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Novas turmas

Arquivo Público oferece aulas para ensinar servidores a preservar documentos

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Desde 1960, arquivos se empilham sobre mesas e dentro de armários em escritórios, galpões, salas improvisadas e subsolos de órgãos do governo. De plantas baixas de prédios residenciais a folhas de ponto dos primeiros servidores do governo de Brasília, os documentos estão armazenados e guardados. No entanto, nem todos os funcionários sabem como proteger a papelada, que pode ter peso histórico imensurável.

“Certa vez, jogaram vários papéis no lixo. Quando a equipe administrativa viu, fez de todo mundo voltar lá e pegar tudo. Eram plantas baixas de projetos de habitação de 1961”, lembra a gerente de administração da Administração Regional do Gama, Andrea Oliveira. Ela conta que no local não havia uma cultura que ensinasse a importância dos arquivos e que nem sempre o material recebe o valor que tem.

Para capacitar os funcionários e ensiná-los a conservar os documentos, o Arquivo Público do Distrito Feral oferece curso de tratamento de acervos arquivísticos. Andrea e outros seis funcionários da administração regional participaram da primeira edição de 2016 do programa criado em 2012 e retomado em 2015. De acordo com a gerente, a experiência foi esclarecedora. “A gente nem imaginava que precisava de luvas e de jalecos para mexer com esse material.”

As aulas de Andrea terminaram em abril. Ela e os colegas já levaram as lições que aprenderam para a administração regional. Os arquivos foram catalogados e organizados em números ordenados, de acordo com o ensinamento dos professores, que são funcionários do Arquivo Público. Novas estantes foram providenciadas — feitas de alumínio, e não de madeira, material que atrai cupins.

Outra mudança foi o local de armazenamento. Antes, os documentos estavam em um galpão sem ventilação adequada e com mofo. A partir do curso, eles foram transferidos para uma sala específica. “A gente tem muita coisa a fazer, de pouquinho em pouquinho vamos conseguir”, afirmou a servidora ao mostrar a planta da feira do Gama, desenhada em 1974.

Curso
Nesta semana, até sexta-feira (10), outra turma participa do projeto do Arquivo Público. Os alunos aprendem sobre as legislações que regem os documentos oficiais. Por exemplo, uma folha de ponto do governo de Brasília só pode ser descartada 52 anos após a data de assinatura. Também há normas sobre os cuidados com os papéis, os equipamentos que protegem o material e a segurança dos funcionários ao estar em ambiente insalubre.

Quatro professores se revezam durante a semana. São 35 alunos. Arquivista há 15 anos, a coordenadora do Sistema de Arquivos do órgão, Rejane Canuto, afirma que é comum haver histórias de descuidos com materiais importantes que, por falta de informação, são jogados fora. “O nosso desafio é capacitar os servidores para entender o que pode ou não ser descartado.”

Para o gerente de atendimento administrativo do Arquivo Público, responsável pela gestão do curso, José Adilson Dantas, instruir servidores também é dever do órgão. “É para o funcionário saber diferenciar documentos que podem ser levados para uma biblioteca, um setor de arquivologia ou um museu.”

Todos os alunos são servidores públicos inscritos por meio dos órgãos em que trabalham. O período de inscrição para a edição de junho ocorreu em maio, na Escola de Governo. Os funcionários do Arquivo Público selecionaram as turmas a partir de dois critérios: trabalhar diretamente com arquivo e pela ordem de inscrição.

Novas turmas estão programadas para ocorrer de 12 a 16 de setembro e de 3 a 7 de outubro. A data das inscrições ainda não foi definida. Mais informações pelo telefone (61) 3361-7739.

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Terça-feira, 22 de abril

Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

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As agências do trabalhador do Distrito Federal oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.

A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.

O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.

Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.

Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).

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Serasa Consumidor

Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

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Educação financeira
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Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.

Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.

Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.

Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.

“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.

Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.

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