Saúde
Saúde lança campanha de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue
Para mobilizar a população e os gestores locais contra a proliferação de focos do Aedes aegypti, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (24), campanha de combate ao mosquito. Com o conceito Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo, a campanha busca conscientizar sobre os perigos do inseto e motivar os brasileiros para o combate aos criadouros.
A ação é dividida em duas fases: a primeira alerta sobre a importância do cuidado aos locais que podem acumular água, e a segunda informa os sintomas e as formas corretas de tratar a dengue, a zika e a chikungunya.
As áreas urbanas concentram a maior carga das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, devido à alta densidade demográfica e à dinâmica populacional. As ações de prevenção e combate ao mosquito, realizadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal.
Durante o evento de lançamento da campanha, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, destacou o papel importante da ação para informar a população sobre como se proteger do mosquito. Segundo ele, combater os criadouros é fundamental. “O mosquito é um vilão, mas o maior vilão é o cidadão que deixa, por exemplo, a água ficar empoçada. Por isso, essa campanha e o trabalho dos agentes in loco são ferramentas fundamentais para conscientizarmos a população sobre a importância do combate ao mosquito”, afirmou.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a pasta está atuando em diversas frentes para combater a proliferação do mosquito. “O Ministério da Saúde já está trabalhando para a próxima sazonalidade. Já está normalizado o abastecimento de inseticidas, estamos atualizando os manuais de manejo clínico, e, com esta campanha, vamos conscientizar uma parcela ainda maior da população sobre a importância de combater o Aedes aegypti dentro de casa”, ressaltou.
Dicas de prevenção
Em menos de 15 minutos é possível fazer uma varredura em casa, realizando toda a higiene e limpeza necessárias para evitar a proliferação do mosquito. Para isso, é preciso eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do Aedes aegypti.
É importante lembrar de tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Sintomas
Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.
Números
Em 2020, até 14 de novembro, foram registrados 971.136 casos de dengue, com taxa de incidência de 462,1 casos por 100 mil habitantes no país. Nesse período, o Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso apresentaram as maiores taxas de incidência de casos de dengue no Brasil em 2020.
Neste período foram confirmados 528 óbitos por dengue, sendo que o Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul concentravam 76,8% dos casos (401). Os dados ainda estão em processo de atualização e digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), podendo sofrer alterações.
Em 2020, até 14 de novembro, foram notificados 78.808 casos de chikungunya, com taxa de incidência de 37,5 casos por 100 mil habitantes no país. Os estados da Bahia e do Espírito Santo concentravam 67,4% dos casos (53.154). Foram confirmados 25 óbitos por chikungunya nesse período.
Em 2020, até 24 de outubro, foram notificados 7.006 casos de Zika, com taxa de incidência 3,3 casos por 100 mil habitantes no país. Os estados da Bahia e Rio Grande do Norte concentravam 45,8% dos casos de Zika (3.210).