Cidades
Muro é construído entre antigo Clube Primavera e quadras vizinhas, em Taguatinga
A fim de atender ao pedido de moradores, a Administração Regional de Taguatinga começou a construir, na QSC 15, uma barreira entre o antigo Clube Primavera e as quadras fronteiriças. O muro terá 33 metros de comprimento e um metro de altura. Haverá ainda um metro de alambrado. “Avaliamos que, se fosse só de tijolos, comprometeria a visibilidade na área”, explica o administrador local, Ricardo Lustosa Jacobina.
A obra teve início nessa terça-feira (24) e deve durar duas semanas. Depois, também serão contempladas as QSCs 13 e 19, onde o muro deve ser maior ainda. “Na 19, ainda estamos avaliando como será feito, porque há um córrego. Temos de tomar cuidado para não haver danos ambientais”, afirma Jacobina. Em outubro, durante a ocupação da área pelo grupo intitulado Movimento de Resistência Popular, a administração já havia construído um muro para fechar o portão de acesso ao clube, na QSC 17.
Até o término do trabalho, serão necessários 200 sacos de cimento. O custo da operação, incluindo material e mão de obra, vai variar entre R$ 25 e R$ 30 mil. Os cerca de 10 mil tijolos que serão usados foram doados pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, e a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) ajudou a avaliar o perímetro para a construção. “Além de melhorar o aspecto de conservação, o muro vai contribuir para a segurança da área”, acredita o administrador regional.
O clube
As instalações do antigo clube ficam na Área de Relevante Interesse Ecológico JK, criada pela Lei nº 1.002, de janeiro de 1996. Com terreno de 2,3 mil hectares, o local é integrado por partes de Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. A concessão do uso da terra para a construção do clube ocorreu no fim da década de 1970. Nos anos 1990, a Terracap retomou a propriedade.
Um plano de recuperação de áreas degradadas ou alteradas diagnosticará quais ações devem ser tomadas para recuperar a vegetação nativa e proteger a área de preservação permanente (APP).
Gabriela Moll, da Agência Brasília