Cidades
Ministério abre inscrições para repor vagas de desistentes no Mais Médicos
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (11) que vai receber inscrições para médicos interessados em um das vagas deixadas em aberto no “Mais Médicos”. Profissionais que queiram participar do projeto têm entre terça e sexta (12 e 15) para se inscrever no site do programa. A estimativa do governo é de que sejam ofertadas 2,6 mil vagas.
O prazo vale também para os municípios brasileiros confirmarem a demanda que têm por médicos. A lista de todas as vagas só deve ser divulgada em 25 de janeiro. A partir desta data, os candidatos têm até dois dias para escolher em que cidade desejam trabalhar.
De acordo com o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Hêider Pinto, a maioria dos médicos desiste do programa porque recebe outra proposta de emprego. A previsão é de que 300 profissionais, que deveriam permanecer três anos nos quase 1 mil municípios atendidos, desistam da vaga.
O Mais Médicos também conta com cerca de 2,3 mil profissionais recém-formados, que haviam decidido participar do programa por um ano, em troca de 10% de bônus em provas de residência. O contrato deles se encerra no primeiro trimestre deste ano. A maior parte das vagas ofertadas a partir desta terça é para repor esse número.
Para o secretário, não há expectativa de criação de mais vagas no Mais Médicos. Ele afirmou que novos editais para reposição serão lançados a cada trimestre. O último ocorreu em outubro de 2015, quando foram chamados 326 médicos.
Ele disse que o programa será necessário até pelo menos 2020. “A médio e longo prazo, o que acontece é que cada vez mais teremos menos necessidade de provimento”, disse Pinto.
Uma das explicações para a menor “dependência” do Mais Médicos é o número crescente de profissionais formados em medicina. No ano passado, o gasto com o provimento de médicos no programa foi de cerca de R$ 2,4 bilhões.
Desistência
Segundo o Ministério da Saúde, a média de desistência do programa durante o ano é de 5% dos inscritos. Considerando apenas os profissionais brasileiros, o número sobe para 13%. Médicos cubanos apresentam somente 1% de desistência e demais especialistas estrangeiros, 4%.
Gabriel Luiz, G1 DF