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Fumacê

Motos vão ajudar no combate ao Aedes aegypti no Distrito Federal

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Foto/Imagem: iStock
Hédio Ferreira Júnior

Além de dobrar o número de veículos para aplicação do fumacê – de 40 para 80 – e de aumentar em 200 o efetivo de agentes nas ruas, um reforço está sendo preparado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para controlar o transmissor da dengue, zika e chikungunya no Distrito Federal. A partir de novembro, a pulverização de Ultra Baixo Volume (UBV), veneno usado para matar as larvas e focos de proliferação do mosquito, será feita também de moto.

A Secretaria de Saúde prepara um edital para contratação de uma empresa especializada na locação de motocicletas para auxiliar na borrifação do fumacê em vielas, becos e locais estreitos de passagem onde veículos convencionais não tem acesso facilitado. Todo o insumo usado nas aplicações é próprio e garantido com recursos próprios do GDF.

Todas as 33 regiões administrativas contarão com pelo menos uma moto de borrifação, mas a expectativa é de que um efetivo três vezes maior esteja à disposição da secretaria, de acordo com a necessidade e da demanda das ações de combate ao Aedes. Também está sendo estudada uma ação conjunta de prevenção e combate à dengue com os municípios do Entorno.

A proposta do GDF é descentralizar as ações preventivas e de combate à dengue por meio de sete superintendências da Secretaria de Saúde, de acordo com as regiões administrativas. Uma reunião com todos eles foi agendada para 29 de outubro, no auditório do Corpo de Bombeiros.

Todas as ações preventivas visam reduzir os índices de contágio de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti – principalmente a dengue – e evitar a necessidade de medidas emergenciais como as que ocorreram este ano, com a abertura de tendas de hidratação de doentes. A extensão do horário de atendimento em pelo menos uma Unidade Básica de Saúde (UBS) por região administrativa está sendo viabilizada.

Mobilização

O plano de ação foi traçado nesta quarta-feira (23), no Palácio do Buriti, em uma reunião liderada pelo vice-governador Paco Britto. Também participaram os secretários de Saúde, Osnei Okumoto; de Segurança Pública, Anderson Torres; de Comunicação, Wellington Moraes; e de Governo, José Humberto, além de dirigentes da Defesa Civil, da SLU, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

A corporação, inclusive, dará suporte no atendimento à população por meio do telefone 199. A central prestará todas as informações necessárias ao cidadão, tanto de prevenção quanto de suporte a possíveis doentes. “O que garante a vida é a velocidade da orientação no tratamento do caso”, salientou o subsecretário de Vigilância e Saúde, Divino Valero. Um plano de comunicação também foi elaborado pela Secretaria de Comunicação do DF.

Xô, Aedes!

Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue

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Ao Vivo de Brasília
Combate à dengue GDF
Foto/Imagem: Freepik

O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.

“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.

O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.

O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.

Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.

Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.

Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.

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Estoque crítico

A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue

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Ao Vivo de Brasília
estoque Hemocentro de Brasília
Foto/Imagem: Divulgação/Hemocentro

A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.

“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.

A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.

O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.

Como funciona a senha preferencial

A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.

Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.

Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.

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