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Dia Mundial da Saúde

Saiba a importância de realizar check-ups e exames preventivos

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Saiba a importância de realizar check-ups e exames preventivos
Foto/Imagem: Freepik


Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) mostrou que 72% dos pacientes com doenças crônicas só descobriram sua condição depois de apresentar algum sintoma do problema. Mas, sabe-se que pelo menos 158 doenças comumente conhecidas podem ser pesquisadas e diagnosticadas por exames laboratoriais. Neste Dia Mundial da Saúde, que homenageia a criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 7 de abril de 1948, o objetivo de promover a saúde em todo o planeta e enfrentar seus desafios se torna mais enfático. Por isso, nossa instituição destaca a importância da prevenção de doenças por meio de exames laboratoriais rotineiros.

A realização de exames laboratoriais periódicos é fundamental. Existem diversos deles e, os médicos que conduzem a saúde do paciente são as pessoas que devem indicá-los. “Os exames preventivos auxiliam no diagnóstico precoce de doenças crônicas, levando ao controle e tratamento adequado, aumentando as chances de cura. Envelhecer com saúde deve ser um planejamento feito durante todas as fases da vida das pessoas”, explica o diretor de Ensino da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial, Leonardo Vasconcellos.

Os mais básicos são os exames de glicemia e hemoglobina glicada, que apontam problemas relacionados à glicose, perfil lipídio, indicando colesterol total e frações e triglicerídeos e a avaliação da função renal, a qual se mede ureia e creatinina. Um outro exame de suma importância é o Papanicolau ou “preventivo” da mulher, que apresenta a possibilidade de câncer de colo de útero. Também é recomendado o exame de HIV, que detecta o vírus da Aids e o de hepatites. Já para os homens, o Antígeno Prostático Específico (PSA) na idade adulta.

“Nossa luta é que as pessoas façam mais check-ups preventivamente tomando a decisão de buscar médicos mesmo quando não estão com sintomas aparentes, doentes, porque muitas doenças são silenciosas e somente apresentam sintomas tardiamente, em fases avançadas. Quem se previne, pode evitar doenças crônicas”, ressalta Leonardo.

Há vários sinais de que um problema esteja se instalando e quanto mais cedo forem descobertos, maiores são as chances de cura e tratamento. Assim, a Patologia Clínica é essencial para o funcionamento de toda a área da saúde porque lida com exames laboratoriais que desempenham papel significativo para a prevenção, diagnóstico e tratamento de variadas doenças.

O médico conta que 70% das decisões médicas levam em conta os exames de diagnóstico e que, em algum momento, todos os profissionais da saúde acabam por lidar com eles. “Com o avanço dos testes e das tecnologias disponíveis, cada dia mais o trabalho dos médicos é feito em parceria com os dos patologistas. Mas precisamos que as pessoas procurem os médicos.”

Ele comenta que muitas pessoas têm medo de visitar um médico, fazer exames e ter de lidar com um problema de saúde, mas afirma que quem vai cedo ao profissional, realiza esses diagnósticos e descobre problemas iniciais, consegue maior eficácia no tratamento e evita problemas mais graves futuramente. “A saúde é nosso maior bem, temos que cuidar do corpo”, finaliza.

Exames preventivos indicados para cada fase de vida:

Recém nascidos – Diagnóstico e o tratamento precoces do hipotireoidismo congênito e da fenilcetonúria evitam retardo mental grave da criança. Teste do Pezinho, além de exames extras em recém-nascidos de mães expostas a agentes infecciosos específicos e exames com base na história familiar ou na etnia do recém-nascido.

Crianças – Hemograma completo com perfil lipídico, insulina e glicemia. Exames de fezes, urina. Anticorpos para hepatite A,B e C (sempre à critério do médico pediatra)

13 aos 18 anos – Nesta faixa etária, são recomendados alguns exames de triagem, como para anemia ou infecções. Para as meninas, também são necessários exames diante de problemas menstruais ou sexuais. A saúde tem ênfase na educação sobre prevenção de acidentes e de lesões, saúde sexual, abuso de substâncias e estilo de vida saudável para evitar problemas de saúde futuros.

19 a 29 anos – Exames de rastreamento a partir dos 20 anos, os testes são usados para a detecção precoce de algumas das doenças mais comuns e potencialmente graves que ocorrem em adultos, como infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), câncer, diabetes e doenças cardíacas.

30 a 49 anos – Exames de triagem se tornam importantes para homens e ainda mais para mulheres. Os exames de triagem facilitam a detecção precoce das doenças mais comuns e tratáveis, como diabetes, câncer e doença cardíaca.

Sobre a SBPC/ML

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) é uma associação de direito privado para fins não econômicos, fundada em 31 de Maio de 1944. Tem como finalidades congregar Médicos, portadores do Título de Especialista em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e Médicos de outras especialidades, regularmente inscritos nos seus respectivos Conselhos Regionais de Medicina, e pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, estejam ligados à Patologia Clínica/Medicina Laboratorial, e estimular sempre o engrandecimento da Especialidade dentro dos padrões ético-científicos.

Entre associados estão médicos patologistas clínicos e de outras especialidades (como farmacêuticos-bioquímicos, biomédicos, biólogos, técnicos e outros profissionais de laboratórios clínicos, estudantes de nível universitário e nível médio). Também podem se associar laboratórios clínicos e empresas fabricantes e distribuidoras de equipamentos, produtos e serviços para laboratórios.

Ao longo das últimas décadas a SBPC/ML tem promovido o aperfeiçoamento científico em Medicina Laboratorial, buscando a melhoria contínua dos processos, evolução da ciência, tecnologia e da regulação do setor, com o objetivo principal de qualificar de forma permanente a assistência à saúde do brasileiro.

Xô, Aedes!

Vigilância Ambiental em Saúde realiza ação contra a dengue no Plano Piloto

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Ao Vivo de Brasília
combate à dengue DF
Foto/Imagem: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) realizaram vistorias na região central do Plano Piloto, nesta segunda-feira (27), em busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika. Os Avas inspecionaram a Esplanada dos Ministérios na altura do Museu Nacional da República, além de áreas no Setor Bancário Sul e Setor de Diversões Sul, popularmente conhecido como Conic.

O Avas Hugo Ayala ressalta que ações desse tipo são constantes e que, durante o período das chuvas, os agentes preparam um cronograma para cobrir a maior quantidade de pontos possíveis no DF. “Nós fizemos uma ação direcionada aos espelhos d’água aqui da Região Central. Procuramos possíveis criadouros de larvas, verificamos as responsabilidades e fizemos o tratamento necessário, dando um encaminhamento para cada órgão responsável”, explicou.

Os espelhos d’água situados entre o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional de Brasília receberam aplicação do larvicida biológico Bacillus thuringienses israelensis (Bti), distribuído pelo Ministério da Saúde (MS), para interromper o ciclo de desenvolvimento do Aedes aegypti.

Como explica a Avas Amanda Alves, o Bti tem uma ação residual de 15 semanas, mas a cada 15 dias os agentes retornam ao local para monitoramento, o que assegura a eficácia da medida. “Nós tivemos uma redução expressiva no número de casos, e eu acredito que isso se deva tanto ao trabalho dos Avas quanto ao comportamento da população em geral. Ações como as de hoje impedem que tenhamos aquele cenário do ano passado”, diz.

Redução de casos

Essas medidas de controle integram os esforços da Secretaria de Saúde (SES-DF) em impedir que outra epidemia de dengue se repita na capital – dados mais recentes revelam redução de 95,4% dos casos em relação ao mesmo período do ano passado. Os 858 Avas da pasta têm realizado visitas diárias a domicílios em todas as regiões do Distrito Federal. Do total de profissionais, 454 ingressaram em 2024 e 41 neste ano.

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Saúde em dia

Janeiro Roxo alerta para importância do diagnóstico precoce de hanseníase

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Ao Vivo de Brasília
Janeiro Roxo hanseníase
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Dados da Secretaria de Saúde indicam que os casos de hanseníase diminuíram nos últimos três anos no Distrito Federal. Foram registradas 108 ocorrências em 2024. O número é 29,4% menor que os 153 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 130 registros da doença. Apesar da diminuição, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior ocorrência de casos, segundo o Ministério da Saúde (MS). Com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde, o mês de janeiro levanta atenção para o diagnóstico precoce da doença, fundamental para uma boa recuperação.

Atualmente, a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa interromper a transmissão e alcançar a meta de zero casos. A subnotificação e o atraso do diagnóstico podem levar a sequelas a longo prazo. “O Janeiro Roxo coloca a doença em evidência e desperta a atenção da população para eventuais sintomas e lesões para os quais não haviam procurado assistência, geralmente por não achar que fosse algo importante”, enfatizou a Referência Técnica Distrital em dermatologia da SES-DF, Ana Carolina Igreja. “Também desperta nos próprios profissionais um alerta para a doença”, completou.

Sintomas

A hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, é uma doença que atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar sequelas como deformidades e incapacidade físicas, e comprometer os nervos periféricos, extremidades e a pele. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado.

A especialista da SES-DF explica que o diagnóstico tardio decorre, muitas vezes, da negligência aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “Os sinais mais comuns são manchas com sensibilidade alterada. Mas nódulos eritematosos [caroços vermelhos, dolorosos e inchados], áreas com alteração de sensibilidade, áreas com diminuição sudorese [suor] e pilificação [pelos no corpo] também são sintomas frequentes”, detalhou.

Tratamento

A doença tem cura e o tratamento, padronizado pelo MS, é realizado por meio da associação de três antimicrobianos, denominada de Poliquimioterapia Única (PQT). O tempo pode variar de seis a 12 meses, de acordo com a forma clínica da doença.

No DF, o atendimento às suspeitas é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs), que encaminham os casos em que haja necessidade aos serviços de referência – no Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

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