Dra. Venina Barros
Trombose na gravidez e pós-parto: entenda riscos, tratamento e formas de prevenção
O período gestacional e o pós-parto requerem atenção redobrada e um bom acompanhamento pré-natal para garantir a segurança da mãe e do bebê. Uma das principais preocupações desse período envolve o diagnóstico de trombose, pois mulheres nessa fase apresentam maior risco de desenvolver a doença. A Dra. Venina Barros, médica obstetra do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e pesquisadora do Laboratório de Fisiologia Obstétrica, explica qual é a relação entre a gestação e a ocorrência de trombose, medidas de prevenção e tratamento adequado da doença.
A trombose ocorre quando um coágulo se forma no sistema circulatório, impedindo o fluxo sanguíneo. Normalmente, ela acomete os membros inferiores, causando inchaço e dor na área afetada, mas há risco de o coágulo se desprender e migrar na corrente sanguínea para o cérebro, pulmões ou coração, causando uma embolia, que pode ter consequências mais graves. Segundo a Dra. Venina, a embolia pulmonar é o tipo de trombose mais comum durante o pós-parto, podendo causar quadros respiratórios graves e até mesmo levar à morte.
De acordo com a médica, o risco de trombose aumenta em cinco vezes na gravidez e em até 30 vezes no pós-parto, na comparação com mulheres não gestantes da mesma faixa etária. “Durante a gestação, ocorre o aumento de fatores de coagulação para evitar hemorragias, além do aumento de peso e surgimento de varizes, que podem favorecer o desenvolvimento de trombose”, afirma. Ela explica que existem diversos fatores de risco para a trombose que devem ser avaliados e levados em consideração durante a hospitalização de gestantes. “A gestante que já apresentou uma trombose prévia é a paciente de maior risco. Infecções graves, como infecção urinária e pneumonia, também são considerados fatores de risco”, diz a Dra. Venina.
Além disso, destaca que é preciso ter atenção às gestantes que ficam de repouso no leito durante o dia e noite, por motivos médicos, como ameaça de abortamento, parto prematuro ou por apresentar depressão durante a gravidez. A médica aponta que a principal orientação para gestantes e qualquer paciente hospitalizado é levantar, fazer exercício e mexer as pernas, para evitar a formação dos coágulos sanguíneos nos membros inferiores. Já nos casos de alto risco, a prevenção é feita com o uso de heparinas de baixo peso molecular, que garantem a segurança biológica, ou seja, não afetam o bebê e eliminam o risco de hemorragia para o feto.
A pesquisadora explica que o tratamento é realizado com anticoagulantes, podendo ser tratado a nível ambulatorial, ou seja, sem a necessidade de internação, ou durante a hospitalização, a depender o caso. “O tratamento da trombose deve ser feito por, no mínimo, três meses, e após esse período será avaliado em que época da gestação a paciente se encontra para determinar a manutenção do medicamento”, afirma Dra. Venina. Já o tratamento da embolia pulmonar de gestantes, por constituir um quadro mais grave, deve ser sempre feito com a paciente hospitalizada, sendo implementado por três a seis meses.
Protocolo adotado pelo HCFMUSP zera mortalidade materna por tromboembolismo venoso
Como forma de prevenir o desenvolvimento de trombose em gestantes, a área obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo adotou um protocolo baseado em grau de risco que zerou as mortes ocasionadas por trombose. A médica conta que o protocolo foi adotado como parte de um estudo que ficou em vigor entre 2014 e 2017. “Durante esse período, estudamos mais de 10 mil avaliações de gestantes com base no perfil de gravidade de nossas pacientes. Já no primeiro ano de instalação, não ocorreram mais mortes maternas, nem no momento da hospitalização nem após três meses da alta, e esse resultado persistiu durante todos esses anos”, relata.
Com o sucesso do protocolo de pesquisa, a clínica obstétrica passou a adotá-lo como protocolo assistencial de prevenção de trombose. Dra. Venina conta que a triagem para o risco de tromboembolismo é realizada na avaliação da paciente no momento da hospitalização. Desta forma, foi possível zerar a mortalidade materna pela doença e reduzir ao mínimo a incidência de trombose venosa nas pacientes. “Acreditamos que esse protocolo deve ser adotado por todas as maternidades do país, por apresentar um baixo custo e resultados comprovados prevenindo as mortes maternas e a ocorrência de trombose”, afirma a médica.
Ela ressalta a importância da conscientização das pacientes, por meio de iniciativas como o Dia Mundial da Trombose, celebrado em 13 de outubro para aumentar a consciência sobre a doença, para que gestantes exijam uma avaliação de seu risco de tromboembolismo no momento da hospitalização. “Esse processo passa pela educação das gestantes e das pacientes, pois a pressão da população contribui para a melhoria no atendimento médico no momento da hospitalização, gerando medidas que podem salvar vidas”, preconiza.
Atualizado em 02/09/2023 – 07:42.
“Hoje é um lindo dia para salvar vidas”
Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) inicia nesta segunda-feira (25) a campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue. Com o tema “Hoje é um lindo dia para salvar vidas”, a ação celebra o Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado em 25 de novembro, e promove uma série de atividades para conscientizar a população sobre a importância da causa.
Segundo a gerente de Captação de Doadores da FHB, Kelly Barbi, a campanha é uma oportunidade de homenagear quem salva vidas. “A Semana Nacional do Doador é dedicada ao reconhecimento e agradecimento aos doadores. É um gesto nobre, de cidadania, que precisa ser lembrado e incentivado todos os dias”, ressaltou.
As atividades começam no domingo (24), no Mitzvah Day, uma data especial da comunidade judaica dedicada ao voluntariado. Na ocasião, materiais informativos serão distribuídos no Eixão do Lazer para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue.
A programação especial se estende até sexta-feira (29). Durante a semana, os doadores serão recebidos com algumas surpresas e poderão participar de atividades como a distribuição de mudas e plantas nativas pelo projeto Ethos do Cerrado, sessões de massagem e reflexologia promovidas pelo Grupo Fuji e apresentações musicais. Na terça-feira (26), a campanha contará com uma doação coletiva organizada pela torcida do Atlético Mineiro.
Para reforçar a importância do doador de sangue, monumentos e prédios públicos do Plano Piloto, como o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o BRB e o prédio do Detran-DF, estarão iluminados na cor vermelha durante toda a semana.
Estoques de sangue e tipos prioritários
O Hemocentro de Brasília precisa de uma média de 180 doações diárias para atender toda a rede pública de saúde do Distrito Federal e instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas. Atualmente, o número de doações está em torno de 170 por dia.
Os tipos sanguíneos mais necessários no momento são O positivo, O negativo, B positivo e A negativo, mas todos os doadores são bem-vindos. O voluntário pode agendar sua doação pelo site Agenda DF ou pelo telefone 160, opção 2. O Hemocentro também atende doadores sem agendamento, conforme a capacidade máxima de atendimento do dia.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente, a recomendação é consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve Covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
Atualizado em 23/11/2024 – 17:32.
Alexandre Gasperin
Tontura: especialista alerta para o risco de queda de idosos
Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofrem quedas todos os anos. Boa parte dessas quedas são geradas por tonturas, condição perigosa que pode ser potencializada por inúmeras doenças. Sendo assim, torna-se cada vez mais necessária a conscientização da população com relação aos cuidados básicos para garantir a segurança e bem-estar dos idosos.
De acordo com o médico otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), Alexandre Gasperin, são mais de 70 doenças, somente da parte periférica do corpo, que têm como sintoma a tontura. “Além da área periférica do sistema de equilíbrio existe a parte neurológica, que pode causar tonturas também. É preciso sempre ter em mente que tonturas são sintomas, não são uma doença. Um profissional qualificado vai identificar a causa e indicar o tratamento, que é individualizado caso a caso. A recorrência das tonturas indica que o tratamento não está correto”, alerta o especialista.
Na maioria dos casos, as quedas, que são uma das causas mais frequentes de trauma entre os idosos, podem ser previstas e evitadas. De acordo Gasperin, diversas condições podem causar o desequilíbrio em idosos, entre elas as doenças do labirinto, alterações visuais, fraqueza muscular, doenças crônicas como o diabetes e problemas neurológicos.
“Para o tratamento, cada caso tem a sua particularidade, por isso o acompanhamento deve ser individualizado e pode incluir medicações, mudanças comportamentais e tratamentos de reabilitação. O tratamento correto é prescrito após o diagnóstico médico do quadro”, complementa o especialista.
Conheça algumas medidas simples que podem evitar as quedas:
Escadas: providenciar iluminação suficiente para que seja possível enxergar todos os degraus. Instale corrimão em ambos os lados para permitir o apoio indispensável. Evite piso escorregadio ou coloque um carpete preso nos degraus.
Cozinha: não guarde alimentos e utensílios em locais altos. Não utilize cadeiras ou bancos para tentar acessar armários. Limpe imediatamente o chão ao derramar algo. Evite cera e tapetes.
Banheiro: utilize um distribuidor de sabão líquido ao invés de sabonete solto. Instale corrimão na banheira e nas paredes do banheiro. Coloque adesivos antiderrapantes em áreas úmidas e nunca tranque a porta do banheiro.
Calçados: evite usar saltos e chinelos, opte por um calçado firme no pé. Utilize calçadeira para auxiliar a colocar o sapato.
Orientações gerais: não pule refeições, estômago cheio é importante. Use óculos, se necessitar, mas remova os de leitura ao caminhar. Não corra para atender o telefone ou a campainha. Conserte o assoalho se tiver tábuas soltas. Mantenhas os números de emergência, entre eles os de hospitais e de parentes e amigos, bem ao lado do telefone. Evite usar roupas muito compridas.
Atualizado em 23/11/2024 – 09:42.
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