Saúde
Prevenção da resistência antimicrobiana pode evitar 10 milhões de mortes
A resistência antimicrobiana (RAM) é um desafio mundial de saúde pública que ameaça a eficácia dos tratamentos para infecções. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), embora 83% dos países das Américas possuam um plano de ação nacional multisetorial contra a RAM, apenas 46% deles conseguem aplicá-lo de maneira eficaz. A Essity, líder global em higiene e saúde, destaca seu compromisso com a inovação no desenvolvimento de soluções que contribuem para combater esse problema.
No Brasil, o acompanhamento da RAM ocorre em aproximadamente 2.200 hospitais que possuem unidades de terapia intensiva (UTI). A responsabilidade por essa atividade é da Gerência de Vigilância e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS), que divulga regularmente informações sobre o tema por meio de boletins nacionais.
O uso excessivo de antibióticos no tratamento de diversas doenças é um dos principais fatores que aceleram o surgimento de microrganismos resistentes. No tratamento de feridas, por exemplo, é comum o uso desse tipo de medicamento, mesmo em casos em que outras opções de tratamento poderiam ser escolhidas, o que contribui para o desenvolvimento da RAM.
“A resistência antimicrobiana é um fenômeno que ocorre quando os microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, desenvolvem mecanismos para escapar dos efeitos dos fármacos projetados para eliminá-los”, explica Natália Barros, gerente clínica da Essity no Brasil. “Esse processo, que faz parte da evolução natural dos micróbios, tem sido acelerado pelo uso excessivo e pelo abuso de medicamentos, especialmente os antibióticos”, continua.
Infecções que antes eram tratáveis com medicamentos comuns estão se tornando cada vez mais difíceis de tratar, o que gera riscos à saúde dos pacientes e aumento nos custos do sistema de saúde.
Nesse contexto, como explica a profissional da Essity, é fundamental adotar estratégias inovadoras que permitam tratar infecções de modo eficaz sem recorrer ao uso excessivo de antibióticos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), sem a tomada de ações de prevenção e conscientização, é estimado que até 2050 o problema causará, todos os anos, a perda de 10 milhões de vidas em todo o mundo, além de um prejuízo econômico de 100 trilhões de dólares.
Uma das áreas em que essa abordagem é crítica é no tratamento de feridas, quando a prevenção de infecções é essencial para uma cicatrização adequada.
Por meio de anos de pesquisa e uso de tecnologia avançada, a Essity desenvolveu alternativas eficazes para o tratamento de feridas infectadas com a marca Cutimed, sem recorrer aos antibióticos. “Quando o paciente não apresentar sintomas sistêmicos como febre, por exemplo, o tratamento tópico com antimicrobiano sem liberação química é uma alternativa eficaz e segura para o manejo de infecções. Os curativos Cutimed possuem a tecnologia Sorbact e a tecnologia Sorbion Sorbact, que reduzem a carga bacteriana em feridas, dispensando a necessidade de antibióticos”, afirma Natalia Barros.
A tecnologia Sorbact tem ação física pela hidrofobicidade dos microrganismos, ou seja, a tecnologia captura as bactérias na superfície do curativo e tem o poder de eliminá-las a cada troca, sem matá-las, assim não libera excreções e endotoxinas dos microrganismos no leito da lesão, além de prevenir a proliferação de microrganismos na ferida. Essa solução diminui o tempo de cicatrização e contribui para a redução da prevalência de contaminações resistentes.
“Como uma empresa líder em soluções de higiene e saúde, a resistência antimicrobiana é uma preocupação central para nós. Na Essity, trabalhamos há anos no desenvolvimento de soluções que estão transformando o tratamento de feridas ao reduzir o uso de antibióticos”, comenta Natalia Barros.
“Hoje em dia, é mais importante do que nunca buscar novas maneiras de tratar feridas de forma eficiente. A tecnologia presente nos nossos produtos ajuda a prevenir infecções e, ao mesmo tempo, traz uma solução prática e eficaz, que reduz a necessidade de usar antibióticos de forma excessiva. Isso é fundamental para o tratamento mais seguro e eficaz das feridas”, completa.