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Confundida com Uber, família é perseguida e espancada por taxistas

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Quatro irmãos foram perseguidos, encurralados e espancados por taxistas depois de serem confundidos com motoristas do Uber na noite desta terça-feira (3) em Brasília. Eles haviam acabado de desembarcar no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek e seguiam de carro para Ceilândia. O conflito aconteceu pouco depois de representantes dos serviços de transporte trocarem agressões em um posto de combustível vizinho ao terminal.

O caso é investigado pela Polícia Civil. A presidente do Sindicato dos Taxistas, Maria do Bomfim, afirmou que a entidade não compactua com a violência, mas que os profissionais estão “cansados das agressões dos motoristas do Uber e, por causa disso, estão partindo para cima”.

Uma das vítimas por causa da confusão, o vendedor Clécio Alves conta que a família vinha de Recife (PE). A mulher de um dos homens os esperava no saguão do aeroporto. O grupo entrou então no carro, mas foi seguido por taxistas.

“Um taxista cortou farol para a gente, passou por a gente em alta velocidade, começou a xingar, chamar de bandido, de cambada de safado. Aí ele cortou a nossa frente e brecou com muita força. Meu irmão tentou frear, bateu. Ele foi para lateral, falou: ‘gente, desculpa aí, desculpa aí, vamos resolver. Me segue, segue aí’. Meu irmão seguiu”, diz Alves.

O vendedor afirma que a família caiu em uma armadilha. “Quando a gente encostou, mais de 50 taxistas já chegaram no carro, quebrando o carro, batendo na gente, e um gritando: ‘Mata que é Uber, mata que é Uber’. Eu falando: ‘gente, a gente é família, estamos chegando de viagem, não faz isso, não’.”

“Um puxou um punhal para poder tentar matar meu irmão mais velho”, completa. “Eu peguei, avancei em cima dele. Quando eu avancei nele, eu levei uma paulada na cabeça, caí no chão. Na hora que eu caí no chão, começaram a bater muito em mim.” O homem teve feridas no rosto. O carro da família ficou danificado.

Os irmãos registraram o caso na 10ª Delegacia de Polícia, onde reconheceram um dos agressores por foto. Motoristas do Uber também estiveram no local para denunciar agressões. Vídeo obtido pela TV Globo mostra parte da confusão no posto de gasolina: taxistas arremessam cones e outros objetos contra os motoristas e carros do Uber.

“Éramos cinco motoristas do Uber quando chegaram 60 taxistas, todos com pau, pedra na mão, tacando tudo, fazendo um arrastão, quebrando tudo”, disse o motorista Reginaldo Araújo. “Fiquei muito assustado, muito assustado.”

O motorista Irving Nóvoa também criticou a situação. “Apesar de todas as agressões que os taxistas fazem, no dia seguinte estão rodando. Então eu acho que deveria cassar a licença, porque, enquanto não cassar a licença, os taxistas vão continuar fazendo o que vêm fazendo: agredindo Ubers, agredindo cidadão, agredindo família.”

A presidente do Sindicato dos Taxistas afirmou que não compete à entidade tirar a licença dos profissionais. “Compete ao órgão de fiscalização e à polícia, eles é que têm que verificar. Se o governo tomar as providências e convocá-los no órgão da unidade gestora, eles vão ter o direito de apresentar a defesa deles.”

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
Foto/Imagem: Freepik

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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