Cidades
Novos casos de caxumba são registrados entre presidiários da Papuda
Mais cinco detentos do Centro de Progressão Penitenciária, único dos seis presídios do DF que fica fora do Complexo da Papuda, foram diagnosticados com caxumba nesta semana. O prédio fica no SIA e já tinha registrado um caso da doença, no início do mês. Os dados são desta quarta-feira (17), da Diretoria de Vigilância Epidemiológica.
A caxumba é uma doença provocada por um vírus da família paramyxovirus, caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva que ficam nas laterais do pescoço, abaixo da mandíbula.
Para evitar a propagação da doença, os detentos com o vírus e que cumprem pena em regime semiaberto ficarão isolados durante dez dias e terão saídas suspensas para trabalhar e visitar familiares. Internos que ocupam alas onde há registros da infecção já começaram a receber a vacina tríplice viral, que combate, além da caxumba, o sarampo e a rubéola.
De acordo com o GDF, os novos casos no CPP inspiram atenção, mas o surto na Papuda, que chegou a ter alas isoladas por uma semana, está praticamente controlado. “O último registro que tivemos na Papuda foi em 9 de fevereiro, um indicativo de que o bloqueio vacinal está fazendo efeito”, disse a diretora de Vigilância Epidemiológica, Cristina Segatto.
Desde 20 de janeiro, são 80 ocorrências de caxumba registradas no sistema prisional: 69 no Centro de Detenção Provisória (CDP), cinco no Centro de Internação e Reeducação (CIR) e seis no CPP. O mais recente boletim divulgado pela Secretaria de Saúde aponta que, até a manhã de quarta-feira (17), 3.067 pessoas, entre servidores e detentos, foram vacinadas.
Alas liberadas
Em 8 de fevereiro, visitas a detentos em alas de dois centros na Papuda — CDP e CIR — ficaram suspensas por causa das ocorrências de caxumba. A Secretaria de Justiça informou que apenas a Ala B do Bloco 1 permanece isolada, mas deve ser liberada nesta sexta-feira (19).
A Papuda tem 14 mil detentos e abriga cinco dos seis presídios do DF: Feminino, Penitenciárias I e II, Centro de Detenção Provisória e Centro de Internação e Reeducação. Entre os presidiários estão o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-deputado Natan Donadon.