Repertório
Orquestra Sinfônica contempla artistas nacionais em junho
Obras de artistas brasileiros terão destaque na programação de junho da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. As apresentações vão contemplar compositores nacionais de renome, como Camargo Guarnieri, Heitor Villa-Lobos e Radamés Gnatalli.
Outro destaque do mês será a homenagem ao maestro Claudio Santoro, que faria 100 anos em 2019 e dá nome à orquestra.
A primeira exibição da sinfônica ocorrerá na terça-feira (5), no Cine Brasília, na 106/107 Sul. A proposta é proporcionar uma experiência leve e alegre ao público, na volta à rotina após o feriado prolongado de Corpus Christi (31).
Para isso, os músicos tocarão as peças Dança Brasileira, de Camargo Guarnieri, e Retratos, de Radamés Gnatalli. Nessa última, são homenageadas referências do chorinho, como Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. O grupo brasiliense Sai da Frente é o convidado especial da noite, com participação de Victor Angeleas no bandolim. A regência é do maestro Cláudio Cohen.
Na sexta-feira (8), a Orquestra Sinfônica se une à banda de música do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para inaugurar o teatro da corporação, no Setor Policial Sul.
O repertório inclui obras como Capricho Italiano, de Tchaikovsky, compositor russo cuja morte completa 125 anos em 2018. Também regidos pelo maestro Cláudio Cohen, está prevista a execução de Salute to the Cinema, de Karl Stromenn; Libertango, de Astor Piazzolla; e Dança Eslava Opus 46 nº 1, de Antonin Dvořák.
Para celebrar a obra e a contribuição de Claudio Santoro para a música brasileira, a orquestra tocará, na terça-feira (12), a Sinfonia nº 9, de autoria do maestro e compositor amazonense. A apresentação, no Cine Brasília, conta ainda com passagens pelo jazz, com Rhapsody in Blue, de George Gershwin. A solista convidada é Fabíola Pinheiro, no piano, com a condução de Cláudio Cohen.
O jazz também toma lugar na orquestra com o Festival CCBB in Concert, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, no sábado (16).
Nesse dia, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro recebe os saxofonistas estadunidenses Brandford Marsalis e Paula Goes. Juntos, executam Concerto para dois saxofones e orquestra, de Sebastian Bach; e Fantasia para saxofone e orquestra, de Heitor Villa-Lobos.
Estão previstas ainda as suítes Porgy and Bess, de George Gershwin; e de Star Wars, de John Williams, sob a batuta de Cláudio Cohen.
Na terça-feira (26), a regência da sinfônica fica sob responsabilidade do compositor residente Ricardo Calderoni. Ele é responsável, entre outras atribuições, por compor peças para a orquestra e terá a oportunidade de executar três de sua autoria: Brazilian Lands; Concerto para duas flautas e orquestra; e Céus Brasileiros. Nesse dia, ele também conduz a abertura da ópera Bodas de Fígaro, de W.A. Mozart, e a Sinfonia nº 8 Inacabada, de Franz Schubert.
O encerramento da temporada de junho ficará por conta do Festival Iate in Concert, no sábado (30), no Iate Clube de Brasília, no Setor de Clubes Esportivos Norte, Trecho 2. A partir das 17 horas, o público poderá acompanhar a execução de trilhas sonoras do cinema, clássicos universais e musicais. Haverá ainda shows de dança clássica e de tango. O evento conta com a participação especial do maestro João Carlos Martins e da soprano Laetitia Grimaldi.
A entrada é gratuita em todos os dias. Para a sessão no Festival Iate in Concert, é necessário retirar o ingresso antecipadamente na portaria central do clube mediante doação de três quilos de alimento não perecível. As trocas poderão ser feitas de 18 a 29 de junho, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas.
Atualizado em 04/06/2018 – 08:41.
Entrada gratuita
Edição no Clube do Choro celebra 10 anos do Festival Divas do Samba
Jovelina, Ivone, Leci, Alcione, Beth: é inquestionável a contribuição fundamental das mulheres na construção do gênero musical que é a cara do Brasil. E o samba do DF também é comandado por mulheres, ou melhor, por divas.
Clécia Queiroz, Karynna Spinelli, Karla Sangaleti, Mirian Marques, Fernanda Jacob e Gija Barbieri são os nomes confirmados para a 4ª edição do Festival Divas do Samba, evento gratuito que celebra o protagonismo feminino no samba e dá visibilidade às mulheres que representam a força do gênero musical.
O encontro, com entrada gratuita, está marcado para os dias 6 e 7 de dezembro, no Clube do Choro de Brasília, no Eixo Monumental, e vem para comemorar o Dia Nacional do Samba, celebrado em 2 de dezembro, e os 10 anos do Divas do Samba, que teve sua primeira edição em 2014.
“O protagonismo feminino no projeto Divas do Samba reafirma a contribuição e a participação das mulheres na história do samba, que no passado cediam suas casas e terreiros e, muitas vezes, deixavam que seus maridos e companheiros assumissem o protagonismo de suas composições, simplesmente para que o samba pudesse existir e prosperar”, lembra Dhi Ribeiro, cantora que é referência do samba brasiliense, e esteve presente em todas as edições do projeto e nesta temporada assina como madrinha do Divas.
A diretora-geral do projeto, Ellen Oliveira, reforça que a missão do projeto é preservar o samba, que é patrimônio imaterial, e enaltecê-lo por meio das interpretações das mulheres que vão subir ao palco do festival.
Segundo a diretora, o objetivo também é mostrar a importância da mulher no samba, seja no palco ou nos bastidores. “A equipe é majoritariamente feminina. Nós temos mulheres na parte técnica como direção de palco, luz e roadies. O festival é idealizado, produzido e apoiado no crescimento feminino, destacando a mulher na cultura”, detalha Ellen.
Referências do samba
A curadoria para a 4ª edição faz jus à grandeza desse ritmo que é patrimônio imaterial da cultura brasileira, enaltece artistas do nosso quadradinho e traz grandes nomes do samba nacional, como a pernambucana Karynna Spinelli e a baiana Clécia Queiroz.
“Traremos para o Divas o espetáculo Cabeça Feita do meu último álbum, lançado este ano. É o terceiro de minha trajetória e traz canções autorais e arranjos feitos por meus músicos e por mim. Então, vamos levar ao palco do Divas o sotaque do samba de pernambuco”, anuncia Karynna.
Ainda segundo a cantora, 10 anos de Divas reflete uma vitória muito grande para o samba. “Eu me sinto extremamente honrada em fazer parte da história do projeto. Cantei no Divas em 2019, após uma pequena pausa no meu trabalho por questões de saúde, então esse palco foi o ninho que me trouxe de volta. É muito importante termos espaços e festivais, feitos por mulheres que movimentam a cadeia da música. O Divas traz isso”, complementa Spinelli.
Sobre o Festival
O Divas do Samba chega a sua quarta edição, sendo que a estreia do festival foi em 2 de dezembro de 2014, na Torre de TV, comemoração que também contou com o talento de Dhi Ribeiro, um dos grandes nomes do samba do DF. A segunda edição foi em 2019, com um tributo inesquecível à matriarca e rainha do samba, Ivone Lara. A última edição, já no Clube do Choro, foi em homenagem à Beth Carvalho, em 2022.
Atualizado em 20/11/2024 – 09:08.
De 21/11 a 15/12
CCBB traz a Brasília obra de Torquato Neto em peça teatral com Tuca Andrada
Neste que marca o retorno do ator ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, que se tornou conhecido em todo o país por ter sido uma das principais figuras do Tropicalismo.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil – Brasília, de 21 de novembro a 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), à venda a partir de 15/11, a peça será apresentada de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30. A classificação indicativa é não recomendada para menores de 16 anos. Mais informações no site do CCBB Brasília.
Com texto de Tuca Andrada e dirigido pelo mesmo em parceria com sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora com Ariano Suassuna do Grupo Grial de Dança, o projeto surgiu a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. E se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico.
Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.
Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo é dividido em duas partes, mas sem intervalo. Na primeira, o ator mostra à assistência sua visão, impressões e marcas que teve ao se envolver com o poeta. Na segunda, o público é convocado a interagir, perguntando, fazendo observações, críticas e tirando dúvidas, o que torna o espetáculo renovado a cada noite.
Atualizado em 13/11/2024 – 10:25.
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