17ª edição
Prêmio Sesc de Literatura recebe inscrições até dia 20 de fevereiro
O Prêmio Sesc de Literatura abriu nesta semana as inscrições para a 17ª edição. Podem participar escritores com obras inéditas nas categorias conto e romance, brasileiros ou estrangeiros residentes no Brasil, maiores de 18 anos.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 20 de fevereiro pela internet.
O analista de Cultura do Serviço Social do Comércio (Sesc) Nacional Henrique Rodrigues, informou que podem participar também pessoas que se inscreveram em edições anteriores e não ganharam o prêmio. Rodrigues lembrou casos de pessoas que venceram o concurso que tinham se inscrito em outros anos, não ganharam e voltaram a participar.
O vencedor do prêmio no ano passado, Felipe Holloway, é um desses casos. “Ele já havia inscrito o livro dele em outros anos e foi melhorando o texto a cada ano, até que foi vencedor”, disse Rodrigues. Um texto pode ser inscrito várias vezes, desde que seja inédito, isto é, não tenha sido publicado, ressaltou. “Vale a pena mandar de novo [o texto]; é de graça.”
Os vencedores do prêmio nas duas categorias literárias têm a obras publicada e distribuída pela Editora Record. “Eles se tornam autores da Editora Record, assinam contrato de publicação e têm o mesmo tratamento dos outros autores da casa.” A tiragem inicial mínima é de 2 mil exemplares.
Estreantes
Em 16 anos, o concurso literário do Sesc premiou 29 autores estreantes, mas foram publicados 30 livros, porque, em um ano, uma escritora ganhou nas duas categorias: romance e conto. Henrique Rodrigues disse que a maioria dos ganhadores seguiu carreira na literatura e tem outros livros publicados. Desde sua criação, em 2003, o prêmio acumula 14 mil inscrições de livros.
No ano passado, houve recorde de inscrições. Foram 1.969 obras – 1.043 romances e 926 livros de contos.
Segundo Rodrigues, o prêmio é um projeto muito desejado e esperado pelos que querem fazer carreira na literatura.
De acordo com Rodrigues, um fato especial é que, no ano seguinte à publicação dos livros vencedores, os autores passam um ano participando de diversas atividades culturais do Sesc pelo Brasil ou de eventos em que a entidade é parceira. “Eles passam o ano inteiro conhecendo o Brasil pelo contato com os leitores. Essa é uma etapa bacana, que muda bastante a vida desses escritores, a perspectiva deles em relação ao país. É uma etapa importante do projeto.”
Reconhecimento
Os premiados ficam conhecidos, nacional e internacionalmente, pela qualidade da obra. Segundo Rodrigues, o prêmio é um atestado de qualidade literária. “Vendo o selo Sesc, todo mundo sabe que passou por um processo de seleção muito criterioso e que é um escritor que não chegou por apadrinhamento, pelo método tradicional de acesso à cadeia literária. Ele teve uma seleção bem legítima, unicamente pela qualidade do texto. Aí, as pessoas já sabem que é um livro de qualidade.”
Os vencedores do concurso serão conhecidos em junho e apresentados na programação do Sesc durante a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no litoral sul fluminense. “É a primeira apresentação pública deles”, disse Henrique Rodrigues. Ele destacou que, para os novos escritores, a participação na Flip é especial porque a feira já se consagrou como uma vitrine literária.
Segundo a assessoria de imprensa do Sesc, o processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet gratuitamente e protegidos por pseudônimos, o que impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, evitando qualquer favorecimento. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras vencedoras pelo critério da qualidade literária.
Os ganhadores do Prêmio Sesc de Literatura são convidados a participar de importantes eventos internacionais, como a Primavera Literária Brasileira, realizada em Paris, o Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal, e a Feira do Livro de Guadalajara, no México.
Operação Natal 2024
PRF inicia operações para coibir infrações nas rodovias federais
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) promete reforçar a fiscalização nas rodovias federais entre esta sexta-feira (20) e a próxima quarta-feira (25). Deflagrada à 0h desta sexta-feira (20), a Operação Natal 2024 prevê maior frequência nas rondas, além do posicionamento de equipes policiais em trechos identificados como os mais perigosos.
Durante a operação, que se estenderá até as 23h59 da quarta-feira de Natal, a PRF ampliará o efetivo policial nas rodovias federais para coibir, principalmente, as ultrapassagens indevidas. Entre janeiro e novembro deste ano, foram registradas 272.955 infrações deste tipo.
Embora o total de ocorrências tenha variado pouco em comparação ao resultado registrado em 2023 (270.165), o número de acidentes com feridos e mortos aumentou significativamente. Entre janeiro e novembro deste ano, 1.557 sinistros de trânsito associados à ultrapassagem indevida deixaram 2.287 feridos e 363 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 1.469 acidentes, com 2.263 feridos e 313 óbitos.
Em nota, o coordenador-geral de Segurança Viária da PRF, Jeferson Almeida, destaca que o motorista que realiza ultrapassagem indevida está colocando em risco não só sua própria vida, como a de seus eventuais acompanhantes e de outras pessoas.
“A ultrapassagem indevida já é perigosa por si só. Quando associada à velocidade excessiva para conseguir realizar a manobra e não se tem sucesso, os efeitos são muito danosos. São saídas de pista, colisões transversais ou frontais, circunstâncias em que o choque entre os veículos é mais intenso”, enumera Almeida.
O motorista flagrado realizando ultrapassagens indevidas pode ser multado em até R$ 2.934,70 e ter o direito de dirigir suspenso.
Rodovida
A Operação Natal 2024 é a primeira das grandes ações da Operação Rodovida 2024/2025, que a PRF lançou nesta quarta-feira (18). Com o tema Desacelere: Seu Bem Maior é a Vida, a iniciativa se estenderá até 9 de março de 2025, com o objetivo de tentar reduzir as ocorrências por excesso de velocidade nas rodovias federais.
De janeiro a outubro deste ano, o excesso de velocidade resultou em mais de 5 milhões de autos de infração – mais que o dobro dos 2,1 milhões de autuações registradas no mesmo período de 2023. Apesar da alta significativa nas infrações, a PRF registrou queda no número de sinistros de trânsito e mortes em que a causa principal foi o excesso de velocidade. De janeiro a outubro deste ano, foram 3.478 sinistros e 358 óbitos. No ano passado, foram 3.508 ocorrências e 381 mortes.
Por outro lado, entre janeiro e outubro de 2024, a PRF registrou 9.013 sinistros de trânsito atribuídos à reação tardia ou ineficiente dos condutores, o que resultou em 10.506 feridos e 575 mortes. A correlação entre o excesso de velocidade e a reação tardia ou ineficiente dos condutores é um dos principais desafios para a segurança viária. A velocidade excessiva reduz o tempo de reação necessário para desviar de obstáculos, frear a tempo ou lidar com mudanças inesperadas na via. Isso se reflete nos dados, uma vez que a velocidade elevada pode ser fator determinante em muitos sinistros de trânsito fatais com vítimas.
IBGE
Inflação que calcula reajuste do salário mínimo fica em 4,84%
O índice de inflação que faz parte do cálculo do reajuste anual do salário mínimo fechou novembro em 0,33%, chegando a 4,84% no acumulado de 12 meses. Os dados referentes ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foram divulgados nesta terça-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O salário mínimo de 2024 é de R$ 1.412. Para 2025, a regra de reajuste em vigor determina que o valor sofra duas correções. Uma é pelo INPC de 12 meses acumulado até novembro do ano anterior, 2024. Ou seja, 4,84%.
A segunda correção é o crescimento da economia de dois anos antes, no caso, 2023. No último dia 3, o IBGE revisou os dados do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) de 2023, passando de 2,9% para 3,2%.
Por essa regra, o salário mínimo de 2025 seria R$ 1.527,71. Com o arredondamento previsto em lei, a valor sobe para R$ 1,528. Reajuste de 8,22%.
Nova regra
No entanto, no início do mês, o governo enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 4614/24, que faz parte de um pacote de corte de gastos. O texto busca ajustar as despesas ligadas ao salário mínimo aos limites do chamado arcabouço fiscal – mecanismo que controla a evolução dos gastos públicos. Dessa forma, o salário mínimo continuaria a ter um ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%.
A intenção do governo é aprovar o projeto de lei ainda em 2024, de forma que a nova forma de reajuste do salário mínimo vigore para 2025. No último dia 4, o plenário da Câmara aprovou que o texto tramite em regime de urgência, o que acelera a discussão.
Caso a matéria seja aprovada, o salário mínimo receberia duas correções: os 4,84% do INPC mais 2,5%. Assim, o valor iria a R$ 1.517,34. Com o arredondamento, R$ 1.518, reajuste de 7,51% e valor final R$ 10 menor que o da regra atual.
A justificativa do governo para alteração da fórmula de reajuste é reduzir despesas que têm o salário mínimo como piso, a exemplo dos benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial.
“O projeto de lei é fundamental para dissipar incertezas que afetam os preços dos ativos da economia brasileira, garantindo resiliência ao regramento fiscal, ao mesmo tempo em que assegura maior espaço fiscal a despesas discricionárias com fortes efeitos multiplicadores, como os investimentos públicos”, justifica o governo na mensagem que acompanha o projeto.
Revisão
Sendo ou não aprovado o projeto, o governo terá que revisar cálculos, pois o PL Orçamentário Anual para 2025 – enviado para o Congresso Nacional em 30 de agosto – estimava reajuste de 6,87% para o salário mínimo, o que elevaria para R$ 1.509.
O percentual de 6,87% era composto por 3,82% – previsão do INPC – mais 2,91% – crescimento do PIB de 2023 antes de ser revisto pelo IBGE.
INPC x IPCA
O INPC conhecido nesta terça-feira tem divulgação sempre paralela a outro índice do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), comumente chamado de inflação oficial. A diferença entre ambos é que o INPC apura a variação do custo de vida para as famílias com renda de até cinco salários mínimos. Já o IPCA, até 40 salários mínimos.
O IPCA fechou novembro em 0,39% e acumula 4,87% em 12 meses.
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