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Segurança no Pix: saiba como os golpes são feitos e como não cair neles

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Getty Images

O Pix é um novo método brasileiro para facilitar as transferências bancárias entre pessoas físicas e jurídicas, o pagamento de contas e até mesmo o recolhimento de taxas de serviços e impostos. A parte mais atrativa é que esse sistema funciona de maneira instantânea.

Isso significa que não é necessário esperar até três dias úteis para que o valor de um boleto seja reconhecido ou aguardar o horário do expediente bancário para realizar alguma ação.

Com isso, o Pix funciona em qualquer horário do dia, até mesmo de madrugada, e a operação é feita no mesmo instante.

Outra característica que facilita muito o dia a dia é o fato de que esta alternativa não precisa de nada mais que o aplicativo do banco no celular. Ele funciona com QR Code, chaves Pix (e-mail, número de celular ou CPF) ou com os dados bancários tradicionais.

O Pix também não tem nenhum custo para pessoas físicas. Geralmente, quando alguém precisa mandar dinheiro de um banco para outro em caixas eletrônicos ou na função convencional de transferência dos apps, precisa pagar uma taxa por isso.

No entanto, com o Pix, esse valor é anulado e transferências entre contas de bancos diferentes podem ser feitas livremente.

Mas é justamente toda essa facilidade que vem chamando a atenção de criminosos, que usam as funções do Pix para roubar dinheiro.

Antes, era necessário levar uma pessoa até a boca do caixa eletrônico para obrigá-la a fazer um saque ou transferência. Hoje, basta alguns cliques no celular para raspar a conta bancária de alguém, sem contar na variedade de golpes aplicados através dessa nova ferramenta.

Principais golpes

Existem diversos golpes financeiros usados para enganar as pessoas. Infelizmente, a tendência é que esse número cresça, com artimanhas cada vez mais criativas e sofisticadas a fim de prejudicar leigos e desinformados.

Felizmente, o uso convencional dos sistemas em si, é seguro e só requer determinados cuidados para não cair nos golpes que são realizados.

Veja abaixo alguns exemplos e saiba como se proteger em cada caso.

Clonagem de WhatsApp

O golpe começa quando a vítima recebe uma mensagem de um criminoso fingindo ser outra pessoa, geralmente o representante de alguma empresa. A mensagem solicita um código de segurança para atualizar, manter ou confirmar algum tipo de cadastro.

O problema é que esse código permite a clonagem do perfil do WhatsApp. Depois que isso é feito, o golpista tem acesso total à conta da vítima. Aí então começa a mandar mensagens a seus contatos, como se fosse a própria pessoa, para pedir dinheiro.

O método preferido é o Pix, por causa de sua simplicidade e rapidez. Recuperar o valor perdido é difícil, já que a transferência foi feita, em teoria, por vontade própria, mesmo que sob influência de uma fraude.

Para evitar que isso aconteça, habilite a autenticação de duas etapas do WhatsApp e nunca aceite realizar qualquer tipo de ação de solicitações recebidas por mensagens.

Se o perfil for de uma pessoa ou uma empresa conhecida, entre em contato – preferencialmente por telefone ou pessoalmente – para checar se a história confere.

Extensão da clonagem do WhatsApp

Por causa da autenticação em duas etapas, os golpistas passaram a adicionar mais um passo na fraude.

Depois de receber o código por SMS, o criminoso entra em contato com a vítima como se fosse um funcionário do suporte do WhatsApp. Aí então diz que uma suposta atividade maliciosa foi detectada na conta, informando que enviou um e-mail para o recadastro da dupla autenticação.

A vítima realmente recebe uma mensagem verdadeira do WhatsApp com um link para redefinição da configuração. Ao clicar, a proteção é desabilitada e o golpista aproveita o momento para seguir com a clonagem do perfil.

Se alguém entrar em contato com você dizendo ser funcionário do WhatsApp, não responda a mensagem. Entre em contato com o suporte do aplicativo o quanto antes para verificar a ação e seguir as recomendações que serão passadas.

Falhas no Pix

Criada através de fake news, essa fraude é espalhada principalmente por vídeos nas redes sociais. Esses vídeos afirmam que há uma falha no sistema do Pix que permite receber de volta uma quantia em dinheiro quando transferências são feitas para chaves específicas.

A vítima cai na história e envia dinheiro diretamente ao criminoso. Quando vê que não recebeu nada em troca, a pessoa percebe que foi enganada. Porém, dificilmente conseguirá ser reembolsada.

Dinheiro fácil demais nunca vem desacompanhado de complicações, sem contar que a tecnologia do Pix, criada pelo Banco Central do Brasil, é segura, complexa e impossibilita erros do tipo alegado.

Recomendações gerais

Siga esses passos para garantir sua proteção com o Pix:

1. Verifique a identidade de quem está solicitando a transferência;

2. Confira todos os dados da transação antes de apertar “Confirmar” no aplicativo;

3. Não clique em links recebidos por WhatsApp, e-mail, SMS ou redes sociais que têm redirecionamento para chaves do Pix;

4. Cadastre as chaves apenas em plataformas oficiais de bancos ou fintechs;

5. Verifique as informações recebidas pela internet em veículos de informação respeitados, com amigos e parentes e até mesmo com o próprio banco;

6. Se você está com dúvidas, não pague para ver e consulte a equipe do seu banco imediatamente.

Outros tipos de proteção

Atualmente, a maior parte da nossa vida é completamente baseada em aspectos digitais, que prometem praticidade e segurança por suas próprias funções. Porém, também é necessário que os usuários tomem algumas atitudes para garantir tal proteção.

E da mesma maneira que guardamos os nossos bens físicos, como carros e imóveis, com seguro auto e seguro residencial, também vale a pena investir na preservação de nossa presença digital.

Algumas alternativas são a contratação de cobertura para aparelhos eletrônicos – em caso de roubo ou furto – e de antivírus para bloquear ataques cibernéticos. Afinal, a tecnologia avança constantemente, o que torna necessário que a segurança siga se atualizando também.

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