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Efeito Covid-19

Petrobras registra prejuízo de R$ 48 bilhões no primeiro trimestre

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Foto/Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters
Vladimir Platonow

A Petrobras registrou prejuízo de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O dado foi divulgado na noite desta quinta-feira (14) pela companhia em seu site dirigido a investidores. As receitas de vendas atingiram R$ 75,469 bilhões. A pandemia de Covid-19 foi um dos fatores que ajudaram a piorar os resultados da companhia.

A receita líquida se reduziu 7,7% no primeiro trimestre de 2020, em comparação ao quarto trimestre de 2019 devido à queda do petróleo tipo Brent, o mais valorizado, e ao menor volume de venda de derivados no mercado interno, com destaque para diesel, gasolina e querosene de aviação (QAV.)

“Estes produtos foram os mais afetados pelos impactos das medidas de isolamento social implementadas devido à Covid-19 a partir do mês de março. O diesel, a gasolina e o GLP [gás de cozinha] também sofrem efeitos sazonais no período, já que o quarto trimestre apresenta maior atividade industrial e temperaturas menores. As receitas com gás natural cairam 13% devido à queda na demanda e no preço”, informou a companhia.

Em comunicado aos investidores, o presidente da estatal, Roberto Castello Branco, destacou os efeitos danosos à economia causados pela pandemia de Covid-19, que acabaram atingindo fortemente o mercado de petróleo mundial.

“A pandemia global ameaça nossas vidas e nossa subsistência. A principal medida de saúde pública acabou tendo como consequência uma recessão global, sincronizada e profunda, na ausência do conhecimento de opções mais eficazes. A indústria global de petróleo e gás foi duramente atingida e se vê diante de sua pior crise dos últimos 100 anos”, escreveu Castello Branco.

Segundo o presidente da estatal, para enfrentar a crise, foi privilegiada a liquidez, sacando linhas de crédito compromissadas e postergando desembolsos de caixa, como os relativos a salários de executivos, pagamentos de remuneração variável e da parcela restante de dividendos.

“Cortamos US$ 3,5 bilhões de investimentos previstos para este ano, hibernamos 62 plataformas operando em águas rasas que, diante de um cenário de preços baixos de petróleo, passaram a produzir sangria de caixa, e estamos renegociando contratos com grandes fornecedores visando à ampliação de prazos de pagamentos e redução de preços. Terminamos o primeiro trimestre de 2020 com saldo de caixa de US$ 15,5 bilhões, o que implicou em aumento de dívida de apenas US$ 2,1 bilhões em relação a dezembro de 2019”, detalhou o presidente.

O relatório completo com os resultados do primeiro trimestre de 2020 pode ser acessado na página da companhia na internet.

#VacinaBrasil

Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo

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Ao Vivo de Brasília
vacina sarampo Brasil
Foto/Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença no primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado no Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.

A docente Profª Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto. “Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de cinco anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros”.

O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico. “Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos”, explica.

Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação. “A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus”, comenta.

Quem pode se vacinar?

O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola. Devem buscar uma unidade de saúde:

Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.

Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.

É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do seu bebê.

“Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, tomarem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade”, reforça a especialista.

Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença. “Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade”, conclui Janize.

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Painel de Monitoramento das Arboviroses

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

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Ao Vivo de Brasília
dengue Brasil 2025
Foto/Imagem: Freepik

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

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