Cidades
Mistura de ritmos marca primeira noite de festa para Brasília
A artista pernambucana Lia de Itamaracá e o projeto Som na Rural fecharam a primeira noite de comemorações dos 55 anos do aniversário de Brasília. A cirandeira subiu em um palco montado na praça do Complexo Cultural da República, na Esplanada dos Ministérios, diante de um público animado de cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Lia apresentou o ritmo típico da cultura de Pernambuco do qual ela é referência mundial.
O governador Rodrigo Rollemberg assistiu ao show e até se arriscou na coreografia típica da ciranda. “Brasília é isso, ela une todas as manifestações culturais do País”, disse. “Este é o momento [aniversário de Brasília] de concentrar energia positiva para o desenvolvimento da cidade.”
Antes de Lia, foi a vez da banda indígena Walê Fulni-ô, também de Pernambuco, mas velha conhecida da capital federal, principalmente por alunos de escolas públicas. O grupo formado por dez índios da tribo Fulni-ô vem a Brasília anualmente durante o mês de abril para visitar escolas e aproximar as crianças da cultura indígena.
Artistas locais
Neste ano, artistas de Brasília estão tendo mais espaço na comemoração do aniversário da cidade. A dupla de violeiros Volmi Batista e Aparício Ribeiro faz parte da parcela de pessoas que nasceram em outra unidade da Federação e escolheram Brasília como moradia. Eles são de Minas Gerais e vieram ainda na década de 1970. “Tudo o que construí foi em Brasília e eu estou feliz em ver que nós, artistas locais, estamos tendo mais espaço nesta festa”, comemorou Aparício.
A dupla fundou o Clube Caipira de Brasília e criou o Encontro Nacional de Folia de Reis. “A cultura caipira tem força suficiente para ocupar espaços ainda maiores na capital”, garantiu Volmi. Também da cidade, o quinteto de metais Brasília Brass tocou de flamenco a chorinho e completou a primeira noite de comemorações.