilândia, onde a professora leciona atualmente.

Graduada em letras e especialista em educação a distância e em desenvolvimento humano, educação e inclusão escolar, Gina Vieira Ponte é um dos docentes homenageados da 32ª Feira do Livro de Brasília, cujo tema é Meu Mestre, Meu Livro. “É uma honra sem igual, sobretudo porque o meu lugar de fala é o lugar de professora, no chão da escola pública, com uma profunda consciência do papel como formadora de leitores. O meu desejo é que essa homenagem possa lembrar todos nós, professores, de que estamos em um espaço privilegiado, em que podemos ajudar nossos alunos a se apaixonarem pela leitura.”

32ª Feira do Livro tem programação diversificada
A edição de 2016 da feira do livro vai de sábado (16) a 24 de julho, das 9 às 21 horas, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com entrada franca e censura livre. Promovida pela Câmara do Livro Distrito Federal e pelo Sindicato dos Escritores do DF, a atividade tem o apoio do governo de Brasília.

Haverá cerca de cem estandes e mais de 300 eventos simultâneos, entre workshops, palestras, saraus, apresentações teatrais e musicais, debates, lançamentos e sessões de autógrafos.

Para o evento, a Secretaria de Educação trabalha em diversas frentes. Uma delas é a liberação, via Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), de R$ 500 mil, que serão distribuídos para as 14 regionais de ensino. O objetivo é atualizar os acervos das escolas e de bibliotecas com obras paradidáticas compradas na feira, com base nas necessidades das unidades e nas sugestões dos alunos. “Não consideramos um gasto, mas um investimento, que vai permitir ainda mais o crescimento intelectual dos estudantes”, ressalta o subsecretário de Educação Básica, da Secretaria de Educação, Daniel Damasceno Crepaldi.

A programação inclui ainda lançamento de obras de professores e visita de autores a escolas da rede, de 18 a 22 de julho. Os escritores Carlos Nejar, Joaquim Maria Botelho, Frederico Barbosa, Felipe Fortuna e Antônio Carlos Secchin conversarão com os estudantes sobre temas como poesia, conto e romance.Outra atividade da feira do livro será a exposição de obras de estudantes escritores da rede pública, no estande da secretaria.

Visita de jovens do sistema socioeducativo à Feira do Livro de Brasília
Já por meio da Secretaria de Políticas para Crianças, Adolescentes e Juventude, cerca de 120 jovens do sistema socioeducativo, tanto das unidades de internação quanto de semiliberdade e de meio aberto, visitarão a feira. Atividade relacionada ocorreu na unidade de internação de Santa Maria em 10 de junho, quando o escritor de Brasília Flávio Vieira teve um bate-papo com as adolescentes do local, com o tema Aprender com o fracasso é o atalho para o sucesso.

No domingo (17), uma equipe do Fundo de Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura, promoverá oficina gratuita de obtenção do cadastro de ente e agente cultural, essencial para a apresentação de projetos a serem executados pelo fundo. Será às 15h30, no estande da Mala do Livro, na Ala Sul do Centro de Convenções.

Veja a programação completa da 32ª Feira do Livro de Brasília.

32ª Feira do Livro de Brasília
De 16 a 24 de julho
Das 9 às 21 horas
www.feiradolivrobrasilia.com.br

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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