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Saúde faz alerta para a importância de se manter todas as vacinas em dia

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Foto/Imagem: Breno Esaki/Agência Saúde DF


Nos primeiros sete meses de 2020, apenas a vacina BCG do calendário infantil de vacinação atingiu a meta recomendada de cobertura vacinal. A BCG previne contra as formas graves de tuberculose, inclusive a meningite tuberculose. As demais vacinas não alcançaram, porém estão próximas das metas recomendadas pelo Ministério da Saúde. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal alerta para a importância de manter as vacinas em dia para proteger a população de doenças graves e que podem ser prevenidas indo até a sala de vacina mais próxima.

A Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS) observa que a baixa cobertura nesse primeiro semestre pode ser reflexo da pandemia de Covid-19. A enfermeira da área técnica de Imunização, Milena Fontes, orienta aos pais que levem as crianças até as salas de vacina para atualizar a caderneta de vacinação e receber as doses que estejam em falta. “É de grande importância manter atualizado o cartão vacinal, só assim manteremos as doenças prevenidas pelas vacinas longe das nossas crianças”.

O Ministério da Saúde recomenda em 90% a cobertura para as vacinas BCG e contra o Rotavírus, e 95% para as demais vacinas indicadas na rotina do calendário nacional de vacinação. No primeiro semestre, embora várias vacinas não tenham atingido a meta, a pentavalente (que protege contra a meningite, difteria, tétano, coqueluche e hepatite B) e a que previne a hepatite B ultrapassaram o percentual alcançado no mesmo período de 2019.

Milena Fontes colaborou com a realização do levantamento das coberturas vacinais e afirma que “esses dados, são uma ferramenta para gestão e planejamento das ações de vacinação em cada Região de Saúde”, frisa. De acordo com ela, os dados servem para informar à população em geral e gestores de como está a imunização.

As coberturas vacinais medem a proporção de pessoas vacinadas diante da população que deveria estar vacinada. Desse modo, a Secretaria de Saúde, pelas superintendências regionais, define e promove as ações a serem desenvolvidas em cada uma das Regiões Administrativas do DF.

Importância da vacinação

O Distrito Federal tem 135 salas de vacina em todas as Regiões Administrativas funcionando em unidades básicas de saúde, ou em locais para este fim, como a sala de vacina em Águas Claras, que funciona na Administração Regional. Neste momento de pandemia existe a preocupação com a disseminação do novo coronavírus. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, tranquiliza a população e informa que todos os protocolos sanitários são seguidos nas unidades para que a vacinação ocorra com segurança.

“As salas de vacina estão funcionando normalmente para vacinação de rotina. Peço aos pais que não deixem de levar seus filhos para serem imunizados. É importante prevenir para que doenças, como a poliomielite, que há 33 anos não é registrada no DF, não voltem a circular. Então, reforço esse pedido aos pais: vacinem seus filhos”, ressalta o secretário.

Vacina contra Covid-19

O Brasil ainda não tem uma vacina contra a Covid-19, no entanto, a Secretaria de Saúde já trabalha com um Plano Estratégico de vacinação contra a doença no Distrito Federal. O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, informou que “o Distrito Federal está pronto para a vacinação da Covid-19”. O gestor tranquilizou a população quanto à capacidade de armazenamento das vacinas. “Todas as salas de vacinação têm câmaras de conservação. E todas elas são reguladas e fiscalizadas pela Vigilância Sanitária para que tenham condições de armazenar e imunizar nossa população”, afirmou.

Okumoto revelou também que o DF já tem em estoque dois milhões de seringas e agulhas e já iniciou processo para a compra de mais 4,8 milhões de seringas e agulhas. A área técnica da Vigilância Epidemiológica tem participado de reuniões com a equipe do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde para alinhar todas as demandas necessárias para que a vacinação ocorra dentro dos protocolos de segurança necessários.

Além de garantir um estoque de seringas e agulhas suficientes para a vacinação contra a Covid-19 e as demais vacinas do calendário para o próximo ano, a Secretaria está preparando em seu plano toda a parte logística para a imunização, como o traslado e armazenamento dos imunobiológicos, bem como sua distribuição e manutenção nas caixas térmicas para os pontos de vacinação.

“A partir dessas discussões com o Ministério da Saúde estamos estruturando toda a nossa campanha para a vacinação contra a Covid-19. O Distrito Federal está altamente preparado para esta campanha, não faltarão insumos e todo o público-alvo definido terá acesso à vacina”, destaca o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero.

De acordo com o planejamento informado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no primeiro semestre de 2021 o país receberá 100 milhões de doses da vacina de forma escalonada. Uma das principais características das vacinas contra a Covid-19 é a forma de armazenamento com temperaturas específicas.

Neste aspecto, o subsecretário explica que “nossos imunobiológicos hoje ficam armazenados na Rede Central de Frio para atender de forma adequada a todas as vacinas do calendário para o Distrito Federal. Diante das tratativas com o Ministério da Saúde estamos também trabalhando com todos os cenários possíveis, tanto para uma necessidade de adequação do espaço, de aquisições que se façam necessárias para melhor acomodação dos insumos e todo e qualquer outro item que for pertinente para atender aos protocolos da vacina”, explicou Divino.

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Xô, Aedes!

Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

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Ao Vivo de Brasília
combate à dengue df
Foto/Imagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).

“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.

Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.

A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.

Ação domiciliar dos Avas

Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.

Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.

Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.

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Sabin Diagnóstico e Saúde

Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

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Ao Vivo de Brasília
Hemocromatose - excesso de ferro no sangue
Foto/Imagem: Freepik

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.

A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.

Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).

Diagnóstico

O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.

“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.

Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.

Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.

Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.

Prevenção

Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.

Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.

Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.

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