Sem medicamentos
Modalidade terapêutica pode ser nova aliada no combate à insônia
Quem já passou uma ou algumas noites sem dormir sabe o quanto um sono prejudicado atrapalha o rendimento no dia seguinte. Uma noite mal dormida pode tirar a energia e atrapalhar bastante o humor. Para evitar as consequências dos dias e das noites sem dormir, a grande parte da população recorre ao medicamento como primeiro e único recurso. “Mas não precisa e nem deve ser assim” diz a psicóloga e especialista em sono, Danuska Tokarski.
Em 2016, após avaliação de um comitê de médicos e cientistas do sono sob os aspectos da eficácia e da segurança da Terapia Cognitivo Comportamental para a insônia (TTC-i) em comparação com os remédios para dormir, foi publicado no Annals of Internal Medicine a conclusão de que o método deve ser utilizado como o tratamento de primeira linha para todos os indivíduos com insônia crônica e não a medicação.
De acordo com psicóloga, a TTC-i específica para a insônia ajuda as pessoas a adormecerem mais rapidamente, dormirem por mais tempo e obter uma qualidade de sono superior ao reduzir o tempo que passam acordadas a noite. E o mais importante, os benefícios persistem mesmo após o término do tratamento que dura entre 6 e 12 sessões. Já os comprimidos para dormir podem parecer uma solução para as noites mal dormidas, mas costumam perder a eficácia com o passar do tempo, além de apresentarem efeitos colaterais.
A Terapia Cognitivo Comportamental para a insônia ainda é pouco difundida entre a população. No Brasil existem poucos profissionais especialistas em sono habilitados para conduzirem a TTC-i. Em todo o Brasil apenas 26 psicólogas, incluindo a Danuska Tokarski, possuem a certificação emitida pela Sociedade Brasileira do Sono. Por isso esse tratamento tão eficaz ainda é tão pouco difundido entre a população.
O que é a insônia?
A insônia é caracterizada pela dificuldade em iniciar o sono, por despertares ao longo da noite ou por despertar muito cedo. Na grande maioria dos casos ela está associada a um fator estressante desencadeador das noites mal dormidas e por um quadro de ansiedade que pode potencializar ainda mais o problema. As principais consequências da falta de sono gerado pela insônia são: cansaço e fadiga excessivos, mal humor, dificuldade em manter a atenção e concentração, ansiedade e depressão, absenteísmo, além de aumentar o risco de acidentes domésticos e de trânsito e ainda reduz a imunidade.
A TCC-i consiste em uma série de técnicas personalizadas que ajudam o paciente a reconhecer e alterar hábitos inadequados de sono juntamente com orientações para a redução da ansiedade. “Por exemplo, o uso do diário do sono que ajuda o paciente a ter mais consciência sobre seus hábitos e rotinas. Com os registros os pacientes conseguem acompanhar a evolução ao longo das sessões e se sentem mais auto-confiantes, eles relatam grandes benefícios com o uso das técnicas da TTC-i”, explica Danuska Tokarski.
Em todo o mundo, as pesquisas têm demonstrado que a TCC-i possibilita um sono reparador e saudável, podendo ser realizada individual, em grupo e inclusive via internet.
Xô, Aedes!
Distrito Federal tem queda de 81% no número de casos de dengue
O engajamento da população e as iniciativas do Governo do Distrito Federal (GDF) para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, têm dado resultado. No ano passado, nesta mesma época, foram 1.354 novos casos em uma semana. Agora, foram 256, uma queda de 81%.
“Esse levantamento mostra o resultado das ações, seja do governo, seja da população. É uma situação do momento, então pode haver mudanças. O importante é mantermos o foco e a união para juntos mantermos a dengue sob controle”, afirma a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio.
O mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde mostra que, até o fim da Semana Epidemiológica 48, o DF somava 283.841 casos suspeitos de dengue ao longo de todo o ano, frente a 283.685 da semana epidemiológica 47, um acréscimo de 256. Já em 2023, a SE 48 somava 31.997 casos suspeitos, uma diferença maior que a apresentada frente ao término da SE 47 de 2023, com 30.643, à época, um acréscimo de 1.345 em uma semana.
O maior registro de números absolutos em 2024 ocorre por conta do “pico” dos casos de dengue ocorrido no início do ano. No entanto, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, reforça que o cenário atual é melhor que o vivido no fim de 2023, quando houve uma aceleração de infecções por dengue. “No mesmo período do ano passado, o número de casos era muito superior ao que se tem observado até o momento”, explica.
Visando à prevenção da dengue, a Secretaria de Saúde ampliou as ferramentas para monitoramento, como o uso de novas tecnologias digitais para análise de dados, por exemplo. A pasta também ampliou a força de trabalho envolvida nas ações diárias de combate à dengue, além de ter adotado novas estratégias, como as ovitrampas.
Ao longo de 2024, foram realizadas 1.357.780 inspeções em imóveis pela Vigilância Ambiental em Saúde. Além das inspeções de rotina, foram instaladas até o momento 2.175 armadilhas ovitrampas, tendo sido removidos 1.390.606 ovos do Aedes aegypti. Foram instaladas, ainda, 1.278 estações disseminadoras de larvicida.
Outros órgãos do GDF, como as administrações regionais e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), atuam em ações de limpeza, por exemplo. Já a Secretaria de Educação, em parceria com a Secretaria de Saúde, se destaca pelas ações realizadas ao longo do ano com a comunidade escolar.
Estoque crítico
A negativo: FHB oferece senhas preferenciais para doadores de sangue
A Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) está distribuindo senhas preferenciais para doadores de sangue A negativo até 11 de dezembro. A medida prioriza o atendimento a esse grupo em um momento crítico, em que os estoques operam com apenas 66% do nível considerado ideal.
“A senha preferencial é uma estratégia que utilizamos quando os estoques de determinada tipagem atingem níveis críticos, como é o caso, agora, do A negativo. Precisamos restabelecê-lo a níveis considerados seguros, a fim de manter o atendimento regular aos hospitais”, explica a gerente de Captação de Doadores do Hemocentro de Brasília, Kelly Barbi.
A queda no volume de doações foi intensificada pelos diversos feriados do mês de novembro. “Com a proximidade das festas de fim de ano e das férias escolares, convidamos a população a doar sangue, realizar esse gesto solidário e altruísta para com os pacientes do DF que necessitam de transfusões para manter ou recuperar a saúde. Há um aumento histórico de transfusões nesse período, motivo pelo qual fazemos esse apelo junto à população”, completa Kelly.
O Hemocentro de Brasília é responsável por abastecer toda a rede de saúde pública do Distrito Federal, além de instituições conveniadas, como o Hospital da Criança, o Instituto de Cardiologia do DF e o Hospital das Forças Armadas.
Como funciona a senha preferencial
A senha preferencial para doadores A negativo será concedida mediante comprovação do grupo sanguíneo, seja com o cadastro no Hemocentro ou por meio de um exame de tipagem sanguínea. A medida otimiza o atendimento e prioriza as necessidades emergenciais, garantindo que o Hemocentro possa atender à alta demanda desses pacientes.
Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente deve consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
Quem teve gripe deve aguardar 15 dias após o desaparecimento dos sintomas para poder doar sangue. Quem teve covid-19 deve aguardar 10 dias após o fim dos sintomas, desde que sem sequelas. Se assintomático, o prazo é contado da data de coleta do exame. Pacientes diagnosticados com dengue clássica devem aguardar 30 dias para se candidatar à doação de sangue. Para a dengue hemorrágica, o prazo é de seis meses.
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