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Líder do Movimento Resistência Popular é preso pela Polícia Civil acusado de extorsão

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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nas primeiras horas desta terça-feira (1º) o líder do Movimento de Resistência Popular (MRP), Edson Francisco da Silva, de 35 anos, a esposa dele, Ilka da Conceição Carvalho, de 26 anos, e outros cinco integrantes do grupo. Três estão foragidos. As investigações apontam que eles extorquiam dinheiro de pessoas beneficiadas com o auxílio-aluguel, concedido pelo governo de Brasília a famílias sem condição comprovada de moradia.

O valor de R$ 600 é exclusivo para arcar com aluguel de imóvel residencial. No entanto, de acordo com a Polícia Civil, cada beneficiário era coagido a repassar R$ 300 à liderança do movimento. “Inicialmente, a cobrança era de R$ 50 por mês. Eles falavam que o dinheiro era necessário para manutenção do grupo”, informou o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, responsável pela operação, Luiz Henrique Sampaio.

Os criminosos fingiam ter influência sobre a lista de beneficiados e ameaçavam retirá-los do programa. “Depois, isso evoluía para ameaças verbais e até mesmo violência física, com uso de arma de fogo”, contou o delegado. A investigação teve início em setembro, depois que vítimas do grupo começaram a fazer denúncias.

A polícia espera que, com a divulgação das prisões, outras pessoas denunciem os abusos. Já estão comprovadas pelo menos 80 vítimas do golpe.

Presos
Além de Edson e Ilka, detidos em Brazlândia, na casa dos pais da mulher, foram para a cadeia Gilson Arcanjo da Silva, de 36 anos; Edmilson Gonçalves, de 44 anos, e a esposa dele, Sandra Pereira Meireles, de 30 anos; Berto Florêncio dos Santos, de 27 anos; e Diego Barbosa de Souza, de 34 anos. As prisões ocorreram em Ceilândia, em Planaltina, no Recanto das Emas, em Samambaia e no Plano Piloto.

Com Gilson, apreenderam-se quatro armas de fogo, munição e uma espada. Os policiais também recolheram uma algema, uma balança de precisão e uma pequena porção de maconha, além de documentos que auxiliarão nas investigações e do carro utilizado por Edson e a esposa. “Chamou a nossa atenção o fato de ele e Ilka circularem em um veículo de R$ 85 mil, adquirido no início deste ano”, destacou Luiz Henrique Sampaio. O carro foi parcelado, e mais de R$ 30 mil já foram quitados. O casal ainda alugava um apartamento de classe média, em Taguatinga, no Residencial Varandas — palavra que dá nome à operação deflagrada hoje (1º), às 5 horas.

A delegacia especializada ainda apreendeu parte do material furtado do Hotel St. Peter em setembro, como televisores, chuveiros elétricos, bebidas e roupas de cama e de mesa. Segundo as investigações, a maior parte dos produtos não foi recuperada por já ter sido vendida. Também foram apreendidos R$ 26 mil na casa de um dos foragidos. A suspeita é que esse dinheiro seja referente à extorsão do auxílio-aluguel pago há poucos dias pelo governo.

Homicídio
Edmilson Gonçalves do Nascimento, um dos integrantes do grupo que fazia a segurança do líder do MRP, cometeu um homicídio há cerca de duas semanas, em Padre Bernardo (GO). Segundo o delegado, Edson procurava pessoas com histórico criminal para assumirem a função de segurança. A maior parte tinha envolvimento com tráfico de drogas. Eles recebiam parte do dinheiro extorquido.

“O Edson ocultava a riqueza. A gente percebia que, quando ele ia para o acampamento, parava o carro longe”, resume Sampaio. O grupo responderá por extorsão, formação de quadrilha armada, furtos e, eventualmente, lavagem de dinheiro. Os crimes podem render até 30 anos de prisão. “Individualmente, ainda temos tráfico de drogas e homicídio.”

Articulação
O Movimento de Resistência Popular foi criado após Edson Francisco Silva e outros militantes serem expulsos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), em maio deste ano, por violação grave dos princípios do grupo. Desde então, Edson organiza invasões a locais e espaços públicos e privados reivindicando o pagamento de auxílio-aluguel para as famílias que o seguem. A polícia ainda investiga a denúncia de que o homem já cobrasse, dentro do MTST, parte do auxílio-aluguel dos beneficiários.

Vindo de São Paulo, Edson começou a atuar na capital do País em julho de 2011. Nessa época, reunia-se com lideranças comunitárias da Estrutural, de Ceilândia e de Brazlândia para convencê-las a agir de forma mais agressiva. O objetivo seria ganhar visibilidade midiática. A articulação lhe rendeu o posto de coordenador regional do MTST no DF.

Primeira grande invasão
A invasão em Ceilândia Norte, que ganhou o nome de Novo Pinheirinho, foi a primeira grande ação organizada por Edson em Brasília. Em 21 de abril de 2012, cerca de mil pessoas ocuparam as proximidades da QNR. Após negociação com o governo, 1.449 famílias foram cadastradas em programas sociais de moradia. Dessas, 620 passaram a receber, durante três meses, o auxílio-aluguel, na época de R$ 408.

Denúncias de que o coordenador e outros militantes estariam cobrando uma cota em cima do auxílio-aluguel de algumas famílias criaram um mal-estar com a coordenação nacional do MTST. Edson foi expulso.

Em 17 de maio deste ano, um grupo liderado por Edson reuniu-se em Ceilândia Norte, na Praça da Bíblia, onde decidiu promover uma manifestação na Rodoviária do Plano Piloto no dia seguinte. A ação atraiu mais pessoas, chegando a 250 participantes.

Em junho, o grupo invadiu por quase três dias o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), da 614/615 Sul, e, em 1º de julho, a sede da Secretaria de Fazenda, no Setor Bancário Norte. Depois de sair do órgão no dia seguinte, o movimento ficou até 12 de setembro em um estacionamento do setor. Depois, invadiu o Hotel St. Peter, no Setor Hoteleiro Sul. Ainda em setembro, os integrantes foram levados ao antigo Clube Primavera, em Taguatinga. Em 23 de outubro, eles seguiram para o antigo Torre Palace Hotel, no Setor Hoteleiro Norte, onde continuam até hoje.

Atualizado em 01/12/2015 – 22:36.

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Segurança Pública

Sete RAs do Distrito Federal estão há mais de um ano sem registrar homicídios

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Ao Vivo de Brasília
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Foto/Imagem: Divulgação/Sinpol-DF

O Distrito Federal tem reduzido de forma consistente o número de homicídios. Em 2024, alcançou as menores taxas já verificadas em toda a série histórica, chegando à redução de 35% no total de homicídios registrados em outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Como efeito positivo da estabilidade dos dados, algumas regiões administrativas têm se destacado e estão há mais de um ano sem registros desta natureza criminal.

Em novembro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal completaram 12 meses sem registro de homicídios. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressalta o esforço das forças de segurança, das demais áreas de governo e da sociedade civil na redução desses crimes: “O planejamento constante de nossas ações, tanto preventivas quanto repressivas, pautadas na integralidade, converge para promover a pacificação das regiões administrativas”.

O monitoramento dos crimes no DF, desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mostra, ainda, que Jardim Botânico, Cruzeiro, Riacho Fundo, Varjão e Arniqueira também integram a lista das cidades sem registro de homicídio em 12 meses.

“Trabalhamos para que todas as regiões administrativas alcancem essas taxas. Reconhecemos que ainda temos a evoluir e estamos constantemente em busca de novas soluções e parcerias com esse foco. No entanto, esses resultados precisam ser evidenciados e demonstram que o programa DF Mais Seguro – Segurança Integral está no caminho certo”, assegura Avelar.

Para a comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Ana Paula Barros Habka, os números refletem as permanentes ações da corporação pautadas em dados e estudos analíticos deste fenômeno criminal. “O policiamento ostensivo do Distrito Federal é permanentemente orientado pelos dados e análises de manchas criminais, sendo determinante para uma maior eficiência das ações de prevenção.”

O delegado-geral da Polícia Civil, José Werick, destaca, ainda, a atuação da instituição na responsabilização dos autores de crimes de homicídio. “Nosso empenho é intenso para que nenhum caso fique sem solução no Distrito Federal. Prova disso é a recente pesquisa divulgada pelo Instituto Sou da Paz, que nos posicionou como a unidade da Federação com a maior taxa de elucidação de homicídios do país”, afirma.

Operações integradas

A Subsecretaria de Operações Integradas da SSP-DF promove sistematicamente reuniões técnicas com as forças de segurança pública e demais agências do Governo do Distrito Federal (GDF) para aprimoramento do planejamento das ações com foco na redução de homicídios. A subsecretária Cintia Queiroz enfatiza que esses encontros são fundamentais para que todos possam atuar com o mesmo foco.

“Reuniões integradas entre diferentes esferas de governo, forças de segurança e sociedade civil são fundamentais para o enfrentamento da violência. Ao promover o compartilhamento de informações, a articulação de estratégias conjuntas e a troca de experiências, essas reuniões contribuem para a aplicação de políticas públicas e planejamento operacional mais eficazes e direcionadas”

Evidências

A Subsecretaria de Gestão da Informação é o setor encarregado da análise de dados e da elaboração de estudos diagnósticos na área de segurança pública. O papel dela é crucial no planejamento tático-operacional, fornecendo informações estratégicas para a execução de ações integradas.

“É imprescindível entender a dinâmica criminal em todo o Distrito Federal, considerando as particularidades regionais e as principais causas dessas ocorrências, para orientar de maneira mais eficaz a atuação conjunta das forças de segurança. Desta forma, estamos sempre em busca de criar ferramentas e análises que possam contribuir com nossas políticas e para servir de base para atuação de nossas forças de segurança”, ressalta o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto.

Pesquisas recentes

Segundo o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a capital federal tem a segunda menor taxa de homicídio: 13%. A cidade só perde para Florianópolis (8,9%), capital de Santa Catarina. Os dados se referem ao ano de 2022. Salvador (BA), Macapá (AP) e Manaus (AM) figuram entre as capitais com o maior número de assassinatos.

DF Mais Seguro – Segurança Integral

O programa DF Mais Seguro tem sido fundamental para o fortalecimento das políticas de segurança pública, por meio de uma abordagem inovadora, com base na integralidade, ou seja, com a participação de órgãos governamentais e população. Lançado há um ano, o objetivo da reformulação da política era sustentar a redução histórica da criminalidade no DF. A política, que vinha sendo implementada desde o início de 2023, foi oficialmente lançada em novembro do ano passado.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:17.

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Secretaria de Justiça e Cidadania

Carreta do Na Hora estará em Samambaia nesta sexta (22) e sábado (23)

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Unidade Móvel Na Hora
Foto/Imagem: Divulgação/Sejus-DF

Dois dias de atendimento de serviços prestados por órgãos públicos estarão disponíveis para a comunidade na Unidade Móvel do Na Hora em Samambaia. A carreta estará nesta sexta-feira (22), das 9h às 16h, e no sábado (23), das 9h às 12h, em frente à administração regional da cidade.

A unidade móvel oferece à população serviços do BRB, Caesb, Codhab, Detran-DF, INSS, Neoenergia, Procon-DF, Receita Federal, entre outros. O Na Hora é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF).

“Essa é a grande oportunidade de a comunidade local resolver as suas pendências ao lado de casa. A Carreta do Na Hora concentra os serviços prestados por órgãos públicos aos cidadãos e isso desburocratiza os serviços. E a Sejus trabalha para isso: facilitar a vida da população do DF. O Na Hora traz agilidade e conforto e prioriza a cidadania”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Lançada em fevereiro de 2022, a unidade móvel do Na Hora já promoveu 34.452 atendimentos à população. Também chamada de Carreta do Na Hora ou Na Hora Móvel, a iniciativa busca facilitar o acesso do cidadão, especialmente daqueles que vivem nas regiões mais distantes e vulneráveis do Distrito Federal, aos serviços de órgãos parceiros.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:16.

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