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Projeto Mães no Enem reúne voluntárias para cuidar de crianças nos dias de prova

Um projeto organizado e executado apenas por mulheres quer ajudar as mães que não têm com quem deixar os filhos no dia da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Mães no Enem disponibiliza uma lista de voluntárias de todo o país.
“Eu sou mãe e sou feminista. Juntando as duas coisas, sei o quanto é difícil, ser mulher, ser mãe e ainda dar conta de estudo, casa, vida profissional. Tem um sistema que corrobora para você ficar sobrecarregada. Então, por que não ajudar se eu sei dessa dificuldade?”, diz a idealizadora e coordenadora do Mães no Enem, Fernanda Vicente.
Fernanda explica que o projeto surgiu a partir de uma corrente no Facebook em que mulheres se disponibilizavam a ajudar estudantes com filhos nos dias de prova. Ela compartilhou a publicação e logo recebeu diversas mensagens de outras pessoas que gostariam de fazer o mesmo. Fernanda, então, criou uma página na rede social e organizou os contatos. Há cerca de dois meses do exame, o projeto conta com mais de 200 voluntárias em 19 estados.
“É preciso preencher uma ficha de cadastro, enviar cópia do RG, CPF e comprovante de residência. Tudo fica sob sigilo. O nome da voluntária é então disponibilizado online junto com a cidade em que mora e o Facebook. As mães podem assim entrar em contato com as voluntárias”, explica.
Lea Back Silva, uma das voluntárias em Taguatinga, no Distrito Federal, diz que já foi procurada por duas mães. “Elas podem conversar com antecedência, ter acesso a referências, conhecer a casa”. Lea é mãe de autista e conta que sabe da dificuldade de não ter com quem deixar o filho. Hoje Rafael tem 19 anos e ela quer ajudar outras mães.
“Eu tive filho com 20 anos e aconteceu que eu tive que largar os estudos. Eu estudava música, fazia vários cursos e, desde então, não tive apoio de ninguém, nem da minha família, nem da família do pai”.
As mães podem combinar com as voluntárias como será o esquema no dia do exame e onde as crianças ficarão. O projeto conta também com parcerias com espaços lúdicos com a Casa de Erè, em Bauru (SP), aberta para receber crianças de 3 a 12 anos.
“É uma tendência. Demorou muito para mulheres começarem a ajudar umas às outras mais efetivamente. Tem acontecido um movimento entre mulheres, de se ajudar, um revezamento cada vez maior para cuidar das crianças”, diz a voluntária em São Paulo Cristiane Rosa, que é doula e ativista cultural.
“A criança ainda é responsabilidade que muitas mulheres acabam tendo mais que homens. Se tem tantas mulheres querendo ir para o Enem que não têm com quem deixar os filhos é preciso perguntar onde estão os pais. Há uma ausência deles, se estivessem presentes poderiam cuidar das crianças”, acrescenta.
O projeto conta com assistência jurídica para resguardar ambas as partes, tanto as voluntárias quanto as mães. Há também voluntárias que oferecem atendimento psicológico para o Enem e aulas online de redação, matemática e biologia. Todos os serviços são gratuitos. O contato pode ser feito pelo Facebook, na página Mães no Enem ou pelo e-mail maesnoenem@gmail.com.
Enem
O Enem de 2016 será nos dias 5 e 6 de novembro. A nota do exame é usada na seleção para vagas em instituições públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e bolsas na educação superior privada por meio do programa Universidade para Todos (ProUni). O resultado do exame também é requisito para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para pessoas maiores de 18 anos, o Enem pode ser usado como certificação do ensino médio.

Terça-feira, 22 de abril
Semana pós-feriado começa com 1.169 vagas de emprego no Distrito Federal

As agências do trabalhador do DF oferecem, nesta terça-feira (22), 1.169 vagas para quem procura um emprego. Há posições para candidatos de diferentes níveis de escolaridade, com e sem experiência.
A vaga com o maior salário do dia, R$ 4mil + benefícios, é para Técnico em Segurança do Trabalho, para trabalhar no Zona Industrial do Guará. Os candidatos precisam ter ensino médio completo e experiência comprovada.
O cargo com mais oportunidades abertas é o de servente de obras, em São Sebastião. São 121 vagas, com salário de R$ 1.518. Os candidatos precisam ter ensino fundamental completo, mas não é cobrada experiência.
Para participar dos processos seletivos, basta cadastrar o currículo no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS) ou ir a uma das 14 agências do trabalhador, das 8h às 17h, durante a semana. Mesmo que nenhuma das oportunidades do dia seja atraente ao candidato, o cadastro vale para oportunidades futuras, já que o sistema cruza dados dos concorrentes com o perfil que as empresas procuram.
Empregadores e empreendedores que desejem ofertar vagas ou utilizar o espaço das Agências do Trabalhador para as entrevistas podem se cadastrar pessoalmente nas unidades ou pelo e-mail gcv@sedet.df.gov.br. Pode ser utilizado, ainda, o Canal do Empregador, no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet).
Serasa Consumidor
Educação financeira: DF é a segunda Unidade Federativa mais inadimplente do Brasil

Mais da metade da população adulta do Distrito Federal está inadimplente. De acordo com levantamento do Serasa Consumidor, 58,38% dos adultos no DF, o equivalente a 1.335.919 pessoas, possuem alguma dívida em atraso, o que coloca a Unidade Federativa (UF) atrás apenas do Amapá em proporção de inadimplência. A maior parte das dívidas está concentrada em bancos e cartões de crédito, e a faixa etária mais afetada vai dos 41 aos 60 anos.
Para o educador financeiro Eustaquelino Casseb, idealizador do curso Finanças Além do Plano, os dados acendem um alerta importante: “O que vemos no DF é o reflexo de uma ausência histórica de educação financeira prática. Não basta saber quanto se ganha e quanto se gasta, é preciso entender como fazer escolhas conscientes e sustentar hábitos saudáveis ao longo do tempo”.
Segundo ele, a inadimplência nessa faixa etária mais avançada é ainda mais preocupante. “Pessoas entre 41 e 60 anos estão no auge da vida produtiva e, muitas vezes, sustentando famílias ou se preparando para a aposentadoria. Quando essa base está endividada, o impacto é em toda a estrutura familiar e social”, afirma.
Casseb conta que já viveu na pele o descontrole financeiro. Mesmo com aumentos salariais ao longo da carreira, sua vida financeira seguia estagnada. Ele percebeu que, ao elevar os gastos na mesma proporção da renda, acabava reforçando um ciclo de instabilidade. A virada aconteceu quando entendeu que precisava mudar sua mentalidade e se organizar para não gastar tudo o que recebia.
“Nem todo mundo tem margem de sobra no orçamento, eu sei. Mas é essencial tentar não gastar tudo o que se ganha. Guardar um pouco, mesmo que seja pouco, já é um passo importante. O controle financeiro começa com pequenas decisões e com a consciência de que cada escolha conta para o futuro”, destaca o especialista.
Ele ainda reforça que a solução passa por ações de médio e longo prazo. “Educação financeira não é milagre, mas é um passo decisivo para sair do ciclo da dívida. Ensinar desde cedo sobre planejamento, crédito consciente e reserva de emergência é o que muda o jogo, e nunca é tarde para começar”, conclui.
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