Cidades

Rollemberg reconhece que deveria ter feito mais por Brasília

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Toninho Tavares/Agência Brasília

Com o mandato de Rodrigo Rollemberg (PSB) chegando ao fim, fica o questionamento do que foi e do que não foi cumprido em seus quatro anos de governo. Em balanço mais recente, o GDF apresenta em um documento de 96 páginas um total de 467 compromissos firmados na campanha de 2014.

“Nos três primeiros anos de governo, investimos R$ 2,5 bilhões em melhorias. Neste ano, orçamos em mais R$ 1,5 bilhão”, contabilizou Rollemberg em breve conversa com o Ao Vivo de Brasília. “Fazemos um governo sério e responsável que equilibrou as contas do DF”, conta.

O governo comemorou índices alcançados na saúde, onde cumpriu 90% das 50 propostas – entre elas a expansão do programa Saúde da Família. Na segurança, 87,7% dos 37 compromissos foram cumpridos. Na Educação, 69% das 65 metas foram implantadas.

“Somos um governo de legados.” – Rollemberg fala em legado deixado para as próximas gerações ao citar obras que inaugurou, como o sistema de captação e tratamento de água do Bananal e Lago Paranoá, além da desocupação da Orla do Deck Sul, desativação do lixão da Estrutural e aceleração nas regularizações de terrenos em todo o DF.

O chefe do executivo local evita dar notas para sua gestão, mas confessa que não fez tudo aquilo que gostaria de ter feito, porém, afirma que Brasília avançou. “Quem tem que dar essa nota é a população. E ela tem que dar essa nota no momento adequado”, declarou.

Desafios – Para este ano, o maior desafio é cumprir com 100% as áreas que estão mais distantes das metas: assistência social (29%), mobilidade (27%) e desenvolvimento (24%), dos objetivos.

O projeto que não deu certo foi a construção dos Centros de Educação de Primeira Infância, os CEPI’s. O governo construiu 23 dessas creches, meta bem abaixo do compromisso do início da gestão, de 369 unidades.

Outro desafio de Rollemberg é pela saúde, que continuou agonizando em três anos de gestão.

O panorama, segundo o governo, é que 82% das propostas estão concluídas ou em fase de implantação. Contudo, não foram apresentados números de quantas propostas realmente foram concluídas. “Posso garantir que a maioria das ações estão em andamento”, destaca.

Outro objetivo para 2018 destacado pelo chefe do Executivo local é a conclusão de obras. Ele citou, em especial, a infraestrutura do Sol Nascente, com a entrega do Trecho 1, com previsão de término no começo do ano – mas ainda não concluída – e ainda dos Trechos 2 e 3 ao longo de 2018.

Oposição – O deputado federal Izalci Lucas, pré-candidato a governador e presidente do PSDB-DF, discorda do balanço apresentado e afirma que Rollemberg está em 24º lugar como o governador que menos cumpriu o que prometeu a população para se eleger em 2014.

“Rollemberg vive de mentiras e manipulações das informações e dos números do seu trágico governo. Esse governador não consegue fazer as coisas mais simples, a exemplo das podas de árvores e cortes de gramas”, disse Izalci. O tucano também apontou que as aulas começaram este ano sem recurso nenhum para a manutenção dos prédios porque o governo usou o dinheiro do PDAF (Programa de Descentralização Administrativa e Financeira) para outras finalidades.

“A situação da Educação é cada vez pior, a Segurança nem se fala e os hospitais do DF continuam sendo matadouros de pacientes por que faltam equipamentos, medicamentos e gente para trabalhar”, disse.

“Só quem continua bem é o próprio governador que não precisa de saúde pública, não precisa das escolas públicas e nem da Segurança, já que tem a sua disposição um aparato sem custo nenhum”, atacou Izalci.

Rollemberg será governador do Distrito Federal até dezembro desse ano.





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