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Não seja vítima

Senajus e PF lançam campanha para prevenir tráfico de pessoas

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Foto/Imagem: Arquivo/EBC
Flávia Albuquerque

A Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) e a Polícia Federal começaram a distribuir um folheto informativo com alertas de prevenção e combate ao tráfico de seres humanos, que é crime. Serão distribuídas cerca de 500 mil unidades no momento em que a pessoa for retirar o passaporte emitido pela PF nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pará, Amazonas e no Distrito Federal.

O material contém QR Code, com um link que vai diretamente para a página do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) de combate a esse crime. O informativo também orienta vítimas e testemunhas a denunciarem casos ao Disque 100 e ao Ligue 180, de forma anônima.

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais foram escolhidos devido à alta expedição de passaportes. Goiás e Ceará, por terem grande número de denúncias. Já os estados do Norte foram incluídos em função do grande fluxo de imigrantes venezuelanos. O Distrito Federal entra no projeto por Brasília ser o entroncamento e ponto central de ramificações de voos internos e externos do país.

Orientação

De acordo com o Coordenador-geral de Defesa Institucional da Polícia Federal, Roberto Mello Milaneze, o objetivo é o de qualificar as denúncias recebidas, combater a subnotificação de tráfico de pessoas e orientar a população sobre como identificar esse tipo de crime e procurar as autoridades responsáveis.

“Sempre houve campanhas para combater o tráfico de pessoas com foco nos aeroportos do país. A PF, conversando com o MJSP, chegou  à conclusão de que talvez fosse mais efetivo atingir esse público antes que eles estivessem prontos para viajar. Uma vítima potencial não vai desistir de viajar quando já estiver no aeroporto, mesmo que veja uma campanha no aeroporto. A ideia é antecipar essa decisão e a percepção de poder ser uma vítima”, disse.

No folheto estão descritos sinais que indicam a situação de uma vítima: passaporte ou documentos de viagem na mão de terceiros; não conhecer o endereço da casa para onde vai ou do local de trabalho prometido; falar pouco e não falar com familiares e amigos.

Há ainda orientações preventivas como duvidar sempre de propostas de emprego fácil e lucrativo, pesquisar sobre o contratante antes de aceitar qualquer proposta e deixar endereço, telefone e localização da cidade para onde está viajando.

Também é preciso ficar atento para o tipo de visto emitido para a entrada no país de destino. Caso seja um visto de turismo e não de trabalho, o ideal e investigar a empresa e o contratante.

“O mundo hoje vive uma grande imigração e esse dinamismo gera ilusões criadas para pessoas que estão em situação financeira difícil no seu país e querem deixar seu país. Então surgem esses oportunistas que convencem as pessoas com ofertas mirabolantes de trabalho no exterior. Esse folheto é uma forma de as pessoas saberem que existe esse tipo de crime e de alertar os potenciais alvos. Muitos nem sabem que são ou que foram vítimas de tráfico de pessoas”, disse Milaneze.

Milaneze reforçou que atualmente estão em andamento no país 150 investigações sobre tráfico de pessoas e a ideia é aumentar o número de denúncias para que sejam conduzidas mais investigações. “Queremos prevenir e não que as pessoas se tornem vítimas e só depois possamos apurar. Queremos que os canais de denúncia sejam fomentados, queremos mais denúncias para ter mais informações e fazer mais investigações”.

#VacinaBrasil

Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo

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Ao Vivo de Brasília
vacina sarampo Brasil
Foto/Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença no primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado no Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.

A docente Profª Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto. “Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de cinco anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros”.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico. “Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos”, explica.

Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação. “A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus”, comenta.

Quem pode se vacinar?

O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola. Devem buscar uma unidade de saúde:

Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.

Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.

É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do seu bebê.

“Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, tomarem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade”, reforça a especialista.

Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença. “Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade”, conclui Janize.

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Painel de Monitoramento das Arboviroses

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

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Ao Vivo de Brasília
dengue Brasil 2025
Foto/Imagem: Freepik

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

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