Nove unidades no DF
Rede pública de saúde oferece tratamento homeopático gratuito
Sistema terapêutico processado à base de substâncias vegetais, animais ou minerais, a homeopatia trata o paciente como um todo, e não apenas a doença de forma isolada. No DF, é possível ter acesso a esse serviço, ofertado pela Secretaria de Saúde (SES) em nove unidades da rede pública. Atualmente, 11 médicos homeopatas atuam nessa área.
O tratamento homeopático começa pela consulta médica, momento em que a anamnese (entrevista realizada pelo profissional de saúde com o paciente) privilegia as informações sobre a pessoa que faz a consulta. “Elas [as informações] são coletadas e submetidas a um procedimento chamado repertorização, de onde se elege um ou mais de um medicamento que apresente semelhança com o caso relatado”, explica a responsável técnica distrital de homeopatia da SES, Maria de Fátima Della Côrte.
Tratamento integral
“O medicamento estimula o funcionamento de algumas áreas do corpo que não estejam trabalhando da maneira como deveriam, ajudando-o a encontrar uma certa estabilidade”, resume Maria de Fátima. A abordagem na homeopatia, detalha, difere da alopatia por compreender a doença como uma expressão de um todo que se encontra em desarmonia, em vez considerar a pessoa de forma fragmentada.
“A homeopatia atua sob a integralidade do indivíduo; não vai tratar o sintoma, e sim a origem da doença”, resume a médica homeopata Maria Júlia Pereira Spina, que atende na Policlínica da 514 Sul. O tempo de duração do tratamento varia de acordo com o paciente, que é orientado quanto ao uso da medicação, além de receber acompanhamento.
Equilíbrio restaurado
O principal benefício da homeopatia é restabelecer o equilíbrio dinâmico do próprio organismo, sem os usuais efeitos colaterais das drogas alopáticas. “Torna-se uma excelente alternativa em casos de alergia crônica, asma, rinites, sinusites, para tentar minimizar o uso dos corticoides”, destaca Maria de Fátima.
Paciente com asma e rinite, Juliana de Souza da Cruz, de 25 anos, decidiu procurar o tratamento homeopático para diminuir a quantidade de corticoides que utilizava. “Quero migrar da alopatia para a homeopatia”, afirma a lojista. Atendida pela primeira vez na Policlínica da 514 Sul, a moradora da Asa Norte aprovou a consulta. “Percebi que a médica deu valor ao meu relato. Tive a impressão de que ela tem uma visão mais geral, de pensar no organismo com um todo”.
Parceria
A médica homeopata Sandra Kersul, que atua nessa área no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), lembra que, em 2010, pacientes com sérios distúrbios de comportamento, incluindo adolescentes com Transtornos do Espectro Autista (TEA) atendidos na odontologia, começaram a ser encaminhados para esse tratamento alternativo.
“Havia casos em que era preciso dar anestesia geral em bloco cirúrgico para que os dentistas pudessem tratar, devido à grande agitação que [os pacientes] apresentavam”, conta. “Com a introdução da homeopatia, vimos o progresso na interação social, a diminuição do uso do bloco cirúrgico e eles ficando mais cooperativos, aptos a receberem ações de saúde bucal, facilitando o trabalho da equipe odontológica.”
Luís Fernando Morais da Conceição, de 29 anos, é um dos pacientes que recebeu o encaminhamento para a homeopatia do Hran pela odontologia. Ele foi diagnosticado com síndrome de west, uma forma de epilepsia que começa na infância e é caracterizada por crises convulsivas, além do retardo no desenvolvimento mental e motor.
A mãe de Luís Fernando, Maria Helena de Morais, de 66 anos, percebeu os sinais de melhora ao longo do tratamento e relata: “Meu filho babava muito. Praticamente, isso acabou. Teve uma fase em que chorava o tempo inteiro. Hoje, ele está mais tranquilo”.
Acesso
O encaminhamento para a homeopatia pode ser obtido tanto na unidade básica de saúde (UBS), pelo médico de família, quanto pelo profissional de saúde que atenda em uma das unidades da atenção secundária. A consulta de primeira vez é marcada pelo sistema de regulação. Já os retornos são agendados onde o usuário recebe assistência.
Histórico
Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843) foi o fundador da homeopatia em 1779. No Brasil, a técnica foi introduzida, a partir de 1840, pelo médico francês Benoit Mure.
No Brasil, o reconhecimento da homeopatia como especialidade médica foi oficializado em 1979, pela Associação Médica Brasileira (AMB), quando foi fundada a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB). Em 1980, o Conselho Federal de Medicina (CFM) incluiu a homeopatia suas especialidades. Atualmente, comemora-se em 21 de novembro o Dia Nacional da Homeopatia.
Locais que ofertam atendimento homeopático
- Adolescentro
- Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh)
- Hospital Regional da Asa Norte (Hran)
- Hospital Regional do Guará (HRGu)
- Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
- Policlínica de Ceilândia I
- Policlínica do Lago Sul
- Policlínica do Riacho Fundo I
- Policlínica da Asa Sul
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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