Levantamento da Andifes
Suicídios motivam debate sobre saúde mental nas universidades

Ansiedade, desânimo, insônia, sensação de desamparo, desespero, falta de esperança, sentimento de solidão. Oito em cada dez estudantes de graduação relataram que já tiveram algum desses problemas emocionais, segundo levantamento feito em todas as regiões do país pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Outras questões apresentadas pelos jovens foram sensação de desatenção, desorientação, confusão mental, tristeza permanente, além de timidez excessiva. Pelo menos 10% dos graduandos também já tiveram dificuldades alimentares, sentiram medo ou pânico. Mais de 6% dos alunos relataram ter ideias de morte e cerca de 4% já tiveram pensamentos suicida.
O resultado aponta para um problema que tem desafiado as universidades do país: a saúde mental dos estudantes. O desafio tem ficado mais exposto com a divulgação, nos últimos meses, de vários casos de suicídios e tentativas de autoextermínio em diferentes faculdades do país.
Construção de política
A ausência repentina e inesperada de jovens tem comovido a comunidade acadêmica de vários estados onde o problema tem extrapolado os limites dos campi. Na Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, os casos mais recentes de suicídio, principalmente um que ocorreu nas dependências da universidade, ganharam repercussão e acenderam mais uma vez o sinal de alerta para o assunto.
A direção evita falar em números, mas reconhece que o tema não pode ser ignorado pela academia. A reitoria está tentando criar medidas de redução das situações de pressão que não contribuem para a formação dos cidadãos nem para a produção de conhecimento.
“É um assunto que tem angustiado a todos. Nosso entendimento é que, como uma instituição educadora, devemos trabalhar pelo aprimoramento dos nossos serviços no campo do ensino, da pesquisa, da extensão com a perspectiva de criar um ambiente mais acolhedor, mais estimulante para o desenvolvimento de competências, de habilidades sociais e emocionais dos estudantes, professores, técnicos administrativos para lidar com as situações de estresse que atravessam a vida de todos nós”, declarou Mônica Nogueira, assessora de assuntos estratégicos da reitoria da UnB.
Segundo a assessora, a UnB está formulando uma política de atenção à saúde mental e à situação psicossocial dos estudantes. A proposta está sendo desenhada por uma comissão temporária criada no fim do ano passado. O grupo mapeou os serviços de apoio psicológico já existentes na universidade, experiências exitosas na área de saúde mental de outras universidades do país, fez uma sondagem inicial da situação emocional dos alunos e elaborou um conjunto de recomendações.
“Todas as recomendações no campo da saúde mental que foram produzidas pela comissão vão passar a contribuir com a construção de uma ampla política relativa à vida estudantil, para repensar e aprimorar os mecanismos de recepção dos nossos estudantes, de orientação para a jornada acadêmica, de monitoramento dos indicadores que nos auxiliem a identificar precocemente estudantes que estejam em sofrimento e trabalhar com a prevenção, explicou Mônica.
Sensibilidade
Segundo pesquisadores, uma das formas mais eficazes de prevenção é o rastreio e tratamento da depressão, um dos grandes fatores de risco. Mas, além de acompanhamento médico e psicológico, a cooperação e sensibilização da comunidade acadêmica são apontados como essenciais para o acolhimento dos alunos.
“No contexto universitário esse acompanhamento profissional é muito importante, não só de avaliar o risco, mas de oferecer serviços de escuta qualificada, serviço de atendimento psicológico, coisas que façam com que os universitários se sintam acolhidos dentro da universidade. E esse contar com alguém também passa por contar com professores, ter a empatia do professor com cada um dos problemas”, recomendou o psicólogo Renan Lyra.
Renan faz parte de um grupo da Faculdade de Saúde da UnB que acolhe estudantes com diagnóstico de transtornos, como depressão e bipolaridade. Nos encontros semanais, ele já ouviu relatos de estudantes que enfrentam a falta de sensibilidade de professores e orientadores.
“Tem muito professor que conhece, mas não se sensibiliza, acha que é frescura. Por exemplo, é muito comum, alunos de pós-graduação ficarem adoecidos, porque orientador cobra demais, o orientando tem que dar aula e também cobra demais dos alunos e acaba que a pressão fomenta um ciclo de violência. E as pessoas não se atentam muito umas para as outras”, completou Renan.
O psicólogo também alerta que informações e serviços de apoio a alunos que sofrem de algum transtorno mental deveriam ser mais divulgados. Ele cita o trabalho do Centro de Atendimento e Estudos Psicológicos (CAEP), que funciona como uma clínica escola para alunos de psicologia da UnB.
O centro atende tanto a comunidade interna quanto a externa e, recentemente, criou um grupo chamado “entrelinhas”, para atender especificamente casos associados a tentativas ou pensamentos de suicídio.
“A questão da saúde mental para os universitários é importante, é um assunto que deve ser trabalhado, porque a academia tem exigências específicas de prazos, atividades, desempenho. Tudo isso gera estresse, que também não está restrito à vida acadêmica. Os alunos precisam estar atentos a essas demandas e precisam se conhecer, se perceber e buscar ajuda para poder passar por isso”, explica o vice-coordenador do CAEP, Sérgio Oliveira.
A universidade criou recentemente o Núcleo de Estudos, Pesquisas e Atendimentos em Saúde Mental e Drogas (Nepasd), no Instituto de Psicologia, para acolher alunos em situação de risco. Dependendo do caso, os alunos podem ser encaminhados para a rede pública de saúde.
Outra iniciativa que gerou expectativa é a oferta, pela primeira vez, de uma disciplina sobre felicidade, no campus do Gama, onde estão concentrados cursos mais exigentes como engenharia.
“É uma iniciativa autônoma do professor responsável pela disciplina, mas ela aponta para uma sensibilidade que vem sendo desenvolvida no âmbito da comunidade universitária. É importante para a construção de uma atmosfera mais acolhedora, que ofereça perspectivas, amplie os horizontes dos estudantes, promova o desenvolvimento deles e o bem-estar”, comentou Mônica.
Em outras unidades acadêmicas, professores e alunos têm feito rodas de conversa e promovido projetos para tratar do assunto. A universidade também tem feito parceria com entidades como o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço de apoio a pessoas que têm ideação suicida ou estão passando pelo luto da perda de alguém que tirou a própria vida.
Segundo Gilson Moura, coordenador de divulgação e voluntário plantonista do CVV, nos últimos seis anos, o centro tem sido mais procurado por instituições de ensino tanto públicas quanto particulares para falar sobre o tema.
Atualmente, o serviço conta com o trabalho de 2,5 mil voluntários, entre psicólogos, advogados e outras especialidades. Os interessados podem ligar sem nenhum custo para o número 188. O serviço atende cerca de 8 mil pessoas por dia em todo o país.
“A gente acredita que falar é a melhor solução. A gente não direciona, nem aconselha nos nossos apoios. Eu posso orientar no sentido de dizer que a pessoa não fique sozinha, não sofra, procure ajuda, alguém com quem possa conversar, que esteja disponível e mais próximo”, recomendou Gilson.
Serviços que atuam na prevenção a suicídios:
- Associação Brasileira de Psiquiatria
- Conselhos Federal e Regionais de Psicologia
- Caps (Centros de Atenção Psicosocial)
- Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, postos e centros de Saúde)
- Samu 192
- Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e prontos socorros de hospitais
- Centro de Valorização da Vida (CVV) – Ligação gratuita 188
- Grupo de Apoio aos Sobreviventes de Suicídio (Gass)
- Manual de prevenção ao suicídio para professores e educadores

Exame Nacional do Ensino Médio
Enem 2025: prazo para pedir isenção de taxa termina nesta sexta (2)

O prazo para os interessados solicitarem a isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025 termina às 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira (2).
Os requerentes devem fazer a solicitação eletronicamente no site da Página do Participante do exame, com o login do portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação das provas, esclarece que o mesmo período vale para aqueles participantes do Enem do ano passado que tiveram a gratuidade da taxa de inscrição, mas faltaram aos dias de prova e, agora, desejam fazem novamente o Enem de graça. A justificativa de ausência também deve ser feita na Página do Participante até 2 de maio.
Quem tem direito
O Ministério da Educação (MEC) prevê a gratuidade da taxa de inscrição para pessoas:
- matriculadas na 3ª série do ensino médio (neste ano de 2025), em escola pública;
- que cursaram todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em unidade de ensino privada;
- em situação de vulnerabilidade socioeconômica e Integrantes de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico);
- participantes do programa federal Pé-de-Meia.
Já as condições para quem precisa justificar a ausência nos dias do Enem de 2024 incluem, entre outras: assalto/furto, acidente de trânsito, morte na família, maternidade e paternidade, mudança de domicílio para acompanhamento de familiar, privação de liberdade, emergência/internação/repouso médico ou odontológico, trabalho ou atividade escolar.
O edital do Inep, que especifica as regras para justificativa, esclarece que as situações acima devem ter ocorrido nos dias de aplicação regular do exame (3 ou 10 de novembro de 2024) ou nas datas de reaplicação das provas (em 10 e 11 de dezembro de 2024).
Cronograma
O resultado da justificativa de ausência no Enem 2024 e solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2025 será publicado em 12 de maio.
Mesmo com a isenção confirmada pela equipe do Inep, o estudante precisará fazer a sua inscrição, no período a ser divulgado no futuro edital do Enem 2025.
O solicitante que tiver o pedido negado para justificativa de ausência no Enem 2024 ou para solicitação de isenção da taxa de inscrição para o Enem 2025 pode entrar com recurso entre 12 e 16 de maio. O resultado final das contestação será conhecido em 22 de maio.
Os participantes que não solicitarem o recurso ou tiverem o pedido de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2025 reprovado deverão fazer a inscrição conforme futuro edital do Enem 2025. Posteriormente, em período a ser definido, o custo de inscrição deverá ser pago para a pessoa ter a adesão confirmada.
O valor da taxa de inscrição ainda não foi divulgado, mas, na edição de 2024, foi de R$ 85. Dos 4,3 milhões de inscritos confirmados no Enem do ano passado, 63,6% foram isentos do pagamento da taxa de inscrição.
Economia
Juros do cartão de crédito rotativo avançam e chegam a 445% ao ano

As taxas médias de juros cobrados pelos bancos subiram para famílias e empresas em março, tanto no crédito livre quanto nas concessões de empréstimos direcionados. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, o destaque foi o avanço de 2,5 pontos percentuais (pp) na taxa média do cartão de crédito rotativo, chegando a 445% ao ano.
A modalidade é uma das mais altas do mercado. Mesmo com a limitação de cobrança dos juros do rotativo, em vigor desde janeiro do ano passado, os juros seguem variando sem uma queda expressiva ao longo dos meses.
Isso porque a medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, aplicando-se apenas a novos financiamentos. Nos 12 meses encerrados em março, os juros da modalidade subiram 23,7 pp para as famílias.
Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quarta-feira (30), pelo Banco Central (BC). O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar.
Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 0,1 pp no mês e caíram 9,6 pp em 12 meses, indo para 181,1% ao ano.
Crédito livre
No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,3 pp em março, acumulando alta de 3 pp em 12 meses, chegando a 56,4% ao ano.
Compensando os aumentos no mês, estão os juros do cheque especial, que caíram 8 pp em março, mas têm alta de 6,1 pp em 12 meses, alcançando 134,2% ao ano. Desde 2020, a modalidade tem os juros limitados em 8% ao mês (151,82% ao ano).
No caso das operações com empresas, os juros médios nas novas contratações de crédito livre tiveram incremento de 0,8 pp no mês e 3,5 pp em 12 meses, alcançando 24,6%. Destaca-se, nesse cenário, a alta de 9 pp na taxa média das operações de cheque especial, que chegou a 349,2% ao ano.
“Em março, o efeito da alteração na composição dos saldos (efeito saldo) [das diversas modalidades de crédito] mostrou-se determinante para a elevação das taxas médias de juros do crédito livre, atenuado, em parte, pelo efeito da variação das taxas de juros (efeito taxa)”, explicou o BC.
Taxa média
No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado ─ com regras definidas pelo governo ─ é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.
No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,4% ao ano em março, com aumento de 0,9 pp em relação ao mês anterior e de 1,6 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa teve alta de 4,7 pp no mês e de 4,9 pp em 12 meses, indo para 18,4% ao ano.
Com isso, considerando recursos livres e direcionados, para famílias e empresas, a taxa média de juros das concessões em março aumentou 0,9 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, alcançando 31,3% ao ano.
A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação.
Ao aumentar a taxa, o órgão visa esfriar a demanda e conter a inflação, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, fazendo com que as pessoas consumam menos e os preços caiam. Até o fim do ano, a previsão dos analistas é que a Selic suba para 15%.
As estatísticas mostram ainda que a taxa de captação de recursos pelos bancos (o quanto é pago pelo crédito) subiu 0,8 pp no mês e 3,1 pp em 12 meses, chegando a 11,9% em março.
Já o spread bancário, que mede a diferença entre as taxas médias de juros das operações de crédito e o custo de captação, aumentou 0,1 pp no mês e manteve-se estável na comparação com março de 2024, situando-se em 19,4 pp. O spread é uma margem que cobre custos operacionais, riscos de inadimplência, impostos e outros gastos e resulta, então, no lucro dos bancos.
Saldos das operações
Em março, as concessões de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) tiveram alta de 2,7%, chegando a R$ 600,5 bilhões, resultado da redução de 0,1% para as pessoas físicas e aumento de 6,3% para empresas. As concessões de crédito direcionado caíram 4,4% no mês, enquanto no crédito livre houve alta de 3,5%.
Com isso, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do SFN ficou em R$ 6,483 trilhões, um crescimento de 0,6% em relação a fevereiro. Na comparação interanual, com março do ano passado, o crédito total cresceu 9,9%. O resultado refletiu aumento de 0,5% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,455 trilhões) e o incremento de 0,7% no de pessoas físicas (R$ 4,028 trilhões).
Já o crédito ampliado ao setor não financeiro ─ que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos, independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) ─ alcançou R$ 18,782 trilhões, com aumento de 0,2% no mês, refletindo, principalmente, os acréscimos de 0,5% nos títulos públicos de dívida e de 1,6% nos títulos de dívida securitizados, compensados pelo decréscimo de 2% nos empréstimos externos, impactado pela apreciação cambial no mês.
Em 12 meses, o crédito ampliado cresceu 13,3%, com avanços de 16,3% nos títulos de dívida e de 9,3% nos empréstimos do sistema financeiro nacional.
Endividamento das famílias
Segundo o Banco Central, a inadimplência ─ atrasos acima de 90 dias ─ se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,2% em março, sendo 3,8% nas operações para pessoas físicas e 2,2% com pessoas jurídicas.
O endividamento das famílias ─ relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses ─ ficou em 48,2% em fevereiro, redução de 0,3% no mês e aumento de 0,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 30,1% no segundo mês do ano.
Já o comprometimento da renda ─ relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período ─ ficou em 27,2% em fevereiro, aumento de 0,1% na passagem do mês e 1,3% em 12 meses.
Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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