Pesquisa Câmara/Senado
Oito em cada 10 pessoas já leram notícias falsas em redes sociais
Oito em cada dez pessoas ouvidas em uma pesquisa sobre uso de redes sociais disseram já ter identificado notícias falsas. Entre os entrevistados, 17% relataram não ter identificado esse tipo de conteúdo. O levantamento foi elaborado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Enquanto metade (50%) dos entrevistados considerou fácil identificar uma publicação como falsa, outros 47% disseram que esta é uma tarefa difícil. Setenta e sete por cento acreditam que as notícias falsas ganham mais visibilidade do que as verdadeiras em redes sociais, enquanto 21% rejeitaram essa tese.
As redes sociais foram vistas como fonte mais confiável por 34%, enquanto outros 62% valorizam mais o que é veiculado na televisão e no rádio. No recorte por opção ideológica, a confiança maior nas redes sociais apareceu de forma mais forte entre os eleitores de direita (43%) do que entre os de esquerda (31%) e de centro (30%).
Entre os ouvidos, 83% declararam conferir a veracidade de informações antes de compartilhar com terceiros. Outros 13% responderam que não tomam este cuidado. Na checagem, o principal aspecto levado em consideração para analisar se uma notícia é confiável é a fonte dela (73%), seguida pela pessoa que compartilhou a informação (24%).
No recorte por escolaridade, o peso desses dois fatores varia. Entre as pessoas com ensino fundamental incompleto, 50% checam prioritariamente a fonte para definir se a notícia é confiável e 43% verificam quem enviou o conteúdo. Já entre os entrevistados com ensino superior incompleto ou mais 86% checam o veículo e 11% atentam para quem repassou a mensagem.
Questionados se a presença desses conteúdos prejudicou a confiança nas redes sociais, 58% responderam positivamente e 40% não tiveram sua relação abalada pela circulação de notícias falsas. No recorte por posição ideológica, eleitores de direita manifestaram menos problema na relação com as redes sociais (53%) em razão desse fenômeno do que os de esquerda (62%) e de centro (63%).
O estudo também perguntou se esses espaços virtuais deixam as pessoas à vontade para expressar opiniões preconceituosas, o que foi respondido positivamente por 90% dos participantes.
Percentual próximo, de 83%, disse acreditar que as redes sociais influenciam muito a opinião das pessoas, enquanto 15% afirmam que essas plataformas impactam “pouco” a atitude das pessoas. Essa percepção foi maior entre as pessoas com ensino superior incompleto ou completo (90%) do que entre as com fundamental incompleto (76%).
Sobre a influência das redes sociais durante eleições, 45% relataram já ter escolhido um candidato com base em informações acessadas em redes sociais. A maioria (54%), contudo, negou ter considerado esses insumos ao optar por concorrentes em pleitos eleitorais.
A sondagem perguntou aos ouvidos sobre a fonte dos conteúdos que influenciaram sua decisão de voto. O Facebook apareceu em primeiro lugar (31%), seguido por WhatsApp (29%), Youtube (26%) e Instagram (19%). No recorte por inclinação ideológica, a influência das redes sociais foi maior entre eleitores de direita (55%), do que os de esquerda (46%) e de centro (43%).
Já no recorte por faixa etária, o papel dessas empresas na escolha do candidato foi mais sentido entre jovens (51%) do que entre idosos (35%). Na avaliação por escolaridade, as redes sociais pesaram mais para quem tem ensino superior incompleto ou completo (51%) do que os com fundamental incompleto (34%).
WhatsApp é a principal fonte de informação
O aplicativo WhatsApp foi citado como principal fonte de informação dos entrevistados: 79% disseram receber notícias sempre pela rede social.
O ambiente possui mais de 136 milhões de usuários no Brasil, sendo a plataforma mais popular juntamente com o Facebook.
Depois do WhatsApp, outras fontes foram citadas, misturando redes sociais e veículos tradicionais na lista dos locais onde os brasileiros buscam se atualizar. Apareceram canais de televisão (50%), a plataforma de vídeos Youtube (49%), o Facebook (44%), sites de notícias (38%), a rede social Instagram (30%) e emissoras de rádio (22%). O jornal impresso também foi citado por 8% dos participantes da sondagem e o Twitter, por 7%.
No caso da televisão, o percentual foi maior entre os mais velhos: 67% dos consultados com mais de 60 anos disseram se informar sempre por esse meio, contra 40% na faixa entre 16 a 29 anos.
Já o Youtube apareceu como mais popular entre os mais jovens. Os que afirmaram ver vídeos sempre na plataforma chegaram a 55% na faixa de 16 a 29 anos, contra 31% entre os com 60 anos ou mais.
No caso do Instagram, a diferença é ainda maior. Entre os jovens, 41% relataram buscar informações sempre na rede social. Já na faixa dos 60 anos ou mais, o índice caiu para apenas 9%.
A pesquisa também avaliou os hábitos dos entrevistados nas redes sociais. O tipo de ação mais comum foi a curtida de publicações, ato realizado sempre por 41% dos participantes da sondagem. Em seguida, vieram compartilhamento de posts (20%), publicar conteúdos (19%) e comentar mensagens de outros (15%).
Método
A pesquisa ouviu 2,4 mil pessoas com acesso à internet em todos os estados e no Distrito Federal. As entrevistas foram realizadas por telefone no mês de outubro. A amostra foi composta de modo a reproduzir as proporções da população em relação a gênero, raça, região, renda e escolaridade. Segundo os autores, o nível de confiança é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

#VacinaBrasil
Especialista reforça importância da imunização contra o sarampo

Após o Brasil recuperar, em novembro de 2024, o status de “país livre do sarampo” pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a confirmação de quatro casos da doença no primeiro trimestre de 2025 reacende a preocupação e reforça a importância da vacinação e de medidas preventivas. Três casos foram registrados em municípios do Rio de Janeiro e um caso foi importado no Distrito Federal, envolvendo uma mulher de 35 anos que viajou por diversos países.
A docente Profª Janize Silva Maia, da Escola da Saúde do Centro Universitário Facens, esclarece que é natural a preocupação sobre o assunto. “Embora considerados casos isolados, o Ministério da Saúde está adotando medidas para afastar a possibilidade de novos surtos. Isso porque, a infecção compromete o sistema imunológico e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de cinco anos, gestantes e pessoas com imunidade debilitada. Dentre as complicações mais severas estão pneumonia, encefalite e a panencefalite esclerosante subaguda, em casos raros”.
O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que se caracteriza inicialmente por febre alta (acima de 38,5 °C), tosse seca, coriza e conjuntivite, sintomas que podem ser confundidos com um quadro gripal ou alérgico. “Dias depois, surgem erupções vermelhas não pruriginosas, principalmente no rosto e atrás das orelhas, que se espalham para o restante do corpo. Outras manifestações podem incluir dor de garganta, manchas brancas na cavidade bucal, dores musculares, fadiga e irritação nos olhos”, explica.
Para a profissional, dentre as medidas para manter o Brasil livre do sarampo, a fundamental é a vacinação. “A imunização em massa não só reduz a disseminação do vírus, mas também promove proteção às populações vulneráveis, evitando surtos da doença. Campanhas têm sido reforçadas em diversas regiões do país para garantir altas taxas de cobertura vacinal e impedir a reintrodução do vírus”, comenta.
Quem pode se vacinar?
O imunizante que previne o sarampo é a vacina tríplice viral, responsável também pela prevenção da caxumba e rubéola. Devem buscar uma unidade de saúde:
Qualquer pessoa entre 1 e 29 anos deve receber duas doses, sendo a primeira com a tríplice viral aos 12 meses e a segunda aos 15 meses com a tetraviral ou tríplice viral + varicela.
Pessoas entre 30 e 59 anos devem receber uma dose da tríplice viral, se não imunizadas anteriormente, e trabalhadores da saúde devem receber duas doses, independentemente da idade, com intervalo de 30 dias entre as doses.
É importante ressaltar que essa vacina é contraindicada para gestantes, que deverão tomá-la somente após o nascimento do seu bebê.
“Pessoas que não sabem se foram imunizadas ou com quaisquer dúvidas devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receberem informações sobre a sua situação e, eventualmente, tomarem a vacina. Manter a vacinação em dia é essencial para prevenir o sarampo e proteger a nossa saúde e a da nossa coletividade”, reforça a especialista.
Além disso, o trabalho de uma vigilância epidemiológica ativa, onde as equipes de saúde promovem o monitoramento dos casos suspeitos para a realização de bloqueios vacinais imediatos é essencial, assim como o controle sanitário em aeroportos e fronteiras, onde os viajantes precisam apresentar o comprovante de vacinação para entrada no país, além de receberem orientações caso apresentem sintomas da doença. “Ainda, é fundamental a relação de cooperação do Ministério da Saúde com os parceiros internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), monitorando a evolução da doença globalmente, para adaptação das estratégias brasileiras, conforme a necessidade”, conclui Janize.
Painel de Monitoramento das Arboviroses
Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.
A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.
Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).
São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).
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