Saúde

Saiba escolher o tipo de açúcar menos prejudicial à saúde

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De acordo com a publicação do Ministério da Saúde e da Universidade Federal de Minas Gerais, Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição, quanto mais escuro é o açúcar, mais vitaminas e sais minerais ele possui e mais perto do estado bruto ele está. Já a cor branca significa que o açúcar recebeu aditivos químicos no último processo da fabricação, que foi o refinamento.

“Dentre os diferentes tipos de açúcar, os que possuem menor processamento são sempre mais indicados, como o mascavo e o demerara. Os mais refinados, como o cristal, o refinado e o de confeiteiro, são os mais prejudiciais à saúde, pois passam por processamentos químicos em sua elaboração. Contudo, mesmo os tipos de açúcar com menor processamento devem ser utilizados com moderação, pois apresentam alto valor calórico”, explica a analista técnica de Políticas Sociais Simone Costa Guadagnin, da Coordenação de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Tipos de açúcar

Resolução da Anvisa nº 12, de 24 de julho de 1978, define açúcar como a sacarose obtida da cana (Saccoharum officinarum) ou da beterraba (Beta alba, L.) e, menos frequentemente, de outros vegetais, por processos industriais adequados.

O açúcar pode ser classificado como refinado, cristal, demerara, mascavo, entre outros, como os mais recentes açúcar light e de coco. As principais diferenças entre os açúcares aparecem no gosto, na cor e na composição nutricional.

Principais tipos de açúcar

Açúcar cristal
É apresentado na forma de cristais grandes e transparentes e passa por processo de refinamento em que cerca de 90% das vitaminas e minerais são retirados.

Açúcar refinado
Também conhecido como açúcar branco, o açúcar refinado é o mais conhecido. Durante o processo de refinamento, são acrescentados alguns aditivos químicos, como enxofre, para dar a coloração branca. Nesse processo, porém, algumas vitaminas e sais minerais são perdidos.

Açúcar mascavo
É a forma mais bruta de extração do açúcar da cana, retirado depois do cozimento do caldo da cana. Como não passa por refinamento, o açúcar mascavo apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da cana-de-açúcar. Sem refinamento, são preservados os minerais como cálcio, ferro, zinco, magnésio e potássio, e as vitaminas.

Açúcar demerara
O açúcar demerara passa por um refinamento leve e não recebe nenhum aditivo químico, por isso seus grãos são marrom-claros. Possui valor nutricional alto, parecido com o do açúcar mascavo. A melhor escolha para este tipo de açúcar é a forma orgânica, porque mantém todos os nutrientes sem a adição de defensivos agrícolas.

Açúcar de coco
É um substituto do açúcar de cana, extraído do fluido das flores da palma de coco, que não passa por refinamento e adulteração. Além disso, não contém conservantes. O açúcar de coco possui elevada quantidade de potássio, magnésio, zinco e ferro e é fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6. Apresenta baixo índice glicêmico, sendo digerido mais lentamente.

Açúcar light
Também conhecido como açúcar fit ou açúcar magro, o açúcar light é mistura do açúcar refinado comum e de adoçantes artificiais como sucralose, ciclamato de sódio e sacarina sódica. É menos calórico que o açúcar comum, em função de seu menor teor de sacarose, porém deve ser consumido com cautela.

Apesar de conter menor teor de sacarose em relação aos outros tipos de açúcares, o açúcar light não contém nutrientes e não pode ser considerado um alimento saudável. O açúcar light só deve ser consumido por indivíduos com diabetes do tipo 1 ou 2, caso seja recomendado por nutricionista ou médico, observando sintomas clínicos, exames laboratoriais e sendo inserido em uma alimentação equilibrada e saudável.

Consuma com moderação

Todos os tipos de açúcar são bastante calóricos e tem o poder de aumentar muito rapidamente a glicose no sangue. Portanto, independentemente do processamento, o produto deve ser utilizado com moderação.

“O açúcar tem um importante papel no aumento do índice glicêmico, devendo ser evitado por indivíduos que precisam controlar a glicemia, como os diabéticos”, orienta Simone.

O consumo excessivo de açúcar pode contribuir para o desenvolvimento de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas, especialmente de indivíduos com fatores de risco cardiovascular, como destaca o Guia alimentar para a população brasileira.

Aos indivíduos saudáveis, é recomendado uso moderado do açúcar em preparações culinárias, deixando a alimentação mais saborosa sem que fique nutricionalmente desbalanceada.





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