Cidades
Mesmo com a pandemia de Covid, avançam obras de UPAs construídas no DF
Relatório apresentado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) nesta segunda (11), aponta que, das sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que estão sendo construídas para a Secretaria de Saúde, quatro chegaram à metade das obras previstas. São as UPAs de Ceilândia (53%), do Paranoá (52%), do Riacho Fundo II (48%) e de Brazlândia (48%).
A pandemia e a queda na produção de material para construção civil em todo o País afetaram o ritmo das obras das outras três unidades: Gama (36%), Vicente Pires (22%) e Planaltina (18%). A prioridade do Iges-DF foi investir no combate ao coronavírus para salvar vidas, o que refletiu no andamento das construções.
“Tivemos que rever nosso cronograma e adequá-lo à realidade imposta pela Covid-19”, esclareceu o presidente do Iges-DF, Paulo Ricardo Silva. “Mas não mediremos esforços para manter o compromisso de concluir todas as UPAs ainda no primeiro semestre deste ano”, garantiu.
Nas unidades de Ceilândia, do Paranoá, do Riacho Fundo II e de Brazlândia, estão em execução as etapas referentes à arquitetura, urbanismo e instalações especiais, como forros e telhados, cercamento, assentamento de pisos e revestimento. Em Vicente Pires e Planaltina, estão sendo feitas as estruturas de concreto, como execução de vigas, pilares e lajes.
Ampliação da rede
Atualmente a rede pública de saúde do Distrito Federal conta com apenas seis UPAs, que funcionam 24h em Ceilândia, no Núcleo Bandeirante, no Recanto das Emas, em Samambaia, em São Sebastião e em Sobradinho.
A meta do GDF é chegar a 13 unidades ainda em 2021, com a conclusão das setes UPAs que estão sendo construídas pelo Iges-DF. As obras estão orçadas em R$ 35 milhões, dos quais mais de R$ 10 milhões já foram pagos às construtoras, segundo o instituto. Ao todo, as obras estão gerando 1,7 mil empregos.
Somadas, as novas unidades vão ocupar 1,2 mil metros quadrados e terão 63 leitos, sendo 42 de observação, 14 de emergência e sete de isolamento. Cada UPA terá seis leitos de observação, dois de emergência e um de isolamento. Com essa estrutura, cada unidade poderá atender 4,5 mil pessoas ao mês, ou seja, juntas vão realizar mais de 31 mil atendimentos mensalmente.
As unidades terão área para classificação de risco e primeiro atendimento, consultórios e salas de urgência, de observação e de isolamento. Também haverá um espaço, com nove poltronas, para aplicação de medicação, reidratação e inalação.
Atendimento nas UPAs
Entre janeiro e outubro do ano passado, 261.748 pacientes passaram pela triagem (classificação de risco) nas seis UPAs administradas pelo Iges-DF — Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho —, segundo informação do DataSUS, que reúne dados do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os atendimentos médicos nessas UPAs cresceram 78% em relação a 2019. Também entre janeiro e outubro de 2020, foram 366.741 mil atendimentos médicos, contra 206 mil no ano retrasado. O aumento, segundo o presidente Paulo Ricardo, “é consequência de investimentos em estrutura física, recursos humanos, organização dos fluxos de atendimento e gestão de insumos”.