Denuncie, ligue 156
Distrito Federal ganha Núcleo de Enfrentamento ao Feminicídio

O governo de Brasília intensificou o combate à violência de gênero. Foi lançado, nesta terça-feira (28), o Núcleo de Enfrentamento ao Feminicídio, cujo objetivo é desenvolver e fomentar ações, programas e políticas para prevenir, investigar, processar e julgar a morte violenta de mulheres, travestis e transexuais identificadas com o gênero feminino. A solenidade ocorreu na Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), na Asa Norte. A portaria de criação do grupo foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal.
O núcleo tem base na Lei Federal nº 13.104, de 9 de março de 2015, que classificou a morte de mulheres pela questão de gênero como agravante para homicídios. Trabalharão em parceria as Secretarias da Segurança Pública e da Paz Social, do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, e de Saúde; as polícias Civil e Militar; o Corpo de Bombeiros; o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; o Conselho dos Direitos da Mulher do DF; e a Defensoria Pública do DF.
Núcleo de combate ao feminicídio é vinculado ao Viva Brasília
A secretária da Segurança Pública, Márcia de Alencar Araújo, presidirá os trabalhos do Núcleo de Enfrentamento ao Feminicídio, que será vinculado à Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios do Viva Brasília – Nosso Pacto Pela Vida, principal programa da pasta. “Vamos desenvolver estratégias entre as políticas sociais, as políticas de segurança e o sistema de Justiça criminal do DF, para desenvolver outras políticas públicas para mulheres”, explica. “E temos uma novidade: no nosso programa, estão incluídas travestis e transexuais.”
Uma palavra-chave do núcleo é educação. Vários dos presentes no evento de lançamento falaram sobre trabalhar a questão nas escolas e, no âmbito do grupo, conscientizar e especializar profissionais da segurança pública para combate a crimes dessa natureza. Ficará estabelecida ainda a Câmara Técnica da Análise da Violência de Gênero, formada por integrantes dos departamentos de ensino, pesquisa, estatística e análise das unidades envolvidas.
Para a colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg, separar o crime de feminicídio do homicídio comum é um avanço no país e serve para mudar o modo de pensar da sociedade. “O feminicídio dá mais tempo de reclusão em relação ao homicídio comum e é inafiançável. Além disso, tem o recorte de gênero, que deixa mais visível a realidade vivida por muitas mulheres”, diz. O código penal estabelece reclusão de seis a 20 anos para homicídios comuns e de 12 a 30 para feminicídios.
Seminário de políticas públicas para mulheres
Logo após o lançamento, começou o seminário Lei do Feminicídio: Processo Histórico, Aplicação e Desafios, previsto para terminar às 17 horas de hoje (28). As palestras servem para dar um contexto histórico da legislação, desde a sanção da Lei Maria da Penha, há dez anos, até o presente, com punições baseadas no feminicídio desde 2015.
Participaram dos debates a presidente do Conselho dos Direitos das Mulheres do Distrito Federal, Wilma Rodrigues; a juíza do Segundo Juizado Especial Cível, Criminal e de Violência Doméstica da Mulher do Recanto das Emas, Theresa Karina de Figueiredo; e a doutora em Direito pela Universidade de Brasília, Soraia da Rosa Mendes.
Para denunciar, ligue 156, opção 6, ou 180.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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