Saúde
Saiba como tratar e previnir a evolução da Psoríase
Dia 29 de outubro é o Dia Mundial de Combate a Psoríase, uma doença inflamatória crônica não contagiosa, mas que apresenta lesões avermelhadas e descamativas que pode afetar o corpo todo, principalmente os joelhos, cotovelos, mãos, pés e o couro cabeludo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (2015/2016), a prevalência no Brasil varia entre 1,10 e 1,50%, com grande variabilidade entre as regiões: 0,92% (Norte) e 1,88% (Sudeste).
O dermatologista Erasmo Tokarski explica que a ideia da campanha é ressaltar que, apesar da psoríase não ter cura, existe controle e tratamento para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. “O protocolo clínico da doença evoluiu muito nos últimos anos e vai além dos medicamentos tópicos, como cremes, loções e shampoos. Dependendo do grau, existem outras formas de cuidar do paciente, como a fototerapia, os medicamentos sistêmicos e os injetáveis (biológicos)”, explica ele.
A doença que atinge ambos os sexos, tendo incidência maior entre os homens apresenta fatores desconhecidos com relação à causa, mas sabe-se que fatores genéticos e emocionais podem agravar o problema. Este ano, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias recomendou ao Sistema Único de Saúde a incorporação dos medicamentos adalimumabe (como primeira opção terapêutica), secuquinumabe, ustequinumabe (na falha do adalimumabe) e etanercepte (para pacientes pediátricos), para o tratamento da psoríase moderada a grave em pacientes que apresentam falha terapêutica ou contraindicação ao uso das terapias tradicionais.
Outro medicamento que vem ganhando força no tratamento da doença é o *Apremilast, uma droga oral que promete reduzir a inflamação nas células da pele e das articulações. Para o dermatologista o remédio pode ser uma opção para quem tem a doença na forma mais desenvolvida e não obteve resultados satisfatórios com os outros tratamentos. “Ter novos tratamentos disponíveis é bom tanto para o paciente quanto para o médico, pois assim é possível avaliar melhor qual é o mais eficaz e também minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos atuais” explica.
Nos casos leves e moderados as indicações são os tratamentos tópicos e a fototerapia localizada, que consiste em aplicações de altas doses de luz ultravioleta na região afetada e pode ser utilizada em qualquer área do corpo. O procedimento é rápido e indolor e ainda protege a pele saudável. As sessões são realizadas duas vezes por semana e o número delas pode variar de 5 a 15; os resultados são satisfatórios no clareamento e até mesmo na regressão da lesão, mas o mais importante é devolver a autoestima e a confiança do paciente.
*Apremilast é uma molécula pequena oral disponível inibidor de PDE4, desenvolvido para espondilite, aquilosante, psoríase e artrite psoriática. Em geral, funciona numa base de intracelular para moderar a produção de mediadores pró-inflamatórios e anti-inflamatória.