Prodema
MPDFT destina R$ 2 milhões para recuperação da Orla do Paranoá
Depois de obter na Justiça a desocupação da orla do Lago Paranoá, a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) continua atuando para recuperar a região. Foram destinados quase R$ 2 milhões para o plantio de árvores, a contenção de erosões e a revitalização de corredores ecológicos, além da instalação de barreiras para limitar o acesso de veículos. Os recursos vêm de medidas alternativas aplicadas a autores de crimes ambientais.
A recuperação dos 65 hectares da orla começou no início do ano. Os donos de edificações irregulares na região foram condenados a recuperar o dano ambiental causado e, para isso, deveriam elaborar um plano de recuperação da área degradada (PRAD). Os promotores de Justiça sugeriram que, em vez de cada morador elaborar um plano individual, o valor fosse depositado em uma conta ligada ao Fundo Único para o Meio Ambiente do Distrito Federal (Funam-DF) e usada para a elaboração de um PRAD para toda a orla. O uso desses recursos é fiscalizado pela Prodema e pelo Ministério Público de Contas (MPC-DF).
Segundo informações da Secretaria do Meio Ambiente, na área de relevante interesse ecológico (ARIE) do Bosque, localizada na QL 10 do Lago Sul, foram plantadas 1.770 mudas nativas do Cerrado em 4,5 hectares. O trabalho de recuperação terá continuidade no segundo semestre, quando começar o período chuvoso.
Para a promotora de Justiça Luciana Bertini, titular da 4ª Prodema, a atuação do Ministério Público somente estará concluída quando a área for completamente recuperada em toda a extensão da faixa de APP do Lago Paranoá.
Economia
Orçamento do Distrito Federal prevê receita de R$ 66,6 bilhões para 2025
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, que estima a receita e fixa o valor da despesa ao longo do ano. A medida está no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta terça-feira (31).
O valor total será de R$ 66,6 bilhões, com R$ 41,6 bilhões de receitas próprias. O montante é acrescido dos R$ 25 bilhões originários do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).
O orçamento total estimado supera o de 2024 em R$ 5,5 bilhões, o equivalente a um incremento de 9%. A lei entra em vigor nesta quarta-feira (1º).
A receita própria do DF foi dividida em três esferas: fiscal (R$ 30,6 bilhões), seguridade social (R$ 9,3 bilhões) e investimento das empresas estatais (R$ 1,7 bilhão), totalizando R$ 41,6 bilhões.
Já o repasse do Fundo Constitucional do Distrito Federal tem destino certo. Os R$ 25 bilhões serão repartidos para o custeio, pagamento da folha e investimentos de três áreas: segurança pública (R$ 11,4 bi), saúde (R$ 8,1 bi) e educação (R$ 5,4 bi).
A peça orçamentária, segundo o secretário de Economia, Ney Ferraz, foi elaborada de forma participativa e é fruto de debates com a sociedade e os parlamentares. Embora, ressalte ele, sempre tendo como meta final a busca pelo equilíbrio fiscal.
Mas também foi levada em conta, de forma especial, a eficiência na alocação dos recursos. “O orçamento reflete a orientação do governador Ibaneis Rocha em atender às demandas da população”, diz.
Trabalho e renda
Prospera DF encerra 2024 com R$ 9 milhões liberados a empreendedores
Abrir — e manter — uma empresa pode ser tarefa difícil para micro e pequenos empresários. André Cabral passou por isso quando, em 2016, decidiu inaugurar uma loja de tintas em Taguatinga, junto à esposa. Eles conseguiram superar os primeiros dois anos, mas, em 2018, para o negócio crescer, o casal recorreu a um empurrãozinho: o Prospera DF, programa de microcrédito do Governo do Distrito Federal (GDF).
“A gente conheceu por indicação de um amigo. Entramos em contato, fomos na agência [do trabalhador] perguntar quais os documentos e os trâmites para conseguir esse crédito e aí deu certo”, relata o empresário. “O Prospera tem uma facilidade muito grande. A questão da documentação é muito tranquila, não tem dificuldade nenhuma. A taxa de juros também é bem menor do que os bancos praticam, então isso tudo é muito bom para o pequeno empreendedor, para o pequeno empresário”, acrescenta.
E a intenção é essa mesmo: oferecer crédito mais fácil a micro e pequenos empreendedores — sejam eles formais ou informais —, como feirantes, artesãos, trabalhadores, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e cooperativas de trabalho e produção. Só neste ano, de janeiro ao início de dezembro, o GDF liberou um total de R$ 8.910.592,25 em créditos, sendo 368 empréstimos para empresários da área urbana (equivalentes a R$ 7.734.230,37) e 49 para a área rural (R$ 1.176.361,88).
Os recursos são oriundos do Fundo para Geração de Emprego e Renda (Funger). “O programa Prospera é gerido por um fundo que conta com participação da sociedade civil e do governo. Nós investimos [em 2024] quase R$ 9 milhões — a gente inclusive entende que vai alcançar um pouquinho mais desse valor [até o fim do ano] — em contratos de financiamento de empresas que já existem ou daqueles negócios que queiram ser formalizados”, aponta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF, Thales Mendes.
Desde que a iniciativa foi criada, em 2019, o total de crédito liberado soma quase R$ 50 milhões. “O ticket médio está em torno de R$ 15 mil por cada empréstimo, e a todo mês a gente contempla vários empresários. É um programa de financiamento para custeio, para investimento e para capital de giro para as pessoas que querem empreender no DF”, completa o secretário.
Os interessados podem consultar detalhes no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet) e fazer uma proposta de empréstimo nas agências do trabalhador ou pelo WhatsApp (61) 98312-1053.
André Cabral já se prepara para fazer mais um pedido, o quarto desde que abriu a loja — um deles, inclusive, foi o que ajudou a manter o estabelecimento durante a pandemia. Agora, a ideia é abrir uma nova unidade. “A gente está abrindo a segunda loja, já estamos com todos os preparativos para, em janeiro, estar com a loja aberta, contratar mais gente, investir em produtos, crescer… É isso que a gente quer, fazer a economia girar”, pontua.
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