Brasil
Pandemia de Covid-19 aumenta as buscas por soluções digitais
Um comentário frequente nas redes sociais questiona o que mais acelerou a digitalização do mercado brasileiro e a resposta majoritária é a Covid-19. Medidas como o isolamento social em diversas cidades forçaram muitos empresários a procurar por soluções digitais para manter o funcionamento de suas atividades.
Neste conceito, as empresas recorreram a orientações do Sebrae e outras instituições em busca de soluções para destacá-las nas pesquisas orgânicas do Google, divulgação por meio de aplicativos de comida, exposição nas redes sociais e até mesmo a promoção por meio de anúncios patrocinados.
No meio deste caminho estava a falha do processo, já que muitos deles jamais investiram no universo digital.
Algumas pesquisas que envolvem a criação de um site e a opções de divulgação online tiveram forte crescimento no Google e indicam a necessidade por tais soluções, por exemplo:
- Como vender cursos online já subiu mais de 130%
- Nome para loja virtual cresceu 120%
- Criar site de vendas cresceu 90%
- Como vender pela internet cresceu mais de 50%
Alguns nichos também apontam forte crescimento nas buscas, o que pode ser uma boa oportunidade de investimento no médio e longo prazo.
De acordo com o Google Trends, as pesquisas por sexshop subiram mais de 300% durante o isolamento e o público busca por:
- Lingerie
- Estimulante sexual feminino
- Camisinhas
Apenas como exemplo, as pesquisas sobre como funciona a camisinha feminina subiram 1.650%. Isso prova que o mercado adulto é uma grande oportunidade de investimento.
Números impressionam
Apenas na primeira semana de abril, o comércio eletrônico já obteve alta de 18,5% nas vendas, de acordo com dados do e-Bit.
Sem poder sair de casa, o público mudou o comportamento. Além de ampliar o consumo de entretenimento e o boom das lives, inclusive com problema de monetização no YouTube e o recorde de novos assinantes da Netflix, o interesse de compra agora é outro.
Segundo levantamento do e-Bit, as vendas de eletrodoméstico subiram 21%, enquanto que acessórios de informática aumentaram 22,3%, casa e decoração subiram 23,5% e alimentos cresceram 21,7%.
Bens duráveis, turismo e artigos de luxo sofreram queda, mas diversos outros segmentos estão surfando firme na onda da digitalização.
Setores como educação e saúde estão se reinventando com o oferecimento de consultas online e também com escolas passando a ministrar aulas virtuais pela primeira vez para crianças e adolescentes.
Todas estas novidades criam uma nova realidade que deve ser mantida, mesmo após o fim do isolamento social.
Isso amplia as oportunidades para trabalhadores das áreas de tecnologia, já que mais empresários vão ofertar seus produtos e serviços na internet.