Coado ou filtrado
Sabia que preparar café de forma saudável pode prolongar a vida?

Muita gente não sabe começar o dia direito sem aquela xícara de café. Apenas o aroma dessa bebida escura e intensa já é suficiente para agitar nossos sentidos, prontos para a mudança de disposição que está por vir.
O melhor: ele pode ser bom para sua saúde. Sim: café pode prolongar sua vida – mas apenas se você o preparar com filtro, ou seja, fazer o café coado ou filtrado, de acordo com um novo estudo de longa duração publicado no European Journal of Preventive Cardiology.
“O café não filtrado contém substâncias que aumentam o colesterol no sangue. O uso de um filtro as remove e torna menos prováveis ataques cardíacos e morte prematura”, disse a autora do estudo, Dag Thelle, professora sênior do departamento de saúde pública e medicina comunitária da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. “Nosso estudo fornece evidências fortes e convincentes de uma ligação entre métodos de fabricação de café, ataques cardíacos e longevidade”, explicou Thelle.
O resultado é uma má notícia para os amantes de café feito com prensa francesa, ou cafeteira francesa, muito popular hoje em dia, ou para quem gosta de métodos de filtragem gregos e turcos. Ferver café ou usar uma prensa de café pode de fato aumentar o risco de doença cardíaca.
“O café não filtrado, como o café grego e turco, que é fervido, ou aquele produzido na prensa francesa, contém quantidades maiores de cafestol e kahweol – substâncias químicas encontradas nas gotículas de óleo que flutuam no café e também nos sedimentos”, contou a nutricionista Lisa Drayer, colaboradora da CNN em saúde e nutrição.
“Estudos mostraram que essas substâncias podem aumentar os níveis de triglicerídeos e os níveis de colesterol LDL”, disse Drayer. “Portanto, prefira o café filtrado, feito com um filtro de papel, daqueles que filtram por gotejamento, o que pode ajudar a prender esses produtos químicos.”
Coado é melhor para a saúde
O novo estudo acompanhou mais de meio milhão de homens e mulheres noruegueses saudáveis entre as idades de 20 e 79 anos durante um período de 20 anos. Os resultados mostraram que beber café fervido não filtrado ou prensado aumentou o risco de morte em homens com 60 anos ou mais, devido à elevada mortalidade cardiovascular.
No entanto, beber café coado ou filtrado – usando um filtro de papel, por exemplo – foi considerado mais saudável do que não beber café. O café filtrado foi associado a um risco reduzido de 15% de morte por qualquer causa, um risco reduzido de 12% de morte por doenças cardiovasculares nos homens e um risco reduzido de 20% de morte por doenças cardíacas nas mulheres, em comparação com não consumir café.
Mais: o estudo descobriu que aqueles que bebiam de uma a quatro xícaras de café filtrado por dia tinham a menor taxa de mortalidade. “A descoberta de que aqueles que bebem a bebida filtrada se saíram um pouco melhor do que aqueles que não tomam café não pode ser explicada por nenhuma outra variável, como idade, sexo ou hábitos de vida. Portanto, consideramos que essa observação é verdadeira”, concluiu Thelle.
Recomendações baseadas em evidências
Os resultados ecoam outras pesquisas que destacam os benefícios para a saúde do café. De acordo com a American Heart Association, o café filtrado pode aguçar seu foco mental, melhorar o humor e o desempenho durante o exercício.
O British Medical Journal publicou um enorme estudo guarda-chuva em 2017 que analisou mais de 200 metanálises dos benefícios para a saúde do café e descobriu que beber três a quatro xícaras de café preto por dia fornece os maiores benefícios à saúde em geral. Os estudos incluíram a diminuição do risco de doença cardíaca, de numerosos tipos de câncer e de distúrbios neurológicos, metabólicos e hepáticos, bem como da mortalidade geral. Outros estudos descobriram que o café reduz o risco de melanoma, doença cardíaca, esclerose múltipla, diabetes tipo 2, doença hepática, câncer de próstata, Alzheimer, dores nas costas relacionadas ao computador e muito mais.
Obviamente, nem tudo são flores. Há algumas razões pelas quais você pode limitar ou evitar o café.
Cuidado com seu sono. “Se você tem problemas para dormir, é melhor evitar o café e todas as fontes de cafeína à noite ou perto da hora de dormir”, sugeriu Drayer.
Fique atento ao risco de fraturas. A análise do British Medical Journal constatou que altos níveis de consumo de café (mais de quatro xícaras por dia) estavam associados a um maior risco de fraturas em mulheres que já tinham maior probabilidade, mas não em homens.
Tenha cautela na gravidez. Constatou-se que níveis mais altos de consumo de café aumentam o risco de nascimentos prematuros e natimortos, bem como o baixo peso ao nascer em bebês. Isso possivelmente se deve ao fato de que a meia-vida da cafeína é conhecida por dobrar durante a gravidez, aumentando a dose de cafeína por xícara, de acordo com o estudo.
Não beba se você tem Parkinson. Um estudo publicado em setembro de 2017 reverteu a opinião sobre os benefícios para portadores da doença de Parkinson – há muito se pensava que a cafeína ajudava os pacientes. Os pesquisadores que descobriram pela primeira vez que o café reduzia os tremores naqueles com Parkinson voltaram atrás e estudaram uma amostra maior de pacientes por mais tempo. Desta vez, eles não encontraram diferença entre aqueles que tomam comprimidos de cafeína e aqueles que tomam um placebo. Depois que os dados iniciais retornaram negativos, o estudo foi interrompido.
No entanto, para a grande maioria de nós, o café é bom, disseram especialistas. “Pessoas que sabem que têm níveis elevados de colesterol e querem fazer algo a respeito devem ficar longe de bebidas não filtradas, incluindo café feito na prensa francesa”, disse Thelle. “Todos os outros podem tomar seu café filtrado ou coado com a consciência limpa.”
Para manter seu consumo de café ainda mais saudável, Drayer sugeriu as seguintes dicas:
– Se for usar leite, prefira desnatado e evite o chantili. “O creme chantili acrescenta cerca de 50 calorias e três gramas de gordura saturada por colher de sopa”, disse Drayer. Já o leite com baixo teor de gordura (desnatado) tem menos calorias e ajudará a compensar as perdas de cálcio (uma colher de sopa tem apenas 6 calorias, mas 19 miligramas de cálcio).
– Evite açúcar no seu café. “Uma colher de chá de açúcar contém 16 calorias. Pode não parecer muito, mas se você adicionar duas colheres de chá à sua bebida e beber algumas xícaras por dia, as calorias aumentam “, disse ela.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
-
Segunda, 14 de abril
Semana começa com 964 oportunidades de emprego no Distrito Federal
-
Acumulou!
Mega-Sena 2853 pode pagar prêmio de R$ 45 milhões nesta terça-feira (15)
-
O melhor tempo é agora
Brasília 65 anos: confira a programação completa dos três dias de comemorações
-
Economia
GDF vai classificar dívidas ativas para tentar reduzir inadimplência
-
Perigos das redes
Desafio do desodorante: psicóloga faz alerta após morte de criança
-
Taguatinga
Alameda Shopping celebra Páscoa com feira temática e programação especial
-
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença
-
E aniversário de Brasília
Semana Santa: confira o que abre e o que fecha no feriado prolongado