Paulo Feitosa
O inverno chegou! Confira alguns cuidados para tomar com a saúde

O inverno teve início oficialmente no último dia 20 de junho. Com a chegada da estação, as temperaturas caem, a seca vigora e as doenças respiratórias aparecem com mais frequência. Um cenário que já preocupava muitos moradores do DF, e que agora recebe uma atenção ainda maior por conta da pandemia do novo coronavírus.
Na semana passada, os termômetros chegaram a registrar 9ºC no Gama. Quem precisou sair de casa, principalmente nas primeiras horas do dia, sofreu com o frio e teve que tirar o casaco de dentro do guarda-roupa. Dias e noites mais frios, aliados ao clima seco típico da estação no DF, criam a conjuntura perfeita para a proliferação de várias enfermidades.
A patologia mais frequente durante os meses do inverno é a gripe, que recebe a terminologia influenza na medicina – o nome vem do latim e relaciona o fato da doença ser influenciada pelo frio do inverno. Além dela, outra doença que também costuma multiplicar o número de casos com o clima mais gelado é a sinusite bacteriana.
Já nos meses de agosto e setembro, considerados mais “quentes” se comparados a junho e julho, outro fator também influencia na condição climática e pode trazer prejuízos à saúde respiratória da população: as queimadas, que aumentam a poluição do ar e, juntamente com a baixa umidade provocada pela seca, causam irritação das vias respiratórias.
Como fazer para fortalecer o sistema imunológico e se prevenir das doenças respiratórias durante os meses de inverno? Paulo Feitosa, chefe da unidade de pneumologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), explica: “É muito importante nesta época de seca a hidratação, tomar água mesmo sem sentir sede. Para melhorar o sistema imunológico, recomenda-se a ingestão de muitas frutas e verduras, e de proteínas e carboidratos em quantidades corretas, além de praticar atividades físicas e evitar vícios como o tabagismo”.
Tratamento
Mesmo tomando todos os cuidados e prevenções, muitas pessoas acabam desenvolvendo quadros gripais no inverno. Em casos de sintomas brandos, como coriza, espirro e tosse, o paciente pode se automedicar, desde que o paciente conheça seu organismo e a resposta da sua imunidade. “Levando sempre em consideração que doenças crônicas, caso da asma, bronquite crônica e enfisema, precisam de acompanhamento médico regular”, ressalta o doutor Paulo Feitosa. O pneumologista também recomenda que pessoas portadoras dessas enfermidades devem tomar a vacina da gripe anualmente.
Gripe x Covid-19
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, é normal as pessoas confundirem os sintomas de uma gripe causada por um vírus comum (H1N1) com as reações causadas pela infecção do novo coronavírus (Covid-19). “Um quadro gripal comum costuma gerar febre, mal estar e congestão nasal. Já a Covid-19 causa, além de todos estes sintomas anteriores, também uma anosmia (perda do olfato), tosse seca e falta de ar”, explica o doutor Paulo Feitosa.
Um grande indicativo de que o quadro gripal pode ser um pouco mais complexo é a presença de febre. Neste caso, o paciente deve procurar uma unidade de saúde. No DF, o Hran é a unidade pública referência para tratamento de doenças respiratórias, inclusive a Covid-19.

Protegendo bebês
Saúde do DF é pioneira na aplicação de medicamento contra bronquiolite

O Governo do Distrito Federal (GDF) dá um passo importante para a proteção da saúde de bebês prematuros: a capital do Brasil é a primeira unidade da federação a aplicar o Nirsevimabe na rede pública de saúde. O medicamento adquirido pela Secretaria de Saúde (SES-DF) é um anticorpo de ação prolongada que protege bebês contra infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável por casos de bronquiolite e pneumonia nos primeiros meses de vida.
A pequena Ana Ísis, nascida com 36 semanas, foi a primeira bebê da rede pública a tomar o medicamento. Nesta quinta-feira (17), ao lado da mãe Raimunda Ribeiro, 38 anos, ela recebeu o Nirsevimabe no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ana Ísis integra o público-alvo do medicamento: recém-nascidos prematuros, com idade gestacional entre 32 semanas e 36 semanas e 6 dias, nascidos a partir de 1º de outubro de 2024 – faixa etária que integra o período de maior circulação do VSR no Distrito Federal em 2025.
“O Nirsevimabe representa um avanço enorme na proteção da primeira infância. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Distrito Federal com a prevenção, o cuidado e a inovação na saúde pública, especialmente para os nossos pequenos mais vulneráveis”, afirmou o secretário de Saúde do DF, Juracy Cavalcante Lacerda Júnior.
A aplicação do medicamento é feita antes do pico da sazonalidade das infecções respiratórias em bebês, como medida preventiva para reduzir complicações e internações – o que tem impacto direto na ocupação de leitos de UTI neonatal. A distribuição está sendo realizada para as 11 maternidades da rede pública, de forma proporcional à estimativa de nascimentos prematuros.
Todo o processo seguirá um protocolo rigoroso e humanizado da SES-DF, elaborado em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria e o Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB). A capacitação dos profissionais da rede – médicos, enfermeiros e farmacêuticos – já foi iniciada.
Aprovado pela Anvisa em outubro de 2023 e incorporado ao SUS em fevereiro deste ano, o Nirsevimabe é um anticorpo pronto, que oferece proteção imediata sem necessidade de ativação do sistema imunológico, sendo especialmente eficaz para prematuros e crianças com menos de dois anos com comorbidades.
“É importante destacar que o Palivizumabe continuará sendo utilizado para os grupos de risco já estabelecidos, como crianças com cardiopatias congênitas e displasias pulmonares. O Nirsevimabe vem ampliar a estratégia de proteção, de forma complementar e integrada ao protocolo vigente”, explicou a médica pediatra e gestora da SES-DF, Julliana Macêdo.
Com essa iniciativa pioneira, o Distrito Federal assume o protagonismo nacional no enfrentamento das síndromes respiratórias graves em crianças, priorizando a vida desde os primeiros dias.
26 de abril
Dia nacional de prevenção à hipertensão alerta para o controle da doença

Celebrado no próximo sábado, 26, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial faz um alerta importante para a conscientização da população sobre a identificação dessa doença “silenciosa”, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico e mudanças de hábitos.
Estima-se que cerca de 27,9% dos brasileiros sejam hipertensos. A maior prevalência ocorre entre mulheres, com 29,3% das pessoas do sexo feminino com a doença. Entre os homens, 26,4% tem hipertensão. Os dados são do levantamento feito pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde, realizado, em 2023, nas 27 capitais.
O médico da Família e Comunidade da Amparo Saúde, Pedro Pina, informa que “a hipertensão arterial sistêmica, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão sanguínea nas artérias. Isso significa que o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue para o resto do corpo, o que pode causar sérios problemas de saúde ao longo do tempo”.
Pina explica que uma pessoa é considerada hipertensa quando apresenta valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg em medições repetidas em diferentes ocasiões. “É importante ressaltar que apenas uma aferição acima do normal não caracteriza hipertensão arterial sistêmica, mas indica que a pessoa deve procurar um médico para compreender o motivo”, salienta ele, acrescentando que o diagnóstico preciso para essa doença “silenciosa” deve ser feito por um profissional de saúde, considerando também fatores de risco e condições clínicas.
A pressão alta pode ter diversas causas, incluindo fatores genéticos, como histórico familiar de hipertensão; hábitos alimentares inadequados, com o consumo excessivo de sal, gorduras e alimentos ultraprocessados; sedentarismo; obesidade; estresse; tabagismo; consumo excessivo de álcool; e doenças preexistentes, a exemplo de diabetes e doenças renais.
Sinais de pressão alta
Os sintomas da hipertensão podem não aparecem em todos os pacientes, como alerta Pina, tornando a doença ainda mais perigosa. No entanto, alguns sinais podem indicar que algo está errado, como dores de cabeça frequentes, tontura e mal-estar, visão embaçada ou alterações visuais associadas à dor de cabeça, falta de ar e dor no peito.
“Caso esses sintomas apareçam, é essencial buscar atendimento médico, porque o grande problema da hipertensão arterial sistêmica são suas consequências. Se não for controlada, ela pode levar a sérias complicações, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças renais e problemas na visão”, informa.
Embora seja mais comum em adultos, crianças e adolescentes também podem desenvolver hipertensão, principalmente devido a fatores genéticos, obesidade e maus hábitos alimentares. “O acompanhamento pediátrico é fundamental para a prevenção e tratamento. A hipertensão em crianças, geralmente, tem causas de maior gravidade e que precisam ser investigadas com maior atenção”, pontua.
Para confirmar o diagnóstico da hipertensão será necessária a aferição da pressão arterial em diferentes momentos. Em alguns casos, exames complementares, como monitorização ambulatorial da pressão arterial (Mapa) ou monitorização residencial da pressão arterial (MRPA), podem ser solicitados pelo médico.
“O tratamento inclui mudanças no estilo de vida e, em muitos casos, o uso de medicamentos anti-hipertensivos”, informa Pina, pontuando que as principais medidas para o controle da hipertensão são: reduzir o consumo de sal e alimentos ultraprocessados, principalmente aqueles ricos em sódio, como refrigerantes; praticar atividade física regularmente para manter um peso saudável; controlar o estresse e evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de seguir corretamente as orientações médicas e tomar os medicamentos prescritos.
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