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Kezia Balena

Outubro Rosa: a radiologia em ação na luta contra o câncer de mama

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Tomossíntese mamografia câncer de mama
Foto/Imagem: Freepik


De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama foram estimados em 2020 em todo o mundo, representando cerca de 24,5% de todas as neoplasias expressas em mulheres. No Brasil, em 2023, foram estimados 73.610 novos casos, resultando em uma taxa de incidência de 66,54 casos para cada 100 mil mulheres.

A especialista e coordenadora do curso de tecnólogo em radiologia da Estácio, professora Kezia Balena, explica como os exames de imagem podem ajudar na luta contra o câncer de mama. Ela afirma: “A mamografia é um exame crucial para a detecção precoce do câncer de mama. No Brasil, de acordo com as Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama, a mamografia é o único exame cuja eficácia na redução do avanço da doença foi comprovada em programas de rastreamento populacional”.

“A mamografia é capaz de identificar tumores em estágios iniciais, antes que se tornem palpáveis ou apresentem sintomas. Essa detecção precoce permite um diagnóstico mais ágil, aumentando significativamente as chances de cura e possibilitando tratamentos menos agressivos”, disse a professora. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o diagnóstico precoce feito por meio da mamografia aumenta em 90% as chances de cura.

Além da mamografia, a especialista relata que outros exames podem contribuir para a detecção precoce, são eles:

– Ultrassonografia: pode ser utilizada como complemento à mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas ou para avaliar áreas suspeitas identificadas na mamografia.

– Ressonância Magnética (RM): pode ser indicada para mulheres com alto risco de câncer de mama ou para avaliar achados inconclusivos em outros exames.

– Tomossíntese: uma forma avançada de mamografia que cria imagens tridimensionais da mama, podendo melhorar a detecção em alguns casos.

A radiologia também se torna um importante aliado para uma possível cura e no acompanhamento da doença. “O diagnóstico é essencial para identificar e caracterizar lesões suspeitas, ter o estadiamento que auxilia a determinar a extensão da doença, o que é crucial para planejar o tratamento adequado. Outra parte fundamental que a radiologia contribuiu no monitoramento do tratamento, durante a quimioterapia ou radioterapia, exames de imagem são utilizados para avaliar a resposta do tumor ao tratamento”.

O Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia ressalta que as técnicas radiológicas, especialmente a mamografia, são consideradas o padrão ouro na radiologia. Estes exames devem ser realizados por profissionais qualificados e capacitados, garantindo a precisão e a eficácia no diagnóstico.

Saúde em dia

Janeiro Roxo alerta para importância do diagnóstico precoce de hanseníase

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Janeiro Roxo hanseníase
Foto/Imagem: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Dados da Secretaria de Saúde indicam que os casos de hanseníase diminuíram nos últimos três anos no Distrito Federal. Foram registradas 108 ocorrências em 2024. O número é 29,4% menor que os 153 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 130 registros da doença. Apesar da diminuição, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior ocorrência de casos, segundo o Ministério da Saúde (MS). Com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde, o mês de janeiro levanta atenção para o diagnóstico precoce da doença, fundamental para uma boa recuperação.

Atualmente, a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa interromper a transmissão e alcançar a meta de zero casos. A subnotificação e o atraso do diagnóstico podem levar a sequelas a longo prazo. “O Janeiro Roxo coloca a doença em evidência e desperta a atenção da população para eventuais sintomas e lesões para os quais não haviam procurado assistência, geralmente por não achar que fosse algo importante”, enfatizou a Referência Técnica Distrital em dermatologia da SES-DF, Ana Carolina Igreja. “Também desperta nos próprios profissionais um alerta para a doença”, completou.

Sintomas

A hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, é uma doença que atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar sequelas como deformidades e incapacidade físicas, e comprometer os nervos periféricos, extremidades e a pele. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado.

A especialista da SES-DF explica que o diagnóstico tardio decorre, muitas vezes, da negligência aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “Os sinais mais comuns são manchas com sensibilidade alterada. Mas nódulos eritematosos [caroços vermelhos, dolorosos e inchados], áreas com alteração de sensibilidade, áreas com diminuição sudorese [suor] e pilificação [pelos no corpo] também são sintomas frequentes”, detalhou.

Tratamento

A doença tem cura e o tratamento, padronizado pelo MS, é realizado por meio da associação de três antimicrobianos, denominada de Poliquimioterapia Única (PQT). O tempo pode variar de seis a 12 meses, de acordo com a forma clínica da doença.

No DF, o atendimento às suspeitas é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs), que encaminham os casos em que haja necessidade aos serviços de referência – no Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB).

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Xô, dengue!

Estações do Metrô-DF recebem ação de combate ao Aedes aegypti

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combate à dengue Metrô-DF
Foto/Imagem: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Sete estações do Metrô-DF receberam, neste sábado (25), uma ação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Seis agentes de vigilância ambiental realizaram a aplicação de 133 litros de inseticida por meio da técnica chamada de borrifação residual intradomiciliar.

“O produto cria uma camada protetora e irá afetar o mosquito quando pousar no local”, explica o chefe do Núcleo de Controle Químico e Biológico da SES-DF, Anderson Leocadio. A aplicação ocorre nas paredes, locais onde os insetos costumam pousar. O produto não é perigoso para humanos nem animais de estimação – os agentes utilizam roupas de proteção porque fazem a diluição do produto.

A ação de hoje ocorreu nas estações Central, Galeria, 102, 106, 108, 110 e 112. Até o fim de fevereiro, as equipes da SES-DF vão realizar o trabalho em todas as estações, sempre nos fins de semana. A Rodoviária do Plano Piloto e a Rodoviária Interestadual receberam a borrifação residual intradomiciliar.

“São selecionados locais de grande circulação de pessoas e a proteção também se estende a quem mora ou trabalha nas proximidades”, explica o servidor. Ele ressalta, porém, ser necessário manter os demais cuidados para a prevenção da dengue, como a eliminação de possíveis locais de proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Resultados

Além das visitas diárias dos agentes de vigilância ambiental em residências de todo o DF, a SES-DF adotou novas estratégias de combate ao mosquito transmissor da dengue, como instalações de estações disseminadoras de larvicidas e de armadilhas – chamadas de ovitrampas.

“Trabalhamos diariamente em diversas frentes para combater o mosquito Aedes aegypti. Lembrando que se trata do mesmo vetor da zika e da chikungunya. O governador Ibaneis Rocha tem nos dado todo o apoio para realizarmos as ações necessárias”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. Desde janeiro do ano passado, por exemplo, foram convocados 495 novos agentes de vigilância ambiental.

Medidas preventivas

Aedes aegypti é um mosquito pequeno, de cor escura e com listras brancas no corpo e nas pernas. Ele se reproduz em água parada, o que significa que qualquer recipiente, por menor que seja, pode se tornar um criadouro. Vasos de plantas, pneus, garrafas e até mesmo tampinhas de garrafas são locais ideais para o inseto depositar seus ovos.

Confira as principais ações de cuidados que se deve ter para evitar a proliferação do mosquito:

→ Elimine focos de água parada. Verifique semanalmente sua casa e quintal para eliminar qualquer recipiente que possa acumular água. Mantenha caixas d’água, tonéis e barris bem tampados.

→ Use repelentes. Aplicar repelente nas partes expostas do corpo ajuda a evitar picadas. Reaplique conforme as instruções do fabricante, especialmente se estiver ao ar livre.

→ Proteja a casa. Instale telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos. Mosquiteiros sobre as camas também são uma boa opção.

→ Mantenha-se informado. Acompanhe as campanhas de conscientização e siga as orientações das autoridades de saúde.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, o Distrito Federal registrou 1.421 casos prováveis de dengue. No mesmo período de 2024, foram registrados 29.510 casos prováveis da doença, uma redução de 95,4%.

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