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Farmácias e unidades de saúde: pontos certos para descarte de medicamentos

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descarte de medicamentos
Foto/Imagem: Shutterstock


Diferentemente do que se imagina, remédios que passaram da data de validade ou que sobraram de algum tratamento não podem ser descartados no lixo comum. Os medicamentos devem ser levados a um ponto de coleta, disponível em farmácias e nas unidades de saúde, para que sejam recolhidos por empresa especializada e, então, incinerados.

O Governo do Distrito Federal (GDF) mantém contrato com uma companhia para recolher e dar o fim correto ao material que chega às unidades de saúde. Para ter acesso ao serviço, basta perguntar a algum servidor onde descartar os itens.

Já as farmácias, obrigadas pela Lei Distrital nº 5092/2013 a receber os medicamentos vencidos, devem contratar uma companhia especializada para concluir o descarte com a queima dos insumos.

De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde (Divisa/SES), André Godoy, a orientação serve para pílulas, comprimidos, frascos de xarope, tubos de pomada, seringas e agulhas. Ele acrescenta que, no caso dos comprimidos, não se deve tirá-los da cartela para fazer o descarte.

“São as embalagens primárias, então não é recomendado que o consumidor descaracterize o medicamento mesmo que esteja vencido, porque pode afetar a visibilidade da data de fabricação e validade, dados importantes na hora do descarte correto”, alega. Já agulhas, seringas e outros itens perfurantes devem ser armazenados em recipientes resistentes, como latas ou potes, para que não haja descaracterização da própria embalagem ou acidentes.

Quando vazios, os frascos, as cartelas, ampolas, tubos e outras formas de embalagens podem ser jogados no lixo comum. O mesmo vale para as caixas de papel e bulas, que não têm contato direto com o medicamento.

Meio ambiente

O descarte desses itens no lixo comum, para o recolhimento pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), pode causar prejuízos ao meio ambiente, com a contaminação do solo e água. O mesmo pode acontecer com remédios jogados no vaso sanitário. Segundo o programa Descarte Consciente, que monitora a prática positiva em São Paulo (SP), cada quilograma de medicamento descartado incorretamente pode contaminar até 450 mil litros de água.

O coordenador de Implementação da Política de Resíduos Sólidos da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Glauco Amorim da Cruz, alerta que a contaminação causada pelo descarte incorreto pode atingir o lençol freático e corpos d’água, como rios, lagos e oceanos, além do próprio aterro sanitário, para onde é levado o lixo comum.

“Medicamentos vencidos, ao chegar a um aterro sanitário, podem provocar contaminação do chorume produzido pelos resíduos, devido a substâncias que podem ser tóxicas ou se tornar tóxicas após a decomposição”, explica Cruz, acrescentando que pessoas que entram em contato direto com o resíduo, como garis e catadores, também podem ser prejudicadas.

A Sema é responsável pela logística reversa dos resíduos gerados no DF, conceito que visa ao direcionamento dos itens pós-consumo para a reciclagem, obtenção de energia e para o tratamento correto, caso dos medicamentos inaptos para uso, que devem ser incinerados. Com isso, menos materiais são enviados para os aterros e lixões e é reduzido o impacto ambiental negativo.

“O simples gesto de fazer o correto, em vez do mais simples, pode causar diversos benefícios. Separar os resíduos da forma certa é uma decisão de cada um, pensando no bem coletivo”, salienta o coordenador.

A Sema mapeou pontos de descarte de medicamentos vencidos, pilhas, garrafas de vidro e radiografias, para facilitar a destinação dos resíduos de forma ambientalmente correta. Confira aqui.

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Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

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Ao Vivo de Brasília
combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

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Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

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Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

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