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Regras do trânsito

Ministério das Cidades quer “transitolândias” por todo o país

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Foto/Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pedro Peduzzi

Uma iniciativa do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER) quer a ajuda das crianças para conscientizar pais sobre a importância de seguir fielmente as regras do trânsito. Por meio da chamada Transitolândia (Escola Vivencial de Trânsito), o DER tem instruído as crianças a fiscalizar os pais, cobrando deles obediência total a essas regras que, quando não seguidas, contribuem para aumentar o número de mortos e feridos no trânsito brasileiro.

O objetivo da Transitolândia é educar para formar cidadãos conscientes das relações de trânsito.

“A segurança no trânsito de amanhã começa hoje. Essa é uma bela iniciativa para conscientizar e educar todas as crianças, deixando-as conscientes sobre como devemos nos comportar enquanto usuários do trânsito brasileiro”, disse nesta terça (31) o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, durante visita para apresentar a iniciativa ao ex-piloto de Fórmula 1 Felipe Massa e ao presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt.

Segundo o ministro, os bons resultados em termos de conscientização — com teatro, jogos e brincadeiras — levarão a pasta a defender a implementação de transitolândias em outras unidades federativas, por meio dos departamentos estaduais de trânsito. “Apesar de serem iniciativas tocadas pelos governos estaduais, nós queremos, por meio de nossas apresentações e divulgações, convidar governadores e dirigentes dos órgãos responsáveis pelo trânsito a virem aqui para conhecer essa experiência e, se possível, replicá-las em seus estados”.

A presença de Massa e de Todt tornou as atividades de hoje mais especiais. Alguns dos estudantes, com idade entre 5 e 10 anos, tiveram a oportunidade de percorrer o circuito guiados tanto pelo piloto brasileiro como pelo dirigente maior do automobilismo mundial.

“Não estou com medo porque sei que ele não corre muito”, disse Vitor Rocha, 6 anos, momentos antes de pegar carona com Felipe Massa. “Eu achava que, por serem corredores, os pilotos eram mais agitados e falantes. Achei ele calmo. Deve ser por isso que dizem ser importante dirigir com calma”, acrescentou Heitor Oliveira, 10 anos.

Heitor disse já ter aprendido muito sobre as regras do trânsito com o pai. Mesmo assim, levará aprendizados da visita de hoje. “Eu não sabia para que serviam as passarelas. Agora sei que elas servem para que evitemos o risco de atravessar a rua pela pista”.

Já Vinícius Fiorese, 6 anos, diz que seus pais nunca conversaram sobre regras de trânsito. “Eles nunca me ensinaram essas regras. Agora eu sei que a gente tem de esperar o carro parar para atravessarmos a faixa de pedestre, e sei que meu pai faz errado quando dirige usando o celular”, disse garantindo que fiscalizará o pai, para que não cometa novamente esse tipo de erro.

Para o presidente da FIA, iniciativas como esta, visando a educação das famílias para o trânsito, são ideais para reverter o quadro negativo que atinge não só o trânsito brasileiro. “Infelizmente a situação em todo o mundo é ruim, motivo pelo qual há muitos mortos e feridos no trânsito”, disse Jean Todt.

Segundo ele, é fundamental que a repetição de informações – sobre o uso correto do cinto; respeito ao limite de velocidade; o risco de dirigir usando celular ou após a ingestão de álcool – seja constante.

“A segurança nas ruas não é responsabilidade apenas do governo. É de todos. Por isso precisamos também da ajuda da mídia”, disse Todt.

Felipe Massa compartilha a mesma opinião. “O pouquinho que cada um de nós fizermos para seguir as leis de trânsito, sem dúvida salvará muitas vidas no trânsito”, disse o piloto. “Todas as regras vêm de quando você é criança. Se a gente conseguir ensinar as crianças da maneira certa, sem dúvida as crianças ajudarão os pais a seguirem as regras também”, acrescentou.

Painel de Monitoramento das Arboviroses

Brasil ultrapassa 1 milhão de casos prováveis de dengue em 2025

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dengue Brasil 2025
Foto/Imagem: Freepik

O Brasil registrou, desde 1º de janeiro de 2025, 1.010.833 casos prováveis de dengue. De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, o país contabiliza ainda 668 mortes confirmadas pela doença e 724 em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 475,5 casos para cada 100 mil pessoas.

A título de comparação, no mesmo período do ano passado, quando foi registrada a pior epidemia de dengue no Brasil, haviam sido contabilizados 4.013.746 casos prováveis e 3.809 mortes pela doença, além de 232 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, à época, era de 1.881 casos para cada 100 mil pessoas.

Em 2025, a maior parte dos casos prováveis se concentra na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelos grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos. As mulheres concentram 55% dos casos e os homens, 45%. Brancos, pardos e pretos respondem pela maioria dos casos (50,4%, 31,1% e 4,8%, respectivamente).

São Paulo lidera o ranking de estados em número absoluto, com 585.902 casos. Em seguida estão Minas Gerais (109.685 casos), Paraná (80.285) e Goiás (46.98 casos). São Paulo mantém ainda o maior coeficiente de incidência (1.274 casos para cada 100 mil pessoas). Em seguida aparecem Acre (888), Paraná (679) e Goiás (639).

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Perigos das redes

Desafio do desodorante: psicóloga faz alerta após morte de criança

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Ao Vivo de Brasília
desafio do desodorante
Foto/Imagem: Freepik

Sarah Raissa Pereira de Castro, 8 anos, morreu após participar de um desafio viralizado nas redes sociais que consiste em inalar grandes quantidades de desodorante aerossol. A prática, conhecida como “desafio do desodorante”, resultou em uma parada cardiorrespiratória. A menina foi socorrida na última quinta-feira (10) e levada ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no Distrito Federal, mas teve morte cerebral confirmada dias depois.

Neste domingo (13), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte da criança.

A chamada “trend” faz parte de uma categoria perigosa de desafios conhecida como chroming ou huffing, que estimula a inalação de vapores tóxicos de produtos de uso doméstico, como sprays de limpeza, tinta, esmalte e desodorantes.

Segundo especialistas, o impacto no organismo é devastador. Ao ser inalado, o produto entra rapidamente na corrente sanguínea pelos pulmões — órgãos extremamente vascularizados — e pode provocar arritmias cardíacas severas, culminando em parada cardíaca e óbito em poucos minutos.

Além disso, o desodorante contém substâncias como etanol (em níveis até 90% superiores aos encontrados em bebidas alcoólicas), ácido clorídrico e compostos antissépticos, que podem causar desde queimaduras internas até reações alérgicas extremas, como o edema de glote — quando a garganta se fecha, impedindo a respiração.

“A busca por aceitação nas redes sociais e o desejo de pertencer a um grupo pode fazer com que crianças e adolescentes se exponham a riscos extremos sem consciência das consequências”, explica a psicóloga Bruna Bettini, que atua em Brasília no espaço Uwake. “O cérebro ainda em desenvolvimento tem mais dificuldade de avaliar riscos e ponderar decisões. Por isso, o papel dos pais e responsáveis é essencial na mediação do que os filhos acessam e consomem digitalmente.”

Bettini também alerta para os impactos emocionais e sociais desses desafios. “Não é apenas sobre a curiosidade ou a brincadeira. Existe uma pressão silenciosa para se mostrar ‘valente’, ousado, engraçado. A validação por curtidas e comentários muitas vezes supera o senso de autopreservação.”

Riscos silenciosos, consequências fatais

O chroming não é novidade, mas tem ganhado força com a ampla circulação de vídeos curtos e virais em plataformas populares entre crianças e adolescentes. Seus efeitos imediatos se assemelham à intoxicação alcoólica: tontura, euforia, fala arrastada, vômitos, convulsões e dificuldade para respirar.

Os produtos inalados têm em comum a facilidade de acesso e o fato de estarem presentes em praticamente todos os lares.

O que fazer em caso de emergência?

Caso uma criança inale uma substância tóxica, a orientação médica é clara: deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro. Pode haver necessidade de oxigenação por inalação ou intubação.

“Jamais se deve provocar o vômito ou oferecer qualquer substância, como leite ou água, sem orientação médica”, alertam especialistas.

Como prevenir?

Para Bruna Bettini, o diálogo dentro de casa é a ferramenta mais poderosa de prevenção. “Mais do que proibir, é preciso conversar com as crianças, entender o que estão assistindo, com quem estão interagindo e ensinar, com afeto e direcionamento, sobre os perigos da exposição irresponsável.”

Ela também defende a necessidade de maior responsabilidade por parte das plataformas digitais. “Estamos falando de conteúdos com potencial letal sendo acessados por crianças com poucos cliques. As empresas precisam agir com mais firmeza na moderação dessas tendências.”

Enquanto isso, famílias, escolas e sociedade civil enfrentam o desafio de proteger as infâncias em um ambiente digital onde os perigos nem sempre são visíveis.

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