Saúde
TAA: quando os animais ajudam na recuperação dos humanos
Você sabia que pet também pode ser terapeuta? É cada vez mais comum os bichos colaborarem para a recuperação de pacientes dos mais variados casos clínicos. Chamada de Terapia Assistida por Animais (TAA) ou ‘pet terapia’, o tratamento se define quando um animal é co-terapeuta e auxilia o paciente a atingir os objetivos propostos para o tratamento médico.
“O animal é utilizado como apoio em diversas especialidades como na psicologia, fisioterapia, gerontologia, fonoaudiologia, ou atividades de controle do estresse em empresas, por exemplo”, detalha a psicóloga Lia Clerot.
Na avaliação de Clerot, a sensação de estar perto de um animalzinho transmite paz e esperança. “Sentimentos positivos auxiliam em qualquer recuperação. Um paciente feliz e em contato com um ser da natureza faz com que ele se sinta mais confiante para encarar o tratamento. Além disso, a presença dos animais atua no controle no estresse do paciente “, afirma a especialista.
Algumas instituições e ONGs trabalham levando esses animais até escolas, hospitais e centros de recuperações. Mas nem todo animal nasceu para ser ‘terapet’. É necessário que seja um animal tranquilo, dócil e que goste de receber carinho de estranhos. Para o especialista em inteligência espiritual, Fabrício Nogueira, a relação entre humanos e animais é de cumplicidade. “Os bichos são inocentes e transmitem amor. Eles servem de companhia e estão sempre por perto nos momentos bons e ruins. É muito importante ter esse contato”, reitera.
Estímulos ao cérebro
Bebês e animais têm tudo a ver. Os dois primeiros anos de vida são fundamentais para o desenvolvimento cerebral. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a relação com os bichos faz com que os pequenos tentem várias vezes a realização da mesma atividade, aperfeiçoando as habilidades motoras.
Crianças com transtornos físicos e neurológicos como o autismo, por exemplo, também podem ser beneficiadas com a Terapia Assistida por Animais. “Se não atuam diretamente na melhora dos sintomas, funcionam como ferramenta para ajudar no tratamento, principalmente das crianças mais velhas”, explica Lia Clerot.