Microrganismos vivos
Probióticos: o que são e quais os benefícios para o organismo

Buscar hábitos mais saudáveis é uma crescente no país. De acordo com um levantamento divulgado em maio deste ano pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), oito em cada dez brasileiros se esforçam para manter a alimentação o mais saudável possível. Nesta nova realidade, as pessoas se interessam cada vez mais pelo assunto e estão sempre procurando por novas opções para incluir no cardápio. Uma delas, que está sendo muito consumida nos últimos tempos, são os probióticos.
Tratam-se de alimentos que contêm microrganismos vivos em sua composição. “Nosso organismo por si só já conta com diversas bactérias importantes para o processo de digestão, produção de vitaminas e manutenção da imunidade. Atualmente, as pessoas têm optado por consumir alimentos ricos nestes microrganismos para aumentar a colônia deles no corpo”, explica o nutricionista Daniel Novais. Quando ingeridos, eles se integram à flora de bactérias já existente e auxiliam no trabalho de absorção de nutrientes e na digestão.
Segundo Daniel, os benefícios são diversos. “Os probióticos equilibram a flora intestinal, diminui a absorção do colesterol, ajuda a remover toxinas, melhora a imunidade e o funcionamento intestinal, ajuda na manutenção do peso, entre outras coisas”, aponta. A ingestão de probióticos também é muito indicada para os intolerantes à lactose. “Eles aumentam no organismo a quantidade de enzimas responsáveis pela digestão da lactose e isso beneficia muito quem tem intolerância”, relata o nutricionista.
Onde encontrar
Os probióticos estão presentes nos ingredientes de alguns produtos industrializados, como iogurtes e leites fermentados, e também aparecem naturalmente em alimentos como azeitonas, bananas e chocolates escuros. Também é possível consumi-los em cápsulas, na forma de suplementos manipulados. “Em industrializados, a concentração é inferior e pode sofrer alterações no transporte e armazenamento, já que os probióticos são termo-sensíveis e têm pouco tempo de vida, tendo que ser bem refrigerados. Costumamos receitar manipulados ou então o consumo na forma natural”, diz o especialista.
Para quem prefere o artesanal, existem o kombucha e o kefir, que podem ser produzidos em casa. O kombucha é uma bebida milenar, rica em probióticos, que é feita a partir da fermentação de um chá ou infusão ricos em cafeína e adoçados. Para produzir em casa, é necessário cultivar um scoby, uma cultura viva de aspecto gelatinoso e rica em bactérias e leveduras. O scoby é misturado ao chá e ao açúcar em temperatura ambiente e, após dez dias, ele se reproduz. Neste momento, basta coar e beber. O kombucha também pode ser encontrado pronto para consumo em lojas de alimentação natural.
Já o kefir é uma bebida fermentada, que se assemelha ao iogurte. O alimento é produzido a partir dos grãos de kefir – partículas brancas gelatinosas que contêm os microrganismos vivos. Eles são colocados no leite, que pode ser animal ou vegetal, e lá devem ficar no mínimo 6 e no máximo 72 horas. Eles sofrem fermentação, se reproduzem e formam uma colônia. Após o processo, os grãos são coados e o líquido obtido pode ser consumido. “O kefir não é comercializado, mas existem grupos de doação de mudas de kefir nas redes sociais para quem se interessar”, finaliza Daniel.

Xô, Aedes!
Casos de dengue no Distrito Federal caem 97% em relação ao ano passado

O Distrito Federal continua a registrar queda no número de casos de dengue. Até 29 de março deste ano, a capital notificou 9,3 mil ocorrências suspeitas da doença, das quais 6,1 mil eram prováveis. No mesmo período de 2024, foram registrados quase 220 mil casos prováveis. Os dados estão no último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
“Devemos registrar e comemorar esses dados, mas sem perder de vista os cuidados para combater a dengue. Afinal, alcançamos esse resultado por meio de um esforço conjunto da população e do governo. É um trabalho contínuo”, explica o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos Martins.
O Aedes aegypti é responsável por transmitir não só o vírus da dengue, como também da febre amarela urbana, chikungunya e zika. Entre essas arboviroses, a capital federal contabilizou 129 casos suspeitos de chikungunya, dos quais 105 são considerados prováveis. Desses, 93,3% (98 ocorrências) correspondem a moradores do DF. Até o momento, 59 casos tiveram confirmação laboratorial, enquanto os demais seguem em investigação.
A chikungunya é uma doença febril aguda e sistêmica, causada por um arbovírus do gênero Alphavirus (CHIKV), e transmitida principalmente pelas fêmeas do mosquito. A infecção se destaca por sua elevada taxa de incapacitação, podendo causar sintomas persistentes em algumas pessoas.
Ação domiciliar dos Avas
Peça-chave no combate ao Aedes aegypti, a visita dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) promove a prevenção de doenças, o mapeamento de territórios e a execução de atividades de vigilância por meio da coleta e da pesquisa.
Identificá-los é simples: os Avas usam colete e chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui, além de uma camiseta branca. Eles também carregam uma bolsa amarela, onde armazenam seu material de trabalho.
Os agentes devem estar devidamente identificados com símbolos da SES-DF e com a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o profissional estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda esteja com seu crachá provisório.
Sabin Diagnóstico e Saúde
Hemocromatose: como diagnosticar o excesso de ferro no sangue

O ferro é um mineral essencial para o organismo, mas seu acúmulo pode causar danos sérios à saúde. A hemocromatose é um distúrbio no qual o corpo absorve mais ferro do que o necessário dos alimentos, e um diagnóstico preciso pode prevenir complicações graves em diversos órgãos, como fígado, coração, pâncreas e articulações.
A doença pode ser hereditária, causada por mutações genéticas, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como transfusões sanguíneas frequentes, doenças hepáticas ou suplementação do mineral em excesso.
Os sintomas da hemocromatose podem variar e, muitas vezes, demoram anos para se manifestar. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), entre estes estão: fraqueza, fadiga, letargia, apatia e perda de peso. Em alguns casos, pode haver sinais específicos a depender do órgão afetado, como, por exemplo, arritmia (coração), diabetes (pâncreas) ou dor abdominal (hepatomegalia, termo médico para fígado grande).
Diagnóstico
O diagnóstico da hemocromatose envolve exames laboratoriais específicos que avaliam os níveis de ferro no sangue. Segundo a supervisora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gélida Pessoa, identificar a doença com base nos sintomas pode ser difícil, por isso, exames de sangue podem indicar um caminho para o médico que avalia o paciente.
“Esses testes medem os níveis sanguíneos de ferro, a chamada ferritina (uma proteína que armazena ferro) e da transferrina, a proteína que transporta o ferro no sangue quando ele não está nos glóbulos vermelhos”, explica.
Dois procedimentos são a dosagem de ferritina sérica e a saturação da transferrina. Ambos podem indicar se os níveis destas proteínas estão deficitários ou elevados. Caso os índices estejam altos, o passo seguinte é investigar a origem da sobrecarga de ferro para determinar a melhor conduta médica.
Nos casos em que se suspeita de doença hereditária, uma das opções que podem ser indicadas pelo médico é o painel hereditário para hemocromatose. “Esse exame genético permite analisar múltiplos genes relacionados ao metabolismo do ferro, sendo essencial para confirmar casos hereditários e orientar o rastreamento familiar,” explica Gélida.
Em casos mais avançados, exames de imagem, como a ressonância magnética, podem ser utilizados para avaliar o grau de sobrecarga de ferro nos órgãos. “A ressonância é uma ferramenta importante na avaliação da carga férrica, especialmente no fígado e no coração, permitindo um planejamento terapêutico mais adequado”, acrescenta a supervisora técnica.
Prevenção
Embora a hemocromatose hereditária não possa ser evitada, algumas medidas podem ser adotadas para prevenir a forma adquirida da doença. Evitar o uso indiscriminado de suplementos de ferro sem orientação médica é um dos cuidados essenciais, assim como manter exames periódicos para monitorar os níveis de ferro no sangue, especialmente em pessoas com histórico familiar da doença.
Além disso, a alimentação também desempenha um papel importante na prevenção. Reduzir o consumo de carnes vermelhas e frutos do mar crus pode ajudar a controlar a absorção de ferro, assim como moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, que podem sobrecarregar o fígado e agravar possíveis danos hepáticos.
Gélida reforça que, embora a hemocromatose seja difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, a realização de check-ups anuais pode ser fundamental para a prevenção. “Manter exames regulares ao menos uma vez por ano é essencial não apenas para identificar a hemocromatose, mas também para monitorar outras alterações de saúde”, destaca.
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