Mantas protetoras que evitam contaminação do solo começam a ser instaladas no Aterro Oeste
A primeira fase das obras da etapa inicial do Aterro Sanitário Oeste, entre Samambaia e Ceilândia, alcançaram 80% de conclusão com a instalação de 24 mil metros quadrados de mantas protetoras. Feitas de polietileno de alta densidade, texturizadas nas duas faces e com espessura de dois milímetros, as mantas protegem o solo que receberá os resíduos e evita a contaminação do lençol freático da região. A previsão do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) é que o aterro entre em atividade em meados de 2016.
“A colocação da manta é uma das fases mais estratégicas em um aterro sanitário. Sem ela, o chorume liberado pelos rejeitos, ricos em material orgânico, contaminaria o lençol freático”, explica o diretor-adjunto do SLU, Silvano Silvério. Segundo ele, a estimativa é que toda a manta prevista para esta fase — 44 mil metros quadrados — esteja colocada até o fim de novembro.
À medida que as mantas são instaladas, inicia-se o processo de proteção mecânica, em que são colocadas sobre elas uma cobertura de 50 centímetros de solo. Esse procedimento é necessário para protegê-las de estragos, já que os caminhões que vão transportar os resíduos passarão por cima do material. Por fim, são instalados os drenos de captação de chorume e de gás. Como a manta retém o chorume, o material é coletado e bombeado para tratamento.
Testes
As mantas usadas no Aterro Oeste são comercializadas em bobinas de 5 metros de largura por 50 de comprimento. Os pedaços das mantas são soldados no local de instalação. Esse processo é feito com uma máquina de termofusão. Ou seja, elas são unidas por calor intenso, que resulta em soldas consideradas extremamente seguras.
Além do armazenamento correto para evitar estragos no material, vários testes são realizados. Antes mesmo da comercialização, a empresa responsável faz exames laboratoriais para atestar a qualidade do produto. Já no próprio local de instalação, o material passa por novos testes. Um deles é o de faísca, em que um equipamento é passado pela superfície da manta e produz faísca se houver algum ponto danificado.
O cronograma de obras, de acordo com o SLU, está dentro do previsto. A agilidade na instalação das mantas é essencial para manter o ritmo no canteiro de obras, já que no período de chuvas haverá interrupção total dos trabalhos. A previsão é que eles sejam paralisados por 30 dias, a partir de 20 de dezembro. Mas pode haver alterações no calendário, a depender da intensidade das chuvas nos próximos meses.
O custo para construção do Aterro Oeste e operação durante cinco anos é estimado em R$ 82.745.120, com recursos exclusivos do SLU. Até agora, contudo, nenhum valor foi repassado ao consórcio contratado para o empreendimento. Os repasses mensais só serão depositados quando o local começar a funcionar. O valor a ser pago por mês depende ainda da quantidade de resíduo que chegar por mês ao aterro.
O aterro
A primeira etapa terá quatro células de 25 mil metros quadrados cada uma, sendo que apenas uma delas já é suficiente para começar a receber resíduos e iniciar a operação do aterro. Serão 760 mil metros quadrados, dos quais 320 mil destinados ao recebimento de rejeitos.
Quando a primeira estrutura necessária estiver pronta e for inaugurada, o aterro passará a receber aproximadamente 2,7 mil toneladas de lixo produzidas diariamente em Brasília. Com essa quantidade — que pode sofrer redução caso a coleta seletiva aumente na cidade, o que está no planejamento —, a primeira célula de aterramento teria capacidade para funcionar por um ano e dois meses.
As obras das etapas seguintes serão continuadas paralelamente ao início do funcionamento do local. O aterro foi projetado para receber 8,13 milhões de toneladas de rejeitos e, com isso, ter a vida útil de aproximadamente 13 anos. Em julho, o governo de Brasília retomou as obras paralisadas na gestão passada, fundamentais para que a cidade se enquadre na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2010). A matéria determina a desativação de lixões e a construção de aterros sanitários em todas as capitais do Brasil até 2018.
Amanda Martimon, da Agência Brasília
Atualizado em 15/11/2015 – 11:20.
Novembro Azul
Retinopatia diabética afeta mais de 10 milhões de brasileiros
O Novembro Azul também é uma campanha de conscientização sobre o diabetes e suas complicações, como a retinopatia diabética. A doença ocular é causada por lesões nas pequenas artérias que irrigam a retina, danificando o tecido localizado no fundo do olho que capta as imagens interpretadas pelo cérebro. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostram que a doença é a principal causa de perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos de idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mais de 10 milhões de brasileiros convivem com problemas associados à enfermidade, número que pode ser ainda maior devido à subnotificação dos casos.
Antônio Sardinha, oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC), enfatiza que a retinopatia diabética é uma complicação séria que pode ocorrer em qualquer estágio e tipo de diabetes. “A cegueira está associada à fase avançada da retinopatia diabética, caracterizada pela retinopatia proliferativa e suas manifestações, como neovascularização na retina ou no disco óptico, hemorragia pré-retiniana ou vítrea e proliferação fibrovascular, que pode resultar em descolamento de retina”, explica o especialista.
Entre os sintomas iniciais estão visão borrada, distorcida, presença de manchas flutuantes e áreas escuras na visão. “O problema pode evoluir silenciosamente, causando hemorragias em áreas da retina menos importantes e progredir para glaucoma, hemorragias maiores e descolamento de retina, o que pode levar à perda de visão”, alerta o especialista.
Ele ressalta que o exame de fundo de olho é crucial para o diagnóstico da retinopatia diabética. “Pacientes com diabetes tipo 1 devem realizar o exame anualmente após cinco anos do diagnóstico, enquanto os com diabetes tipo 2 devem ser examinados no momento do diagnóstico e anualmente depois disso. Gestantes com diabetes devem ser avaliadas precocemente, enquanto mulheres com diabetes gestacional apresentam baixo risco para retinopatia diabética”, explica o oftalmologista.
De acordo com o especialista, o tratamento inclui controle rigoroso do diabetes, ajustes nos hábitos alimentares e no estilo de vida, além de tratamento imediato do edema macular diabético, quando necessário, para prevenir a piora da visão e a cegueira. “Acompanhamento médico regular é essencial para determinar a gravidade da retinopatia e orientar o tratamento adequado”, conclui o oftalmologista do Hospital de Olhos de Cuiabá (HOC).
Atualizado em 24/11/2024 – 10:01.
Será enviado à CLDF
Governador Ibaneis Rocha anuncia projeto de lei para reduzir o ITBI no DF
O governador Ibaneis Rocha anunciou, nesta sexta-feira (22), um projeto de lei para alterar a alíquota do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), sendo de 1% na primeira transmissão de imóvel novo edificado e de 2% nos demais casos.
A fala ocorreu durante as comemorações dos 60 anos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Distrito Federal (Sinduscon-DF), onde o chefe do Executivo foi homenageado pelo trabalho em prol do setor.
O projeto de lei será enviado em breve à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para votação e, se aprovado, terá validade a partir de 1º de janeiro de 2025.
No discurso, o governador Ibaneis Rocha afirmou que a redução do tributo não vai afetar os investimentos no DF, que terá de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões de investimentos para o próximo ano. “O compromisso no momento que a gente tivesse com as contas ajustadas era fazer essa redução. Ela tem um impacto muito grande, principalmente na vida das pessoas que compram seus imóveis, seja o primeiro imóvel, seja o primeiro imóvel novo. Porque quando você fala de redução de 3% para 2% você está falando de uma redução de quase 50% desse valor do ITBI. Isso faz uma diferença muito grande na vida das pessoas, porque os imóveis no Brasil são muito caros. E a gente, por outro lado, com essa redução para 1% do imóvel novo, aquele primeiro imóvel, aquela primeira escritura, a gente incentiva também a construção civil, porque os empresários vão investir mais. Então nós vamos ter um retorno disso aí na parte do ICMS, porque nós vamos vender mais ferro, cimento, tijolo, e vamos gerar mais emprego nas cidades, porque a cidade precisa de geração de emprego. A construção civil é muito importante para o Distrito Federal”, disse Ibaneis Rocha.
A redução na alíquota do ITBI faz parte do trabalho do GDF para fortalecer setores importantes da economia e colaborar com a geração de emprego e renda.
“Nós vamos ter uma redução na arrecadação em torno de R$ 500 milhões, mas que está perfeitamente acomodada dentro do nosso orçamento. Isso mostra que nós estamos trabalhando no caminho certo, com organização, sem deixar de fazer os investimentos necessários, mas também pensando no lado da geração de emprego na nossa cidade”, acrescentou Ibaneis Rocha.
Em 2015, o ITBI subiu de 2% para 3%. Em 2022, o Governo do Distrito Federal (GDF) reduziu temporariamente para 1% pelo período de três meses como parte do programa Pró-Economia II, criado para recuperar e fortalecer a economia da capital, afetada pela pandemia de covid-19. Agora, a redução virá por meio de lei, conforme explica o secretário de Economia, Ney Ferraz.
“A determinação do governador Ibaneis Rocha é trabalharmos sempre na construção de um ambiente favorável para o desenvolvimento econômico da nossa cidade. E a redução do ITBI converge nesse sentido, pois estimula as transações imobiliárias, novas construções, gera emprego e renda. Além disso, estamos estimulando também a arrecadação do ICMS, com a venda de material de construção, por exemplo. Ou seja, a redução é na verdade um estímulo para o crescimento da nossa economia. O melhor é que não se trata de uma medida temporária. A proposta do governo é manter as alíquotas de 2% para transações de imóveis usados e 1%, no caso de novos imóveis”, detalhou Ney Ferraz.
A medida foi bem recebida por diferentes setores. Para o presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Valadão Júnior, a medida mostra uma visão inteligente do governo.
“Cabe a gente ser bastante grato e reconhecer esse esforço que o governador fez. São basicamente três motivos importantes pelo qual isso nos orgulha e nos agrada muito. Primeiro, é uma demonstração de sensibilidade com os pleitos do setor. Segundo, é a correção de um erro histórico, que como eu falei, aconteceu há cerca de 10 anos, quando numa sanha arrecadatória, o governo anterior aumentou o ITBI, prejudicando não só o setor produtivo, mas também boa parte da população. E terceiro, demonstra uma ideologia pouco presente hoje entre os políticos, mas que deveria estar mais presente e que é muito importante, que é compreender que carregar, que colocar peso sobre o empresário, sobre a população, isso só atrasa a vida de todo mundo”, avalia.
Em visão semelhante, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), José Aparecido da Costa Freire, comemorou o anúncio. “Há tempos destacamos a necessidade de reduzir a carga tributária como uma medida essencial para impulsionar o investimento, a expansão e a inovação nos negócios. Essa iniciativa do GDF promove benefícios amplos, como a facilitação da regularização de imóveis, a redução de custos operacionais e o estímulo à formalização”, avalia.
Atualizado em 22/11/2024 – 23:37.
-
Estilo único
A inesquecível história de Amy Winehouse: vida, música e legado
-
Loterias Caixa
Mega-Sena 2800 pode pagar prêmio de R$ 55 milhões nesta terça-feira (26)
-
Veja como regularizar
IPVA e IPTU 2024: cerca de 13% dos contribuintes do DF ainda estão em débito
-
Açaí do Ninja
De feirante a empresário de sucesso: Carlos Henrique e sua indústria de açaí
-
Até 24 de novembro
IGESDF abre inscrições para processos seletivos com salários de até R$ 11 mil
-
Concurso 2799
Mega-Sena acumula de novo e pode pagar R$ 18 milhões no sábado (23/11)
-
Câncer de próstata
Exame de toque retal não pode ser substituído por PSA, diz patologista
-
Novembro Vermelho
Campanha alerta para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de boca