Estresse
Síndrome do Coração Partido é motivo de alerta para a população

Dor no peito, falta de ar ou cansaço, tontura e náuseas podem ser sinais de um problema cardíaco que vai além do infarto. A Síndrome do Coração Partido, também conhecida de Cardiomiopatia de Takotsuba ou ainda, Cardiomiopatia Induzida por Estresse, tem como principal característica disfunção súbita transitória do ventrículo esquerdo. Apesar dos sintomas serem iguais aos do infarto agudo do miocárdio, a causa da patologia é o estresse emocional, bastante presente nos dias atuais.
De acordo com a cirurgiã cardiovascular do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Maria Cristina Rezende, a síndrome é rara e mais recorrente em mulheres com idade superior a 40 anos, mas pode surgir em qualquer idade, afetando também os homens.
“Costuma aparecer em períodos de estresse emocional intenso, como um processo de separação, após o falecimento de um familiar, o diagnóstico inesperado de uma doença grave, entre outras situações que afetam o emocional”, explica a profissional.
Recentemente, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) anunciou a realização de um estudo inédito no país sobre a síndrome de Takotsubo, com o objetivo de criar um registro nacional sobre a doença e assim, traçar o perfil da síndrome, um melhor diagnóstico e proporcionar tratamentos mais eficazes de prevenção à patologia, além de incentivar políticas públicas sobre o tema. Para Maria Cristina o estudo representa um ganho para os profissionais e também para a população de forma geral, pois evidencia uma atenção especial à saúde cardiovascular devido ao cenário atual.
“A pandemia causada pela Covid-19, por si só, gera grande estresse emocional. É perceptível que, devido ao contexto de toda a situação, tivemos aumento no número de infartos, de crises hipertensivas, de pessoas obesas, de ansiedade e depressão, causadas justamente pela mudança de hábitos de forma repentina”, detalha a cirurgiã cardiovascular.
A Síndrome do Coração Partido normalmente é considerada uma doença de origem psicológica. Porém, estudos hemodinâmicos mostram que, durante a síndrome, os ventrículos do coração não se contraem corretamente, simulando um infarto do miocárdio e resultando numa imagem semelhante a um coração partido.
Para a médica é importante que, após o diagnóstico, o paciente realize um tratamento com uma equipe multidisciplinar, incluindo um cardiologista e um psicólogo, para que o paciente supere o trauma que causa o acúmulo de estresse emocional.
A psicóloga do ICTCor, Marianna Cruz”, explica que a psicoterapia é fundamental, pois promove, além do acolhimento e gestão da crise, um espaço para que a pessoa amplie seu autoconhecimento e desenvolva habilidades para administrar melhor suas emoções.
“O processo pode beneficiar o paciente para seu desenvolvimento pessoal com o fortalecimento de diversos recursos protetores, que pode prevenir manifestações futuras de doenças psicossomáticas.”, pontua.
Algumas características da doença
Principais causas:
- Morte inesperada de um familiar ou amigo;
- Ser diagnosticado com uma doença grave;
- Perder ou ganhar uma grande quantidade de dinheiro;
- Ser separado da pessoa amada, através de divórcio, por exemplo;
- Qualquer situação que provoca um aumento da produção de hormônios do estresse no organismo.
Alguns sintomas:
- Aperto no peito;
- Dificuldade para respirar;
- Tonturas e vômitos;
- Perda de apetite ou dor no estômago;
- Raiva, tristeza profunda ou depressão;
- Dificuldade para dormir;
- Cansaço excessivo.

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2850 pode pagar prêmio de R$ 25 milhões nesta terça-feira (8)
-
Lei nº 15.116/2025
Mulher vítima de violência pode ter reconstrução dentária pelo SUS
-
Economia
Pix parcelado deve ser lançado em setembro, diz Banco Central
-
Mobilidade
Vai de Graça: transporte gratuito ganha reforço a partir deste domingo (6)
-
3º Ciclo 2025
RenovaDF oferece 2.500 vagas para cursos de qualificação profissional
-
Fazenda da Matta
Empreendimento de luxo promete aquecer mercado imobiliário de Pirenópolis
-
Acumulou, de novo!
Mega-Sena 2849 pode pagar prêmio de R$ 60 milhões neste sábado (5)
-
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue