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A Caipirinha

Tela de Tarsila do Amaral bate recorde e é vendida por R$ 57,5 milhões

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Foto/Imagem: Reprodução


Tarsila do Amaral quebrou mais um recorde. Sua tela A Caipirinha, de 1923, foi arrematada por R$ 57,5 milhões em leilão na Bolsa de Arte, em São Paulo, se tornando assim a obra mais cara de um artista brasileiro numa venda pública. Os lances, que começaram em R$ 47,6 milhões, foram disputados por três colecionadores e duraram cerca de 15 minutos.

O último detentor do título era Alberto da Veiga Guignard, cuja pintura Vaso de Flores foi vendida por R$ 5,7 milhões em 2015. Mas a própria Tarsila já tinha quebrado o recorde pelo menos duas vezes antes – em 1995, quando o Abaporu alcançou US$ 1,3 milhão na Christie’s em Nova York, e em 1986, quando a gravura Cidade foi adquirida por US$ 370 mil.

Mesmo assim, o montante alcançado com A Caipirinha ainda é menor do que aquele que o MoMA, o Museu de Arte Moderna de Nova York, pagou por outra tela de Tarsila, A Lua. A cifra que circula no mercado é de US$ 20 milhões, ou quase R$ 75 milhões na época – os valores são estimados, já que a venda não foi divulgada oficialmente.

Ainda existe a possibilidade de que o comprador, que é brasileiro, mas não teve o nome revelado, tenha que devolver o quadro. Isso porque ela é alvo de uma disputa judicial entre Carlos Eduardo Schahin, filho do empresário Salim Taufic Schahin, envolvido no escândalo da Lava Jato, e os 12 bancos credores a quem seu pai deve mais de R$ 2 bilhões.

A venda do quadro é uma forma de ajudar a sanar essa dívida. Mas Carlos Eduardo afirma que a obra foi vendida a ele pelo pai em 2012, por R$ 240 mil. Enquanto isso, os credores questionam a legitimidade da operação, dizendo que a obra nunca chegou a sair das mãos do Schahin pai.

Esse também foi o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo, o TJSP, ao julgar o caso em segunda instância. Advogado de Carlos Eduardo, Márcio Casado aguarda o julgamento de um recurso no STJ. Enquanto isso, os R$ 57,5 milhões obtidos com a venda do quadro no leilão serão mantidos numa conta específica até que o fim da disputa judicial envolvendo a obra.

Casado, aliás, disse que entrou com uma petição para invalidar o leilão de agora. Ele diz que os bancos não seguiram a recomendação da Justiça, ao negar um pedido de suspensão do leilão, de notificar eventuais compradores de que o julgamento de um recurso pode fazer com que A Caipirinha volte a ser propriedade do seu cliente.

Em nota, o escritório que representa os credores, Gustavo Tepedino Advogados, afirma que o leilão respeitou “todas as condições exigidas pela lei e pelo Poder Judiciário, que reconheceu a validade do certame.”

Pintado em 1923, quando Tarsila vivia com Oswald de Andrade em Paris, A Caipirinha é considerada “a primeira obra realmente moderna” do país, segundo o diretor da casa de leilões Bolsa de Arte, Jones Bergamin.

Atualizado em 19/12/2020 – 07:02.

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Sudeste lidera o ranking

Brasil contabiliza 1.578 casos de mpox (varíola dos macacos) em 2024

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mpox
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O Brasil registrou, ao longo de 2024, 1.578 casos confirmados de mpox. O painel de monitoramento do Ministério da Saúde contabiliza ainda 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença no país.

A maioria das infecções se concentra na faixa etária dos 30 aos 39 anos (751 casos), seguida pelos grupos de 18 a 29 anos (496 casos) e de 40 a 49 anos (275 casos). Os homens respondem por 81% dos casos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.

Outro recorte divulgado pelo painel de monitoramento do ministério é o de raça e cor. Os dados mostram que 46% dos casos de mpox no Brasil se concentram entre brancos; 29%, entre pardos; e 11%, entre pretos.

O Sudeste lidera o ranking de regiões com mais infecções, com 1.269 casos. Em seguida estão Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (712) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro aparecem na frente, com 866 e 320 casos, respectivamente.

Emergência global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.

Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.

O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.

A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.

Nova variante

Segundo a OMS, três novos países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Além disso, pela primeira vez, a transmissão local da nova variante foi detectada fora da África – no Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante.

Atualizado em 16/11/2024 – 13:27.

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Medicina

Residência médica pode ser a melhor escolha para recém-formados

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Residência médica
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A residência médica é uma etapa fundamental para quem deseja se especializar em áreas específicas da medicina. Esse programa, oferecido em instituições de saúde credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Saúde, busca fornecer aprendizado teórico e prático em ambientes hospitalares, para que os médicos residentes adquiram competências, e aprimorem sua capacidade de atendimento e diagnóstico.

O que o estudante pode escolher?

Quando os candidatos optam pela residência médica, eles podem escolher entre várias especialidades como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral, anestesiologia, entre outras.

Essas especialidades servem como base para subespecializações, como cardiologia, neurologia e medicina intensiva, permitindo que o médico recém-formado aprofunde seus conhecimentos em áreas específicas após a formação inicial.

Quanto tempo dura?

Geralmente, o período de duração da residência pode variar entre dois e seis anos, dependendo da especialidade escolhida. Os programas seguem uma rotina intensa, com jornadas de trabalho que podem ultrapassar 60 horas semanais.

Durante a formação, o residente passa por rodízios em diferentes setores do hospital, para aprimorar suas habilidades em diagnóstico, tratamento e tomada de decisões rápidas, especialmente em áreas de alta complexidade. Além disso, o programa oferece uma bolsa-auxílio aos residentes, financiada pelo governo ou pela própria instituição de saúde, garantindo suporte financeiro durante a especialização.

Como se consegue uma residência?

O processo seletivo para uma residência médica é altamente concorrido, com exames rigorosos que avaliam os conhecimentos teóricos dos candidatos. Entre os exames de acesso, o edital Enare é um dos mais importantes e abrangentes do Brasil.

Isso porque ele organiza o processo seletivo para diversos programas de residência, sendo reconhecido por facilitar o acesso dos candidatos a programas de qualidade em instituições renomadas. Além disso, o edital oferece uma plataforma centralizada para inscrições e resultados, tornando todo o processo mais acessível e organizado.

A inclusão do Enare contribui para a democratização do acesso às vagas de residência médica e amplia as oportunidades para médicos recém-formados em todo o território nacional.

Residência ou especialização: o que escolher?

A residência médica e a especialização são ambas modalidades de pós-graduação, mas diferem em carga horária e formato. A residência é mais intensiva, concede título e bolsa-auxílio, enquanto a especialização, com menor carga horária e autofinanciada, permite que o profissional se qualifique rapidamente.

Para escolher a modalidade certa, é preciso ter claramente os objetivos de carreira, como obter um título ou desenvolver conhecimentos técnicos. Ambas são reconhecidas pelo MEC, e o profissional pode combinar os cursos para aprimorar ainda mais a sua formação.

Portanto, a escolha pela residência médica oferece inúmeros benefícios, que incluem a valorização no mercado de trabalho e a possibilidade de atender em áreas específicas com maior qualificação e conhecimento técnico. Dessa forma, o médico residente se torna um profissional capacitado para lidar com casos complexos e promove uma assistência de qualidade à população.

Atualizado em 16/11/2024 – 09:47.

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