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Estoques acabaram há meses

Paciente crônico tenta obter remédios de R$ 10 mil na rede pública

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Pacientes que fazem tratamentos de alta complexidade enfrentam, há meses, dificuldades para conseguir medicamentos na Farmácia de Alto Custo e em outras centrais de distribuição da capital. O servidor público Jorge Washington Junior, de 28 anos, afirma que precisou pedir ajuda a amigos e ao próprio médico para tratar doenças crônicas no intestino e no fígado. Os dois compostos, juntos, custam até R$ 10 mil mensais.

Em tratamento há 16 anos, Junior é portador de retocolite ulcerativa, doença que provoca pequenas ulcerações e inflamações na porção final do intestino, e de colangite hepática, que ataca o fígado e causa inflamação nas vias biliares.

“Essas doenças não têm cura, são associadas e autoimunes. Com o tempo, a medicação começa a não fazer efeito e você passa a usar outras, com efeitos maiores”, diz o morador do Guará.

De fórmula em fórmula, o servidor chegou a um dos medicamentos mais eficazes no controle da retocolite – o adalimumabe, vendido sob o nome comercial Humira. A caixa contém duas injeções, aplicadas pelo próprio paciente a cada 15 dias. Apesar do método simples, cada caixa custa R$ 9 mil na rede privada. O medicamento é padronizado pela Farmácia de Alto Custo do DF, mas está em falta desde outubro.

Para controlar a colangite aguda, Junior precisa tomar cinco comprimidos diários de ácido ursodesoxicólico, ou Ursacol. Cada caixa com 30 compridos dura seis dias e custa R$ 190 – por mês, são R$ 950. O composto é distribuído na Farmácia Ambulatorial do Hospital de Base, mas os estoques acabaram em novembro.

Em nota enviada ao G1, a Secretaria de Saúde informou que o processo para a compra do Humira e do Ursacol estava em fase final, aguardando apenas trâmites burocráticos e a entrega dos produtos. Nesta quinta (7), Junior afirma que as medicações continuavam em falta. “Liguei nas duas farmácias, disseram que não tem estoque e não tem expectativa de reposição.”

Risco alto
Apesar de não ter cura, a retocolite ulcerativa pode ficar “dormente” por longos períodos, com uso da medicação adequada. Sem tratamento, o paciente pode sofrer com crises dos principais sintomas.

“São crises de diarreia, às vezes acompanhadas de sangramento, e você precisa fazer uma série de alterações na alimentação. Quando vem a crise, você não consegue trabalhar, vai várias vezes ao banheiro, emagrece por causa da dieta restrita, além de afetar o psicológico da pessoa. Em setembro, passei três semanas sem tomar e acabei ficando de atestado no mesmo período”, diz o servidor.

Junior recebe o Humira desde quando a medicação anterior passou a resultar em alergia e taquicardia, há cerca de um ano e meio. Além do DF, apenas o governo do estado de São Paulo fornece essa medicação sem custos aos pacientes – ela não está na lista padronizada em todo o país pelo Ministério da Saúde.

Embora o medicamento seja mais barato, os sintomas da colangite são considerados mais perigosos. A doença causa “enrijecimento” do fígado e pode levar à necessidade de um transplante.

“Até agora, a minha está bem controlada porque tomo a medicação fielmente. Em novembro, cheguei na farmácia e o rapaz disse que tinha acabado de acabar. Desde então, nunca mais chegou.”

Para manter o estoque de Ursacol, o servidor público diz que está comprando em farmácias tradicionais, mas precisou recorrer à ajuda dos pais. Sem condições de arcar com os R$ 9 mil mensais do Humira, Junior contou com a ajuda do médico e de outros pacientes.

“Só arranjei essa medicação porque meu médico, que é particular, conseguiu uma caixa com outro paciente dele, que tem doença de Crohn. É uma doença parecida. Como o caso dele estava mais controlado, ele tinha uma caixa extra que conseguiu me passar. Através dele, consegui outra pessoa com outra caixa, e assim por diante. A partir do próximo mês, já não sei se vou conseguir isso.”

Em outubro, após a crise de retocolite, Junior entrou na Justiça para obrigar o GDF a oferecer a medicação. A decisão favorável saiu em novembro, mas até esta sexta (8), o jovem continuava sem acesso aos remédios.

Na nota enviada ao G1, a pasta afirmou que “tenta cumprir todas as demandas judiciais”, mas disse que não pode fazer a compra avulsa da substância porque ela faz parte da lista de medicamentos padronizados.

Mateus Rodrigues, G1 DF

Atualizado em 11/01/2016 – 11:48.

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Segurança Pública

Sete RAs do Distrito Federal estão há mais de um ano sem registrar homicídios

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O Distrito Federal tem reduzido de forma consistente o número de homicídios. Em 2024, alcançou as menores taxas já verificadas em toda a série histórica, chegando à redução de 35% no total de homicídios registrados em outubro deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Como efeito positivo da estabilidade dos dados, algumas regiões administrativas têm se destacado e estão há mais de um ano sem registros desta natureza criminal.

Em novembro, Candangolândia e Sudoeste/Octogonal completaram 12 meses sem registro de homicídios. O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressalta o esforço das forças de segurança, das demais áreas de governo e da sociedade civil na redução desses crimes: “O planejamento constante de nossas ações, tanto preventivas quanto repressivas, pautadas na integralidade, converge para promover a pacificação das regiões administrativas”.

O monitoramento dos crimes no DF, desenvolvido pela Subsecretaria de Gestão da Informação da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), mostra, ainda, que Jardim Botânico, Cruzeiro, Riacho Fundo, Varjão e Arniqueira também integram a lista das cidades sem registro de homicídio em 12 meses.

“Trabalhamos para que todas as regiões administrativas alcancem essas taxas. Reconhecemos que ainda temos a evoluir e estamos constantemente em busca de novas soluções e parcerias com esse foco. No entanto, esses resultados precisam ser evidenciados e demonstram que o programa DF Mais Seguro – Segurança Integral está no caminho certo”, assegura Avelar.

Para a comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Ana Paula Barros Habka, os números refletem as permanentes ações da corporação pautadas em dados e estudos analíticos deste fenômeno criminal. “O policiamento ostensivo do Distrito Federal é permanentemente orientado pelos dados e análises de manchas criminais, sendo determinante para uma maior eficiência das ações de prevenção.”

O delegado-geral da Polícia Civil, José Werick, destaca, ainda, a atuação da instituição na responsabilização dos autores de crimes de homicídio. “Nosso empenho é intenso para que nenhum caso fique sem solução no Distrito Federal. Prova disso é a recente pesquisa divulgada pelo Instituto Sou da Paz, que nos posicionou como a unidade da Federação com a maior taxa de elucidação de homicídios do país”, afirma.

Operações integradas

A Subsecretaria de Operações Integradas da SSP-DF promove sistematicamente reuniões técnicas com as forças de segurança pública e demais agências do Governo do Distrito Federal (GDF) para aprimoramento do planejamento das ações com foco na redução de homicídios. A subsecretária Cintia Queiroz enfatiza que esses encontros são fundamentais para que todos possam atuar com o mesmo foco.

“Reuniões integradas entre diferentes esferas de governo, forças de segurança e sociedade civil são fundamentais para o enfrentamento da violência. Ao promover o compartilhamento de informações, a articulação de estratégias conjuntas e a troca de experiências, essas reuniões contribuem para a aplicação de políticas públicas e planejamento operacional mais eficazes e direcionadas”

Evidências

A Subsecretaria de Gestão da Informação é o setor encarregado da análise de dados e da elaboração de estudos diagnósticos na área de segurança pública. O papel dela é crucial no planejamento tático-operacional, fornecendo informações estratégicas para a execução de ações integradas.

“É imprescindível entender a dinâmica criminal em todo o Distrito Federal, considerando as particularidades regionais e as principais causas dessas ocorrências, para orientar de maneira mais eficaz a atuação conjunta das forças de segurança. Desta forma, estamos sempre em busca de criar ferramentas e análises que possam contribuir com nossas políticas e para servir de base para atuação de nossas forças de segurança”, ressalta o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto.

Pesquisas recentes

Segundo o levantamento do Atlas da Violência 2024, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a capital federal tem a segunda menor taxa de homicídio: 13%. A cidade só perde para Florianópolis (8,9%), capital de Santa Catarina. Os dados se referem ao ano de 2022. Salvador (BA), Macapá (AP) e Manaus (AM) figuram entre as capitais com o maior número de assassinatos.

DF Mais Seguro – Segurança Integral

O programa DF Mais Seguro tem sido fundamental para o fortalecimento das políticas de segurança pública, por meio de uma abordagem inovadora, com base na integralidade, ou seja, com a participação de órgãos governamentais e população. Lançado há um ano, o objetivo da reformulação da política era sustentar a redução histórica da criminalidade no DF. A política, que vinha sendo implementada desde o início de 2023, foi oficialmente lançada em novembro do ano passado.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:17.

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Secretaria de Justiça e Cidadania

Carreta do Na Hora estará em Samambaia nesta sexta (22) e sábado (23)

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Unidade Móvel Na Hora
Foto/Imagem: Divulgação/Sejus-DF

Dois dias de atendimento de serviços prestados por órgãos públicos estarão disponíveis para a comunidade na Unidade Móvel do Na Hora em Samambaia. A carreta estará nesta sexta-feira (22), das 9h às 16h, e no sábado (23), das 9h às 12h, em frente à administração regional da cidade.

A unidade móvel oferece à população serviços do BRB, Caesb, Codhab, Detran-DF, INSS, Neoenergia, Procon-DF, Receita Federal, entre outros. O Na Hora é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus-DF).

“Essa é a grande oportunidade de a comunidade local resolver as suas pendências ao lado de casa. A Carreta do Na Hora concentra os serviços prestados por órgãos públicos aos cidadãos e isso desburocratiza os serviços. E a Sejus trabalha para isso: facilitar a vida da população do DF. O Na Hora traz agilidade e conforto e prioriza a cidadania”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Lançada em fevereiro de 2022, a unidade móvel do Na Hora já promoveu 34.452 atendimentos à população. Também chamada de Carreta do Na Hora ou Na Hora Móvel, a iniciativa busca facilitar o acesso do cidadão, especialmente daqueles que vivem nas regiões mais distantes e vulneráveis do Distrito Federal, aos serviços de órgãos parceiros.

Atualizado em 22/11/2024 – 06:16.

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