Cidades
Vacinação de idosos e pacientes crônicos contra a H1N1 começa nesta quarta (27)
O começo da vacinação na rede pública do Distrito Federal contra a influenza A (H1N1) para idosos e pessoas com comorbidades foi antecipado de sábado (30) para esta quarta-feira (27). A alteração no calendário foi possível porque a Secretaria de Saúde recebeu mais 100 mil doses do governo federal. No caso de povos indígenas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, fica mantida a data inicial da campanha — 30 de abril.
Os primeiros alvos da imunização na capital, iniciada em 18 de abril, foram crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, gestantes, puérperas de até 45 dias e profissionais de saúde. Em três dias de campanha, vacinaram-se 58.863 pessoas desse grupo — 19,95% do total previsto (de 295 mil) para os públicos prioritários.
A vacina protege contra os vírus H1N1, H3N2 e influenza B e está disponível em qualquer centro público de saúde do DF, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. Apesar da antecipação, está mantido para 30 de abril o Dia D de vacinação, quando os centros vão funcionar exclusivamente para oferecer as doses.
Entre exemplos de comorbidades estão diabetes, hipertensão, bronquite e asma. Pacientes com essas enfermidades são chamados também de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis.
Prevenção
Outra forma de se proteger contra a influenza A é reforçar os cuidados com a higiene. Lavar as mãos com frequência, utilizar lenço descartável para a higiene nasal, cobrir a boca e o nariz com o antebraço — em vez de usar as mãos, na hora de tossir e espirrar — e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres e copos, são algumas das práticas recomendadas.
Transmissão e sintomas
O vírus H1N1 é transmitido pelas vias respiratórias, e os efeitos duram, em média, uma semana. A patologia afeta principalmente os brônquios, a boca, o nariz, a garganta e, ocasionalmente, os pulmões.
Os principais sintomas são febre acima de 37,8 graus, infecção aguda das vias aéreas, calafrios, mal-estar, dores no corpo, prostração, coriza e tosse seca. Em alguns casos, é possível ocorrer vômito, diarreia, fadiga e rouquidão.
Estatísticas
De acordo com boletim epidemiológico divulgado na sexta-feira (22) pela Secretaria de Saúde, há no Distrito Federal 193 suspeitas de contaminação pelo vírus da gripe H1N1 em 2016. Dessas, 51 foram confirmadas e quatro resultaram em morte.
Entre os quadros mais graves, seis são pacientes menores de 5 anos; três, adolescentes de 15 a 19 anos; 24, adultos de 20 a 59 anos; e oito, maiores de 60 anos. Já entre os menos graves, quatro ocorreram em menores de 1 ano de idade; dois em jovens de 15 a 19 anos; três entre adultos de 20 a 29 anos; e um na faixa etária de 30 a 39 anos. Oito casos são de gestantes: três mais graves e cinco mais leves.
A Asa Norte foi a região administrativa em que houve maior número de ocorrências até agora: oito. Santa Maria e Ceilândia seguem em destaque, com sete e seis pessoas contaminadas, respectivamente.