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Das 7h às 22h

UBSs ampliam horário para atender casos de dengue no Distrito Federal

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Unidade Básica de Saúde (UBS)
Foto/Imagem: Tony Oliveira/Agência Brasília


Com o aumento dos casos de dengue no Distrito Federal, as 178 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) têm se tornado fundamentais como a principal porta de entrada para o atendimento de pacientes com suspeita da doença.

A população tem sido orientada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a procurar as unidades básicas sempre que apresentar sintomas leves característicos da enfermidade, como febre alta (acima de 38ºC), dores no corpo, nas articulações, atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, cefaleias e possíveis manchas vermelhas pelo corpo.

Para ampliar o atendimento à população, a Secretaria de Saúde (SES-DF) anunciou que, a partir do próximo final de semana (dias 20 e 21 de janeiro), as UBSs 2 de Ceilândia (Bloco F da QNN 15) e 2 de Brazlândia (Quadra 45 da Vila São José) passarão a funcionar aos sábados e domingos, das 7h às 19h. Outras 60 unidades já abrem aos sábados, das 7h às 12h, e 14 fazem atendimentos de segunda a sexta-feira até as 22h (consulte aqui os horários).

As seguintes unidades passam a funcionar até às 22h: UBS 1 Asa Sul; UBS 1 Paranoá; UBS 1 São Sebastião; UBS 1 Águas Claras; UBS 2 Recanto das Emas; UBS 5 Taguatinga; UBS 1 Vicente Pires; UBS 3 Ceilândia; UBS 7 Ceilândia; UBS 6 Gama e UBS 1 Santa Maria.

Ao chegarem nas unidades, os pacientes são submetidos a uma triagem – processo no qual os profissionais de saúde determinam a prioridade no atendimento com base na gravidade de cada caso. “Nesta etapa, os classificamos em grupos, sendo eles A, B, C e D, sendo A a mais leve e D a mais crítica”, detalha o secretário-adjunto de Assistência da SES-DF, Luciano Agrizzi.

“Aqueles pacientes com critérios de gravidade leve, ou seja, A e B, são atendidos na própria UBS, onde recebem as indicações de tratamento adequado e as orientações referentes ao quadro no qual foi diagnosticado”, prossegue.

Agrizzi lembra que todas as UBSs passaram por uma ampliação das salas de reidratação, espaços dedicados ao atendimento de pacientes com sintomas da dengue. Cada cidadão tem uma unidade de referência para atendimento e acompanhamento a partir do seu endereço residencial. É possível consultar virtualmente qual o local de atendimento mais próximo.

Casos graves e tratamento

Em casos mais graves, classificados como grupos C e D, que envolvem dores intensas na barriga, vômitos persistentes, sangramentos no nariz, na boca ou nas fezes, tonturas e extremo cansaço, os pacientes são encaminhados para uma das 13 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) espalhadas pela capital.

“Nós disponibilizamos painéis que mostram a situação de cada UPA em tempo real. Esse painel traz informações como a lotação de cada unidade e o respectivo tempo de espera na fila. É ideal que a população procure saber como está a UPA antes de sair de casa e, caso ela esteja muito cheia, consiga recorrer a outro endereço”, enfatiza o secretário.

Segundo o secretário-adjunto em Assistência da SES, o tratamento da dengue começa ainda em casa, com bastante ingestão de líquidos e repouso. “No mínimo sintoma que a pessoa possa ter, o recomendado é iniciar, ainda dentro de casa, a hidratação. Não deixe de ingerir líquidos. Isso evita uma progressão da doença”, diz, acrescentando que o cuidado deve ser redobrado em pacientes com comorbidades.

Os profissionais de saúde recomendam o uso de medicamentos como paracetamol e dipirona para aliviar as dores e a indisposição ocasionadas pela dengue. Ainda de acordo com os especialistas, não se deve fazer o uso, em caso de suspeita da doença, de remédios como AAS e anti-inflamatórios, tal qual nimesulida, ibuprofeno e diclofenaco, que têm potencial para ampliar as chances de hemorragia.

Faça sua parte

O GDF tem se mobilizado para ampliar o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti – vetor da enfermidade. A orientação é dedicar 10 minutos, semanalmente, para identificar todos os recipientes que possam acumular água e servir à proliferação do Aedes aegypti – baldes, potes, pingadeiras, garrafas, tonéis, vasos, calhas, entre outros.

Nas ruas, diariamente, centenas de profissionais dos 15 núcleos de Vigilância Ambiental vistoriam imóveis em busca do Aedes aegypti. Eles atuam na inspeção, verificação e eliminação de possíveis criadouros. Também são verificados terrenos abandonados, borracharias, floriculturas e outros considerados de risco para a proliferação.

Nesta terça-feira (16), o Executivo publicou a nomeação de 79 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) para reforçar o combate à dengue. Os profissionais ficarão responsáveis por visitar as residências e orientar os moradores sobre eventuais focos do mosquito.

Atualizado em 17/01/2024 – 21:23.

Cada gota faz a diferença

Novembro Roxo alerta para a importância do leite materno na prematuridade

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bancos de leite humano
Foto/Imagem: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

A campanha Novembro Roxo conscientiza a população acerca dos desafios dos nascimentos prematuros em todo o mundo. A campanha tem a finalidade de alertar sobre o crescente número de partos prematuros, como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado tanto para o bebê, família, sociedade e também para a equipe de saúde.

O roxo simboliza sensibilidade e individualidade, características que são muito peculiares aos bebês prematuros. Além disso, a cor também significa transmutação e mudança. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é considerado bebê prematuro aquele que nasce antes das 37 semanas de gestação. Subdivide-se a classificação em prematuros extremos, os que vieram ao mundo antes das 28 semanas e correm mais risco de vida.

Referência no atendimento a gestantes de alto risco da região de saúde sul e entorno sul do Distrito Federal, o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) acaba realizando um número elevado de partos prematuros devido à complexidade do serviço. Atualmente, o HRSM possui 20 leitos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), 15 leitos na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN) e mais 51 leitos na Maternidade, sendo dez deles destinados às gestantes de alto risco, além de contar com um Banco de Leite Humano (BLH) e uma equipe multidisciplinar para prestar toda a assistência a este bebê prematuro e sua família desde seu nascimento.

Essencial para o desenvolvimento da criança, o leite materno é um aliado importantíssimo para a vida dos recém-nascidos, principalmente os prematuros, tendo em vista que em alguns casos, eles ainda não podem ter contato com a mãe para mamar.

“Cada gota consumida faz a diferença na vida deste bebezinho prematuro. Por isso, todos os dias passamos visitando e conversando com as mães, perguntando como elas estão, se elas têm conseguido tirar o leite. Nesse processo, bem informal, é possível identificar aquelas mães que apresentam dificuldade e prestamos um auxílio”, afirma a chefe do serviço de Banco de Leite Humano do HRSM, Maria Helena Santos Faria.

Segundo ela, as doações são essenciais, pois a prioridade são os bebês prematuros. “Temos uma média de 600 bebês receptores de leite humano por mês, sendo diariamente cerca de 35 bebês alimentados com nossos estoques”, explica. Em outubro, o BLH do HRSM conseguiu coletar um total de 206,19 litros de leite, ficando atrás do mês de setembro, quando foram arrecadados 214,28 litros. As doações são sempre necessárias.

Toda mãe que amamenta seu filho é uma potencial doadora e pode ajudar centenas de bebês. Quem tiver interesse, basta procurar o Banco de Leite Humano do HRSM ou se preferir, se inscrever pelo site do Amamenta Brasília, ou fazer o cadastro no telefone 160 – opção 4.

Atualizado em 21/11/2024 – 10:56.

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Câncer de próstata

Exame de toque retal não pode ser substituído por PSA, diz patologista

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Ao Vivo de Brasília
exame toque retal cãncer de próstata
Foto/Imagem: Freepik

A medição da concentração do antígeno prostático específico total (PSA), do inglês Prostate Specific Antigen, é mais um aliado na saúde masculina, mas não substitui o exame digital retal, que continua sendo o mais importante recurso adotado pelos médicos urologistas para o diagnóstico do câncer de próstata, mesma nas fases mais precoces da doença.

O médico patologista clínico e professor titular de Clínica Médica e Medicina Laboratorial da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC/ML), Dr. Adagmar Andriolo, esclarece que exames laboratoriais, como a medida do PSA total, com os cálculos da relação PSA livre sobre Total e do PHI (do inglês Prostate Health Index) e outros marcadores, devem ser entendidos como recursos complementares.

“Em relação ao exame digital e a medida do PSA, um não exclui o outro, portanto, os dois recursos devem ser realizados inicialmente, até mesmo para detectar, precocemente, a presença de câncer. Diante de uma suspeita clínica obtida pela história e/ou pelo exame digital e/ou pelo valor de PSA elevado, são realizados os exames de imagem, como a ressonância magnética e, somente, por fim, o de anatomia patológica ( biópsia), que auxilia na confirmação ou exclusão do diagnóstico”, explica.

Para a suspeita e posterior diagnóstico do câncer da próstata, vários aspectos devem ser considerados e, por essa razão, a consulta com o urologista se faz muito necessária. Dentre esses aspectos, ressaltam-se a idade do paciente, seu histórico pessoal e familiar, características anatômicas da glândula, dentre outros.

“Indivíduos com mais de 50 anos de idade possuem maior risco de desenvolverem esse tipo de câncer, assim como aqueles com história familiar na qual parentes de primeiro grau tenham tido câncer de próstata antes dos 50 anos (ainda que, do ponto de vista legal, parentes de primeiro grau sejam apenas pais e filhos, para essa avaliação, devem ser incluídos irmãos e tios paternos). Para esses indivíduos, está indicada uma avaliação mais precoce (antes dos 50 anos), que inclui, ao menos, o exame digital (toque) e medida do PSA total. Entendemos que há resistência das pessoas e muitos preferem fazer apenas o PSA, mas essa não é a recomendação médica, uma vez que, como em todos os exames laboratoriais, existe a possibilidade de resultados falso positivos e falso negativos”, detalha o professor Adagmar Andriolo.

Diante de evidências de tumor, o exame digital retal também é usado para direcionar a biópsia, caso necessário, com a finalidade de reduzir o risco de resultado falso negativo. O médico lembra que o exame de próstata não precisa, obrigatoriamente, ser anual, podendo ser realizado mais espaçadamente, a critério do urologista, baseado no risco individual.

“A idade de 50 anos para o primeiro exame digital retal e eventual medida da concentração do PSA é apenas para pessoas sem parentes próximos com câncer. Se a pessoa teve um irmão que apresentou o tumor antes dos 45 anos, o ideal é que ele comece a investigar também nessa mesma idade ou até um pouco antes. A mesma conduta deve ser aplicada ao indivíduos afrodescendentes, nos quais a ocorrência deste tipo de câncer é maior e , em geral, mais precoce” diz.

Alguns anos atrás, discutiu-se muito a validade da realização do exame de PSA como triagem populacional, chegando a ser contraindicado por entidades científicas internacionais. “Essa decisão se baseou no fato de que muitos pacientes eram encaminhados para realizar biópsia a partir de níveis alterados de PSA e os resultados eram negativo. para a presença de câncer. A supressão total de medida do PSA, no entanto, fez com que um grande número de pacientes fosse diagnosticado apenas em fases mais avançadas da doença, quando o tratamento é menos efetivo. A partir dessa constatação, as recomendações foram revistas e, no momento, o exame de PSA deve ser solicitado após avaliação adequada do risco do indivíduo e conscientização a respeito de suas limitações. Diante de alteração, faz-se exame de imagem e a biópsia é o último recurso na maioria dos casos”, explica Dr. Andriolo.

Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma associação de direito privado para fins não econômicos, fundada em 31 de Maio de 1944. Tem como finalidade congregar médicos, portadores do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e de outras especialidades, regularmente inscritos nos seus respectivos Conselhos Regionais de Medicina, e pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estejam ligados à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, e estimular sempre o engrandecimento da especialidade dentro dos padrões ético-científicos.

Entre associados estão médicos patologistas clínicos e de outras especialidades (como farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio). Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios. Ao longo das últimas décadas a SBPC/ML tem promovido o aperfeiçoamento científico em Medicina Laboratorial, buscando a melhoria contínua dos processos, evolução da ciência, tecnologia e da regulação do setor, com o objetivo principal de qualificar de forma permanente a assistência à saúde do brasileiro.

A SBPC/ML completou 80 anos em 2024. Além de fomentar o desenvolvimento contínuo da ciência, tecnologia e regulação no setor, a SBPC/ML lançou seu novo portal de notícias para aprimorar a comunicação com associados e a população, e está atualizando regularmente o Lab Tests Online, plataforma que oferece informações sobre exames laboratoriais, visando qualificar a assistência à saúde.

Atualizado em 20/11/2024 – 14:46.

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